sábado, 7 de abril de 2012

871 – QUANDO EU ERA VAQUEIRO

Autor; Erivaldo Alencar.

Letra; 11 10 2008 e música; 23 02 2,009.


Ainda tenho lembrança
Quando eu era vaqueiro
Um vaqueiro respeitado
Do nordeste brasileiro
Derrubava touro bravo
Na serra do Comboeiro.

Todos os dias à tarde
Como vaqueiro liberal
Eu reunia o gado
E botava no curral
Agradecendo a Deus
Aboiava com moral.

Quando era à tardinha
Os bezerros separava
As cabras no chiqueiro
Os cabritos chiqueirava
E as ovelhas também
No chiqueiro eu botava

De madrugada bem cedo
Da rede me levantava
Eu dava de mãos as trailhas
E pro curral me mandava
Arreava os bezerros
E o leite eu quem tirava.

A porteira eu abria
E o gado eu soltava
A criação e o gado
Para o pasto eu levava
Cada passada que dava
Com o gado eu aboiava

Montado no cavalo branco
Com minha roupa de couro
Meu bravo cachorro Luck
Não levava desaforo
No matagal derrubava
O mais valente dos touros

Gostava quando o touro
Corria no matagal
Eu no meu cavalo branco
Ia a trás do animal
O mato abria e fechava
Parecendo um vendaval.

Quebrava o chapéu na testa
Na cela eu me deitava
No meio da mata fechada
O touro eu derrubava
Botava careta e chocalho
E para o curral levava.

Fui vaqueiro destemido
Conhecido no sertão
Eu jamais perdi um boi
Fui vaqueiro campeão
Nunca vi um touro brabo
Qu’eu não botasse no chão

Como vaqueiro ganhei fama
Ganhei troféus e dinheiro
Fui campeão de vaquejadas
Em serras e tabuleiro
Eu fui o maior vaqueiro
Do Nordeste brasileiro

Mas eu perdi para o tempo
Foi-se minha mocidade
Depois de velho e cansado
Eu vim morar na cidade
De quando eu era vaqueiro
Somente resta saudade


Francisco Erivaldo Pereira Alencar.

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