domingo, 30 de julho de 2023

3.139 - TENHO PRAZER DE ESCREVER.

 

Autor: Erivaldo Alencar.

 

Letra: 30 07 2023 e música;

 

 

Não sou inconveniente

Não faço letra indecente

Sou um poeta decente

Escrevo pro povo ler

Não sou poeta indeciso

Sou um poeta preciso

Embora de bolso liso

Tenho prazer de escrever.

 

Sou um poeta sincero

Poetizar eu venero

Escrevo tudo que quero

Sem a ninguém denegrir

Comigo não há tristeza

Tenho comigo a certeza

Que não vai ser a pobreza

Me impedir de sorrir.

 

Sou um poeta do povo

Cada dia estou mais novo

O que faço tem aprovo

Do Criador do universo

Aqui não generalizo

Provo que tenho juízo

Pois jamais escandalizo

Que escrevo no meu verso.

 

Jesus é meu protetor

Meu irmão meu salvador

Minha luz, meu guiador

Está no meu coração

Há Ele tenho respeito

Eu sei que tenho defeito

Más busco fazer direito

Sem qualquer difamação.

 

Com a caneta na mão

Busco em minha inspiração

Com a maior perfeição

Escrever sem fazer drama

Sei que não sou o maior

Também não sou o menor

Busco fazer o melhor

Conforme meu cronograma.

 

Escrevo sem embaraço

Gosto de tudo que faço

No verso armo meu laço

Faço o povo entender

Sou poeta escritor

Artista versejador

Afirmo com muito amor

Tenho prazer de escrever.

 

 

Francisco Erivaldo Pereira Alencar.

3.138 - ESTÁ TUDO DIFERENTE DE QUANDO EU ERA CRIANÇA

 

Autor: Erivaldo Alencar.


Letra: 30 07 2023 e música:

 

Hoje acordei muito cedo

E parei para pensar

Comecei analisar

E descrever meu enredo

Senti-me encorajado

Descrever o meu passado

Que me veio na lembrança

Direi verdades somente

Está tudo diferente

De quando eu era criança.

 

Eu nasci no Comboeiro

Na terra do lavrador

Sou filho de cantador

Dos filhos sou o primeiro

Nascido em uma palhoça

Comigo não há quem possa

Em Deus tenho confiança

O levo em minha mente

Está tudo diferente

De quando eu era criança.

 

Nasci numa quarta feira

As nove horas do dia

Minha mãe com alegria

Teve sua cria primeira

É claro que não me lembro

No dia três de novembro

Foi um dia de festança

O meu pai cantou contente

Está tudo diferente

De Quando eu era criança.

 

No ano quarenta e oito

As margens duma estrada

Naquela simples morada

Meu pai se sentiu afoito

De taipa era a casinha

Humilde bem simplesinha

Más com fartura e bonança

Ele vivia contente

Está é tudo diferente

De quando eu era criança.

 

Com a vinda do herdeiro

Os meus pais se alegraram

Bem ligeiro batizaram

O seu filhote primeiro

Foi na vila do Ebrom

Das aves ouvindo o som

Tomado por esperança

Toma nos braços o inocente

Está tudo diferente

De quando eu era criança.

 

Agora filho de Deus

Na igreja batizado

Por Francisco nominado

Primeiro dos filhos seus

Registrado em Trussu

O comedor de angu

Em sua idade avança

Criado na terra quente

Está tudo diferente

De quando eu era criança.

 

Francisco Erivaldo Pereira

Este foi o nome meu

Que com orgulho me deu

Pra ter pela vida inteira

Julio Aires o cantador

É meu pai, meu genitor

Me criou com confiança

Provei ser inteligente

Está tudo diferente

De quando eu era criança.

 

Maria de Lourdes Pereira

A minha santa mãezinha

Cuidou bem da criancinha

De forma heroica e ordeira

Sem deixar nada faltar

Cuidou de me ensinar

Viver na perseverança

Crente em Deus onipotente

Está tudo diferente

De quando eu era criança.

 

Meu irmão Arlindo Alencar

No ano cinquenta nasceu

Lúcia nasceu e morreu

Aos nove meses chegar

Eunice em cinquenta e dois

Manoel veio depois

Participar da festança

Ao nascer deixou a gente

Está tudo diferente

De quando eu era criança.

 

Neviwton veio em seguida

Em sessenta a Espedita

Em sessenta e um a Rita

Em seguida Aparecida

Não esquecendo Fatinha

E a caçula Corrinha

De mamãe última herdança

Fecha o círculo vigente

Está tudo diferente

De quando eu era criança.

 

Com cinco anos de idade

Meu pai me levou pra roça

Pequena mas era nossa

Aquela propriedade

Nela aprendi trabalhar

E do trabalho gostar

Com prazer e esperança

Na chuva e sol ardente

Está tudo diferente

De quando eu era criança.

 

Quando em minha meninice

Brincava maneiro-pau

Pião e cavalo de pau

Sem ódio nem canalhice

Ciranda e casamento

Em corrida de jumento

Sem revide, sem cobrança

De bila na terra quente

Está tudo diferente

De quando eu era criança.

 

Passa passa passará

O dia todo corria

E com prazer eu comia

Frutinhas do camará

Brincava de passa anel

Comia farinha com mel

Até encher minha pança

Desafiava serpente

Está tudo diferente

De quando eu era criança.

 

Jogava bola no terreiro

De couro, seringa e meia

Pegava quedas na areia

Me sujava no lameiro

Eu passeava na selva

E dormia sobre a relva

Com sutileza e pujança

Eu me sentia valente

Está tudo diferente

De quando eu era criança.

 

Pegava cabra com laço

Dava água aos animais

Corria nos matagais

Não conhecia cansaço

Botava água em casa

Assava milho na brasa

Entregava vizinhança

Sem me mostrar descontente

Está tudo diferente

De Quando eu era criança.

 

Botava o gado no curral

Separava os bezerros

Quantas vezes fiz aterros

Sem nunca me sentir mal

Botava ovelhas no chiqueiro

Me montava no carneiro

Sonhava na esperança

De crescer rapidamente.

Está tudo diferente

De quando eu era criança.

 

Brincava de pega-pega

Do trisca e de peteca

Brincava com perereca

De rodas e Cobra cega

Eu gostava de aboiar

Tomar banho e nadar

Em mim tinha confiança

Nadar em água corrente

Está tudo diferente

De quando eu era criança.

 

Botava as cabras no chiqueiro

Chiqueirava os cabritos

Também cantava benditos

Botava pintos no poleiro

Matava as varejeiras

Também curava as bicheiras

Más nunca gostei de dança

Fui menino inteligente

Está tudo diferente

De quando eu era criança.

 

Eu roçava o algodão

Brocava em derrubada

Fazia roço de estrada

E fazia plantação

Cerca eu fazia também

Pilava arroz e xerém

E tudo era festança

Fui um menino descente

Está tudo diferente

De quando eu era criança.

 

Moía milho pra pão

Pra farofa e angu

Caçava abelha enxu

Colhia milho e feijão

Jeremum e melancia

Gostava de cantoria

São Gonçalo, boa dança

Saudade meu peito sente

Está tudo diferente

De quando eu era criança.

 

Eu caçava enxuí

Maribondo e capuxu

Passarinhos e tatu

Cafinfim e mondori

Italiana, cupira

Jati, teú, jandaira

Sem desordem sem lambança

Gostava fazer repente

Está tudo diferente

De quando eu era criança.

 

Sempre fui cara sincero

Nunca gostei de mentira

Mentira me dava ira

A mentira não tolero

Amo a sinceridade

Sou defensor da verdade

Para viver a mudança

Sem ser inconveniente

Está tudo diferente

De quando eu era criança.

 

Inda em minha meninice

Levei um coice na testa

Culpa minha, sem contesta

Pela minha criancice

O cavalo eu cipoei

Entre as pernas acertei

Ele sem pedir fiança

Me acertou de repente

Está tudo diferente

De quando eu era criança.

 

Um dia sem esperar

Senti uma dor no lado

Eu fiquei desesperado

Com intenção me curar

Com folhas de jerimum

Bem quente e um a um

Botavam na minha pança

Por dias fiquei doente

Está tudo diferente

De quando eu era criança.

 

Brincava fazer cercado

E de cavalo de pau

No mato ou no quintal

Ossos e búzios eram gado

E arapuca fabricava

No juazeiro trepava

Eu tinha uma vida mansa

Tudo se foi de repente

Está tudo diferente

De quando eu era criança.

 

Eu andava pela mata

De pés descalços no chão

Era uma diversão

Ver a lua cor de prata

Estrelas no céu brilhar

A Mãe-da-lua cantar

A distância a vista alcança

Aquela serra imponente

Está tudo diferente

De quando eu era criança.

 

Tinha alegria em ver

A passagem do cometa

Desfilar da borboleta

O meteórito correr

Me balançar numa rede

Andar sobre a parede

Sem dinheiro e sem poupança

Más eu vivia contente

Está tudo diferente

De quando eu era criança.

 

 

Brincava de mergulhar

De jogar pedra na água

Ver o rio onde deságua

Gostava n’água pular

Me banhar na cachoeira

Brincar de pular fogueira

Com estilo e ordenança

O São João festa descente

Está tudo diferente

De quando eu era criança.

 

Comia feijão com pão

Angu com carne assada

Rapadura com coalhada

Farofa feito capitão

Baião de dois, mungunzá

Pipoca feito fubá

Até encher minha pança

Tinha cuscús com chá quente

Está tudo diferente

De quando eu era criança.

 

Buchada e sarapaté

Canjica, angu e paçoca

Pamonha, queijo e pipoca

E farinha com café

Carne assada na brasa

Milho cozido arrasa

Tapioca enchia a pança

Tomava escaldado quente

Está tudo diferente

De quando eu era criança.

 

Tinha doce de amendoim

E açúcar com farinha

Chouriço, peixe e sardinha

Espécie de gergelim

Papa de goma e gomoso

Pirão, beiju que gostoso

Disto somente lembrança

Eu guardo na minha mente

Está tudo diferente

De quando eu era criança.

 

Tinha boiada de gado

Tinha aboio do vaqueiro

Tinha o galo no poleiro

E o plantio no roçado

Tinha história de Trancoso

Vaqueiro aboiava saudoso

Hoje só resta a lembrança

Para contar no presente

Está tudo diferente

De quando eu era criança.

 

 

 

Francisco Erivaldo Pereira Alencar

domingo, 16 de julho de 2023

3.137 - EU JAMAIS VOU DESISTIR.


Autor: Erivaldo Alencar. - Letra: 11 07 2023.

 

Sou Erivaldo Alencar

Gosto fazer poesia

Poemista, cordelista

Escrevo com alegria

Más não sei tocar viola

Nem vivo de cantoria.

 

Respeito a virgem Maria

Mãe de Cristo o salvador

Eu creio em Jesus Cristo

E em seu pai o Criador

No divino Espírito Santo

No milagre do amor.

 

Eu amo ao meu Senhor

Com respeito e carinho

Ele está junto comigo

É a luz do meu caminho

Quem se acompanhar com Ele

Nunca ficará sozinho.

 

Jesus Cristo é caminho

Amor vida e verdade

Único filho de Deus

A paz e a felicidade

Ele é mestre dos mestres

Salvador da humanidade.

 

Desconjuro a falsidade

E sou contra a violência

Em qualquer canto que eu esteja

Faço uso da prudência

Seja qual seja o problema

Resolvo com paciência.

 

Uso minha inteligência

Pra conseguir o que quero

Sou amante da verdade

Ingratidão não tolero

De um dia ser vencedor

Na vida o que mais espero.

 

Eu jamais me desespero

Seja qual for o problema

Não vejo de que ter medo

Enfrento qualquer dilema

Para alcançar o sucesso

Tenho meu próprio sistema.

 

Tenho comigo um lema

Insistir e persistir

Com luta e persistência

Que quero vou conseguir

De lutar pelo que quero

Eu jamais vou desistir.

 

Francisco Erivaldo Pereira Alencar.