domingo, 30 de junho de 2019

2.507 - SÓ SE PERDE QUEM QUISER.


Autor: Erivaldo Alencar.

Letra: 30 06 2019 e música:

Com tanta igreja que tem
Só se perde quem quiser
Todos nós temos direito
De escolher o que quer
Somos nós os responsáveis
Pelo que der e vier.

Com tanta igreja que tem
Sempre há uma por perto
Todas dizem verdadeiras
Eu inda não sei de certo
Pra saber qual é a certa
É preciso está alerto.

Tem igrejas barulhentas
Que roubam nosso sossego
Só falta estourar os tímpanos
Em seção de descarrego
Já tem outras moderadas
Que é vista com mais apego.

Sinceramente não vejo
Motivo pra tanto clamor
A barulheira que fazem
Fazem nos sentir pavor
Fazer da forma que fazem
Credo em cruz é um horror.

Que algumas igrejas fazem
É falta de educação
Usar som alto de mais
Causando perturbação
Pra igrejas deste tipo
Tem que haver punição.

Jesus Cristo não é moco
Tudo ouve e tudo ver
Orar de forma educada
É melhor de se entender
Com esta barulheira toda
Faz a audição perder.

Com esta barulheira toda
Busque salvar quem puder
É feio e perturbador
Para quem for e vier
Com barulho ou sem barulho
Só se perde quem quiser.


Francisco Erivaldo Pereira Alencar

2.506 - NINGUÉM VAI MAIS SE PERDER.


Autor: Erivaldo Alencar.


Letra: 30 06 2019 emúsica:

Ao fazer levantamento
Logo pude perceber
A quantidade de igrejas
Só não ver quem não quer ver
Se for por falta de igreja
Ninguém vai mais se perder.

Só basta a gente querer
Pra ganhar a salvação
Tem igreja em todo canto
Pra se fazer oração
Pra louvar e glorificar
O Deus pai da criação.

Para se pedir perdão
Longe não precisa ir
Pois onde for tem igrejas
Esperando ir e vir
Pra se entregar a Jesus
E do pecado fugir.

A Jesus perdão pedir
Prometer não pecar mais
Ser cristão obediente
Cometer erros jamais
Sempre buscando servir
Pois todos somos iguais.

Sempre respeitando os pais
E em Jesus Cristo ser crente
Ele é nosso salvador
Filho do Onipotente
Com tanta igreja que tem
Não vai mais se perder gente.

Ter mais igrejas que gente
É o que está parecendo
O desespero dos servos
Parece que estão morrendo
Na busca da salvação
Sacrifício oferecendo

Se estão crendo ou não crendo
Só os servos podem dizer
O barulho nas igrejas
Poderá nos fazer crer
Que por falta de igrejas
Ninguém vai mais se perder.


Francisco Erivaldo Pereira Alencar.

2.505 - QUEM PENSA QUE ME CONHECE.


Autor: Erivaldo Alencar.

Letra: 30 06 2019 e música:


Quem pensa que me conhece
Mas não sabe quem eu sou
Não sabe de onde vim
E nem para onde vou
Se nasci ou fui gerado
De onde vim quem me mandou.

Nem se sou rico ou pobre
Analfabeto ou doutor
O que faço o que não faço
Se tenho ódio ou amor
Trabalho ou não trabalho
Se tenho medo ou pavor.

Nem de que raça eu sou
Se sou prudente ou tirano
Se sou honesto ou não
Nem se sou um cara humano
Sou feliz ou infeliz
Humilde ou desumano.

Não conhece o meu mundo
E nem como estou vivendo
Se há segredo comigo
Nem do que estou sabendo
Pois nem sequer do que escrevo
Nem eu mesmo não entendo.

Nem sabe por onde ando
E nem sequer onde moro
Se creio na salvação
Qual é o Deus que adoro
Se choro de alegrias
Ou de tristeza que eu choro.

Se eu não sou o que pensa
Por que é que não me esquece
Se eu vivo bem ou mal
O mundo não me agradece
Jamais vou discutir com
Quem pensa que me conhece.


Francisco Erivaldo Pereira Alencar.

quinta-feira, 27 de junho de 2019

2.504 – DA OBRA DA CRIAÇÃO.


Autor: Erivaldo Alencar.

Letra: 27 06 2019 e música:


É bonito a gente ver
O amanhecer do dia
Bater no peito e dizer
Estou feliz de alegria.

Pular da cama com os meus
Pra cuidar da minha lida
Agradecer ao meu Deus
Por mais um dia de vida.

Ouvir cantar passarada
No esplendor da madrugada
Sol nascer na amplidão.

Contemplar a natureza
Agradecer quanta a beleza
Da obra da criação.


Francisco Erivaldo Pereira Alencar.

quarta-feira, 26 de junho de 2019

2.503 - POR PURA PERVERSIDADE.


Autor: Erivaldo Alencar.

Letra: 26 06 2019 e música:


Eu já não aguento mais
Com a prática da violência
Com os pobres dos animais
Por causa da imprudência.

Contra os animaizinhos
Causado pelos transportes
Que atropelam os bichinhos
Por vezes causando mortes.

Algumas gentes maldosas
Que com práticas criminosas
E com ímpeto da maldade.

Maltratam nossos bichinhos
Envenenando os gatinhos
Por pura perversidade.


Francisco Erivaldo Pereira Alencar.

2.502 - CUIDAR BEM DOS ANIMAIS.


Autor: Erivaldo Alencar.

Letra: 26 06 2019 emúsica:


Amigos sejam prudentes
Com os nossos animais
Tenham carinho por eles
Não sejam violentos jamais
Se já maltrataram algum
Não maltratem nunca mais.

Meus amigos e amigas
Vou lhes pedir, por favor,
Cuidem bem dos animais
Tenham por eles amor
Eles são nossos irmãos
Por obra do Criador.

Eles precisam de nós
E da nossa proteção
Do nosso amor e carinho
De todos a compaixão
Dando lhes total conforto
Remédio e alimentação.

Não Judi dos animais
Nem abandonem também
Nem joguem no meio das ruas
Nem coisas que não convém
São animais indefesos
Que merecem nosso bem.

Peço encarecidamente
Não dêem venenos pra eles
Nem pauladas, nem chutões,
E nem água quente neles
Ao Ives desprezá-los
Peço que cuidem bem deles.

Façam o bem pros animais
Deus te dará muito mais
Nosso dever é cuidá-los
Mas, maltratá-los jamais
Temos por obrigação
Cuidem bem dos animais.


Francisco Erivaldo Pereira Alencar.

sábado, 22 de junho de 2019

2.501 - TU VAIS PAGAR MUITO CARO.


Autor: Erivaldo Alencar.

Letra: 21 06 2019 e música:

Pessoa sem coração
Perversa sem dignidade
Maldita despreparada
Odiosa sem caridade
Com seu instinto maligno
Faz tanta perversidade.

Quanta monstruosidade
Que você tem praticado
Quem maltrata os animais
Não deve ser perdoado
Cedo ou mais tarde por Deus
Você será castigado.

Sujeito amaldiçoado
Desprovido de amor
Tu pegastes os três gatinhos
Sem carinho e sem pudor
Você os jogou na rua
Com ímpeto e desamor.

Saiba que Nosso Senhor
Tudo ouve e tudo ver
Na rua aqueles gatinhos
Não há como sobreviver
Se alguém não cuidar bem deles
Todos eles irão morrer.

Saiba que vai receber
O castigo merecido
Pelo Deus pai criador
Logo tu vais ser punido
Quando isto acontecer
Não finja de arrependido.

Tu vais está esquecido
Com certeza vai dizer
Óh meu Deus que foi que fiz
Pra deste modo sofrer
Tu irás chegar ao ponto
Pedir a Deus pra morrer.

Tu precisas conhecer
Pra ser mais racional
As leis e o estatuto
De proteção animal
Por desconhecer você
Os tem feito muito mal.



Judiar dum animal
É crime faço saber
É processado, vai preso.
Teu sossego vai perder
Pra se livrar do castigo
Não há onde se esconder.

Os gatos que fez sofrer
Tu não lembrarás na hora
Mas o castigo que terá
Sem saber o porquê chora
Tu vais pagar muito caro
Os gatos que jogou fora.


Francisco Erivaldo Pereira Alencar

domingo, 9 de junho de 2019

2.500 - DOIS MIL E QUINHENTOS POEMAS.


Autor: Erivaldo Alencar.

Letra: 09 06 2019 e música:


Tenho setenta de idade
Dezenove que escrevo
Em contar a minha história
Neste momento me atrevo
Passar a limpo pra todos
Todo meu alto relevo.

Sou filho de Acopiara
Nascido no Comboeiro
Cearense cabeça chata
Deste torrão brasileiro
Sou filho de agricultor
Político e violeiro.

Não me recuso em dizer
Que eu nasci lá na roça
Com meus pais e meus irmãos
Eu morei numa palhoça
Vivi a vida de pobre
Em propriedade nossa.

Que eu tinha dom de poeta
Desde criança sabia
Com meu irmão e amigos
Cantava em cantoria
Mas escrever um poema
Tentava e não conseguia.

Mas foi em noventa e oito
Quase cinquenta de idade
Por uma decepção
Eu tive a humildade
De pedir com fé a Deus
Pra ter de mim piedade.

Dirigia o futebol
Da terra do meu nascer
Pedi a Deus qualquer coisa
Que eu pudesse fazer
Pra que desta forma pudesse
Do futebol esquecer.

Deus me atendeu prontamente
Mesmo sem eu merecer
No dia dez de setembro
Vi o mundo pra mim nascer
Nesse mesmo dia eu
Comecei a escrever.



Deste dia por diante
Não parei de escrever
O mundo da poesia
Eu pude assim conhecer
Jamais eu irei parar
Nem depois que eu morrer.

Em toda esta trajetória
No mundo da poesia
Descrevi a minha terra
E a minha biografia
Cumpro a promessa que fiz
Não narrar pornografia.

Escrevo sobre o amor
Miséria e felicidade
Conhecimentos gerais
Lealdade e falsidade
Esportes, biografias,
Discórdias e dignidade.

Escrevo a natureza
Tristeza e vegetais
Do céu, da terra, dos astros.
Da vida dos animais
De acidentes e de crimes
Água, vento e minerais.

Até o momento tenho
Quinze livros publicados
Setenta e três cordéis
Por mim já foram lançados
Dois mil trezentos e quarenta
Trabalhos já registrados.

São mais de mil e quinhentas
Composições musicais
Meu blog de poesias
Pelas redes sociais
Em sessenta e dois países
Visualizações legais.

Nestes dezenove anos
Passei por muitos dilemas
Estou muito satisfeito
Por escrever sem problemas
Com este estou completando
Dois mil e quinhentos poemas.

Meu blog de poesias
poesias erivaldo alencar
Está à disposição de todos
Pra quem quiser acessar
Quem me ver não me conhece
Nem onde posso chegar.

Francisco Erivaldo Pereira Alencar

2.499 - VOCÊ MATADOR DE GATOS.


Autor: Erivaldo Alencar.

Letra: 09 09 2019 emúsica:


Você matador de gatos
Perverso sem compaixão
Tenha dó de você mesmo
Bote Deus no coração
Você queira ou não queira
O gato é teu irmão.

Deus quando criou o mundo
Criou todos os animais
O universo e os astros
O céu e os vegetais
O vento, o calor e o frio
O fogo, a água e os minerais.

Deixou o mundo completo
Pro homem poder usar
Usufruir dos seus bens
Da sua obra cuidar
E ser zeloso com ele
Sem maltratar nem matar.

Não Judi dos animais
Nem dê veneno pra eles
Eles são nossos irmãos
Devote o seu amor neles
Não espanque, nem maltrate,
Seja mais amigo deles.

Ao invés de maltratá-los
Procure dar mais conforto
São animais indefesos
Não vá por caminho torto
Tenha Deus no coração
Não faça mais um gato morto.

Cada gato que matar
Dar um passo pro inferno
Seja um amante da vida
Não assassino moderno
Viva e deixe viver
São obras do Pai Eterno.

Você matador de gatos
Mal prêmio vai receber
Quando vier o castigo
Vai fingir não perceber
Tu vais receber de Deus
O Prêmio que merecer.



Quando vier o castigo
Não há onde se esconder
Vai prestar contas a Deus
De tudo que merecer
Tu pagarás um a um
Os gatos que fez morrer.

Tu vives se divertindo
Com a matança de gatos
Ao invés de alimentá-los
Você cuida com maus tratos
Mais cedo ou mais tarde tu vais
Pagar pelos desacatos.

Inda há tempo pra mudar
E abrandar seu coração
Não fazer mais violências
Com o bicho de estimação
Adote um animalzinho
Dê-lhe toda proteção.

Não posso chamar de amigo
Quem maltrata um animal
Seja gato ou cachorro
Não podemos fazer mal
Ame a tua própria vida
Porque viver é legal.

Não seja deselegante
Na profissão matador
Judiando dos animais
Vai se tornar pecador
Destruir o que Deus fez
Fica pra destruidor.

Se não conhece a lei
Que protege aos animais
Busque saber de quem sabe
E siga aos ditos legais
Como racional que é
Proteja os irracionais.

Quem maltratas os animais
Seja o gato ou o cão
Que seja aves ou plantas,
Vai receber punição
Da justiça aqui na terra
De Deus não terá perdão.

Não posso julgar ninguém
Nem tão menos condenar
Mas Deus ver e sabe tudo
Ele mesmo vai julgar
Aos matadores de gatos
Com pulso vai castigar.

Francisco Erivaldo Pereira Alencar.

2.498 - O JEITO É FICAR AQUI.


Autor: Erivaldo Alencar.

Letra:09 06 2019 e música:


Há se eu pudesse agora
Eu iria viajar
Pra andar sertão afora
Sem destino a estradar
Esquecer os meus problemas
E não ver o tempo passar.

Adentrar as verdes matas
Em lugar longe daqui
Contemplar a natureza
Observar o bem-te-vi
Como não tenho dinheiro
O jeito é ficar aqui.

Meu destino é viajar
Pra sair deste tormento
Poder velejar em sonhos
Sob o azul do firmamento
Despistar a depressão
Que sinto neste momento.

Para andar pela selva
E na relva me deitar
Ouvindo a seriema
Nos campestres a gritar
A juriti gemedeira
E os pássaros gorjear.

Para  armar minha rede
Nos galhos do juazeiro
Ouvir o Fogo-pagô
Cantarolar no pereiro
O carão chorominguar
No lamaçal do barreiro.

Para ouvir a Asa-branca
No alto da aroeira
No corgo água corrente
Desfilar na cachoeira
Formar nuvem de espumas
Cobrindo a ribanceira.

Quero chegar numa roça
Para comer melancia
E um melão madurinho
Ao soprar da brisa fria
Botar minha mão no peito
Depois cantar de alegria.



Para  andar de pés descalço
Longe da poluição
Pisar e o ouvir o ruído
Das folhas secas do chão
Gritar e o ouvir o eco
Nas quebradas do sertão.

Para montar no cavalo
Estrada afora a galopar
Com gibão e chapéu de couro
Ir pro campo vaqueijar
Levar o gado pro curral
Saudosamente aboiar.

Deitar cedo pra ouvir
A Mãe-da-lua que chora
Levantar de madrugada
Ver o romper da aurora
Ordenhar depois beber
Leite mugido na hora.

Olhar para o céu e ver
A lua da cor de prata
Com seus raios prateados
Prateando a verde mata
Acordar com seresteiros
Cantando em serenata.

Para ver o sair do sol
Com os seus raios dourados
Ouvir cigarras em duetos
Ao meio dos descampados
À tardinha o pôr do sol
Com seus raios avermelhados.

Pra ver o céu estrelado
Ofuscando grande luzeiro
Contemplar nas noites escuras
Coberta por nevoeiro
Ao longe ouvir o aboio
Saudoso de um bom vaqueiro.

Ouvir dois bons violeiros
Desafiando ali
Contar histórias de Trancoso
E não me lembrar daqui
Como não tenho dinheiro
O jeito é ficar aqui.


Francisco Erivaldo Pereira Alencar.

quarta-feira, 5 de junho de 2019

2.497 - NÃO HÁ CONDIÇÕES COM VOCÊ FELIZ VIVER.


Autor: Erivaldo Alencar.

Letra: 05 06 2019emúsica:

De certos anos pra cá
Você perdeu o juízo
Fica no disse me disse
Ter atitude é preciso.

Eu já não aguenta mais
Com este teu lenga lenga
Quando penso está tranqüila
Lá vem você com arenga.

Se você quer ir embora
Faz favor ir duma vez
Deixe deste vai não vai
Não gosto do teu talvez.

Até parece que quer
Destruir-me no cansaço
Esta tua indecisão
A razão do meu fracasso.

Seja sincera comigo
Diz-me o que você quer
A vida é sua e pode
Viver como bem quiser.

Eu jamais vou te obrigar
Viver a força comigo
Nem também sou obrigado
Viver a vida contigo.

Jamais vai nos adiantar
Vivermos juntos brigando
Quem passa por perto pensa
Que estamos nos matando.

Corres comigo de casa
Com raiva eu vou embora
Eu me arrependo e volto
Pros teus braços você chora.

Horas dizes que me ama
Não pode viver sem mim
Outras horas me odeia
Que não presto e coisa assim.

Se não se endireitar
Melhorar seu proceder
Não há condições algumas
Com você feliz viver.

domingo, 2 de junho de 2019

2.496 - NÃO É O MUNDO QUE EU QUERO.


Autor: Erivaldo Alencar.

Letra: 02 06 2019 emúsica:


O mundo em que eu moro
Não é o mundo que eu quero
As respostas do que imploro
Faz muito tempo que espero.

A vida que estou vivendo
Não é a que quero viver
As dores que estou sofrendo
De modo algum quero sofrer.

O amor que tenho buscado
Por mim nunca encontrado
Vez por outra me desespero.

Certifico ao criador
Que este mundo sem amor
Não é o mundo que eu quero.


Francisco Erivaldo Pereira Alencar.

2.495 - O CAÇADOR DE BOTIJA.


Autor: Erivaldo Alencar.

Letra: 02 06 2019 emúsica;


Este é mais um trabalho
Que me proponho a compor
Tiro da inspiração
Uma história de valor
Que eu ouvir contar
Lá no meu interior.

A história dum menino
Que era muito inteligente
Muito esperto e curioso
Muito educado e descente
Um caçador de botijas
Destemido e persistente.

O chamavam de Joãozinho
E no sertão foi nascido
Procurar botija era
Seu trabalho preferido
Por Caçador de Botijas
Ele ficou conhecido.

Sempre estava presente
Em toda conversação
Em tudo que se falava
Ele prestava atenção
Com sua memória fértil
No ramo foi campeão.

Um dia ele ouviu contar
Que na Serra do Comboeiro
Perto duma casa velha
No tronco de um pereiro
Tinha uma grande botija
Que foi dado a um vaqueiro.

O vaqueiro com um amigo
Foi à botija arrancar
Assombrou-se e correu
Sem a botija tirar
O menino disse é hoje
Que a botija vou buscar.

Quando foi a meia noite
Ele se arrumou ligeiro
Com as ferramentas no ombro
E foi ao pé do pereiro
Tudo que ele encontrou
Uma lata sem dinheiro.



Ele voltou para casa
Com muito sono e cansado
Os amigos perguntaram
Como foi o resultado
Ele disse o dinheiro
Continua encantado.

Depois ele teve um sonho
Doutra botija que tinha
Junto ao pé dum angico
Perto duma lagoinha
Tinha que levar alguém
Pra dividir a graninha.

Joãozinho chamou o Chiquinho
Vamos lá meu companheiro
Arrancar uma botija
Que está cheia de dinheiro
Junto à moita de Mufumbo
Lá no sítio Taboleiro.

Montaram em um cavalo
Receoso e com temor
Marmotas de todo tipo
Fizeram grande terror
Poucas moedas de bronze
De pouquíssimo valor.

O Caçador de Botijas
Não se deu por perdedor
Disse eu vou continuar
Pois eu sou bom caçador
Sei que na próxima empreitada
Arranco uma de valor.

Joãozinho tava frustrado
Dizendo assim não dar
Mas quando ele foi dormir
Com fé começou rezar
Pedindo as santas almas
Que viessem lhe ajudar.

Mas lá pela meia noite
Joãozinho acordou gritando
Mulher acorda ligeiro
E foi da cama pulando
Eu sonhei com uma botija
Na casa velha do Armando.

A mulher disse marido
Vá dormir pra descansar
Amanhã cuidamos disso
Por que agora não vai dar
A esta hora da noite
Sua botija arrancar.



Ele disse eu vou agora
Se não for eu vou sozinho
Não tenho medo de nada
Conheço bem o caminho.
A botija é muito grande
Não cabe neste saquinho.

A mulher disse marido
Deixe o dia amanhecer
Ele disse vou agora
Não tenho tempo a perder
Ela disse então vai
Mas não vá se arrepender.

Muito apressadamente
Joãozinho se preparou
Uma pá e picareta
Um grande saco pegou
Uma foice e uma lanterna
Um facão dois cumes levou.

Ele saiu às carreiras
Para a casa abandonada
Nem sequer olhou pra trás
Pois conhecia a estrada
Sem pensar que cairia
Em uma nova cilada.

Ao chegar à casa velha
Foi ao portão de entrada
Bateu com o pé com força
A porta deu uma risada
Com outra pernada a porta
Caiu no chão estirada.

Ele foi até a porta
Com a lanterna na mão
Deu uma clareada na sala
Bateu forte o coração
Dizendo hoje é meu dia
Sair desta situação.

O tesouro da botija
Não sai do seu pensamento
Quarto por quarto e sala
Fez o reconhecimento
Localizou a botija
Naquele mesmo momento.

Ele fechou todas as portas
E disse com confiança
Com todas as portas fechadas
Eu tenho ais segurança
Passar a mão no tesouro
Sua maior esperança.



Localizou o local
Onde a botija estava
Dentro do fogão a lenha
A botija se encontrava
Disse ele vai ser fácil
Mais do que eu esperava.

Já pegou a picareta
Começou a escavação
Ouviu um grito tão feio
Saia daqui seu ladrão
Ele respondeu pro grito
Só com a botija na mão.

Ouviu uma gargalhada
E uma voz que assim dizia
Você não leva a botija
Nem de noite nem de dia
Estás preso nesta casa
Sem saída e sem guia.

Ele olhou para os lados
Não viu nada em sua frente
Deu outra picaretada
Mas logo viu de repente
Um bicho preto e chifrudo
Vomitando fogo quente.

Olhou para trás e viu
Um dragão tão monstruoso
De um lado uma serpente
Noutro um leão furioso
Ele diz não tenho medo
Eu sou um cara teimoso.

O monstro disse pra ele
Uma chance vou lhe dar
Pegue as coisas e vá embora
Botija não vai tirar
Não sabe o que vai sofrer
Se continuar a teimar.

Ele disse vou tirar
Ninguém vai me impedir
Os fantasmas se revoltaram
Partiram pra o engolir
Ele correu feito doido
Sem dali poder sair.

Levou chifrada e mordidas
Quase morre de apanhar
Corria dum lado pra outro
Pra dos bichos se livrar
Depois disso nunca mais
Botija ele quis tirar.

Francisco Erivaldo Pereira Alencar.

2.494 - VONTADE QUE EU TENHO AGORA.


Autor: Erivaldo Alencar.

Letra: 02 06 2019 EMÚSICA;


Vontade que eu tenho agora
Embora pra bem distante
Sair daqui sem demora
Igual pássaro avoante.

Esquecer o meu passado
Para viver vida nova
Não ser por ninguém lembrado
Submeter outra prova.

Esquecer meus devedores
Sem lembrar dos meus credores
Conviver em outra flora.

Ir de transporte ou a pé
Pra surfar noutra maré
Vontade que tenho agora.


Francisco Erivaldo Pereira Alencar.