Autor; Erivaldo Alencar.
Letra; 20 10 2009 e música; o Quadrão.
Sou poeta nordestino
Cumpridor do meu destino
Eu trago desde menino
O dom da inspiração
Como escritor poeta
Transformo-me em profeta
Dou a matéria completa
Nos oito pés de quadrão.
Eu nasci numa palhoça
E me criei lá na roça
Montado a pé de carroça
Percorri todo sertão
Nas terras do Comboeiro
Eu fui o maior vaqueiro
Peguei tou mandingueiro.
Nos oito pés de quadrão.
O meu pai foi violeiro
Repentista brasileiro
Sou o seu filho primeiro
Também nasceu no sertão
Ele foi agricultor
Comerciante criador
Três vezes vereador
Nos oito pés de quadrão.
Minha mãezinha amada
Com o meu pai foi casada
Por todos nós adorada
Viveu com satisfação
Ela partiu desta vida
Lá no céu mamãe querida
Por Jesus foi recebida
Nos oito pés de quadrão.
A casa que eu nasci
Minha infância vivi
Foi nela que eu cresci
Dela não esqueço não
Aquelas terras e quintais
Já não são mais dos meus pais
Nem ela existe mais
Nos oito pés de quadrão.
Saudade no peito encerra
Do meu velho pé de serra
A chuva molhando a terra
O gemido do trovão
Sertão de lindas meninas
No morro cai neve fina
Uma manhã de neblina
Nos oito pés de quadrão
Na pastagem um garrote
Na mão levando chicote
E por traz de um serrote
O sol mostra seu clarão
Com os seus raios dourados
Todos são iluminados
Sem pagas de alguns trocados
Nos oito pés de quadrão.
A lua da cor de prata
Prateando a verde mata O cantor faz serenata
Ao som de um violão
Nos céus com tanta candura
Esbanjando formosura
Livre de qualquer censura
Nos oito pés de quadrão.
Eu olho admirado
Vejo o céu estrelado
Firmamento enfeitado
Por toda imensidão
Sem precisar de gavetas
Deus guarda todos planetas
Vigiados por cometas
Nos oito pés de quadrão
Francisco Erivaldo Pereira Alencar.
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