terça-feira, 31 de outubro de 2023

3.163 - TENHO MUITO QUE APRENDER.

 

Autor: Erivaldo Alencar.

 

Letra; 31 10 2023.

 

 

Já ouvi alguém dizer

Que eu sou inteligente

Não me acho tanto assim

Só sei que sou diferente

Não esqueço meu passado

Enquanto vivo o presente.

 

Sou apenas um vivente

Membro da humanidade

Que vive de esperanças

E da força de vontade

Que ver os anos passar

Aumentando de idade.

 

Digo com sinceridade

Eu gosto de trabalhar

Parado fico doente

Viver doente não dar

Enquanto vida tiver

Jamais eu hei de parar.

 

Vivo a vida a sonhar

Num futuro promissor

Tenho fé em Jesus Cristo

E em seu pai o Criador

Que mais cedo ou mais tarde

Me tornarei vencedor.

 

Eu não sou nenhum doutor

Sou apenas um artista

Na arte de fazer versos

Sou poeta cordelista

Na profissão do repente

Trovador e polemista.

 

Não sou nenhum cientista

Más tenho admiração

Pela ciência em geral

Que estuda com precisão

O universo composto

Em toda sua extensão.

 

Quase sem educação

Más admiro o saber

E como pesquisador

Tento mundo conhecer

E na escola do mundo

Tenho muito que aprender.

 

 

No saber quero crescer

Quem sabe até ser doutor

Embora sem faculdade

Do mundo conhecedor

Na escola da poesia

Meu sonho é ser professor.

 

Sou poeta escritor

Brasileiro nordestino

Eu gosto de versejar

Pra isto tenho bom tino

De todos os dons que existe

Poeta o mais divino.

 

Eu já não sou mais menino

Más inda tento crescer

Pra conseguir o que quero

Preciso muito viver

Na escola da vida inda

Tenho muito que aprender.

 

 

Francisco Erivaldo Pereira Alencar.

3.162 - NA SÃO SILVESTRE DA VIDA

 

Autor: Erivaldo Alencar.

 

Letra: 31 10 2023.

 

 

O mundo é dos mais espertos

Más eu não tenho esperteza

Até hoje não consegui

O status da nobreza

O que é mais intrigante

Nunca saí da pobreza.

 

No mundo da incerteza

Vivo a vida a trabalhar

Ninguém não me ver parado

Sempre a me movimentar

Para o pão de cada dia

Honestamente ganhar.

 

A vida difícil estar

Para quem não tem dinheiro

Buscando fazer milagres

Não passo de aventureiro

Na São Silvestre da vida

Tentando ser o primeiro.

 

Vejo em cada parceiro

O desejo de vencer

Usando de artifícios

Tento na vida crescer

Quanto mais tento subir

Muito mais tendo a descer.

 

Não sei mais o que fazer

Pra reverter situação

Para dar passos certeiros

E pisar firme no chão

Ter o sucesso almejado

E ganhar libertação.

 

Não andar na contra mão

Isto muito tenho feito

O que tento não dar certo

Que faço não tem proveito

Do infortúnio da vida

Tento sair não há jeito.

 

 

 

 

Eu sei que não sou perfeito

A minha vida é sofrida

São muitos os desafios

A estrada é tão comprida

Sou mero participante

Na São Silvestre da vida.

 

 

Francisco Erivaldo Pereira Alencar

segunda-feira, 30 de outubro de 2023

3.161 - COMO DOE A SOLIDÃO

 

Autor: Erivaldo Alencar.

 

Letra: 30 10 2023.

 

 

Como é ruim viver só

Como doe a solidão

Ninguém sabe o quanto sofre

O meu pobre coração.

 

O meu amor foi embora

Sem se despedir de mim

Foi embora pra bem longe

Por este mundo sem fim.

 

Foi em busca de aventuras

E carinho em outros braços

Se desmanchar de amor

No calor de outros abraços.

 

Como é ruim viver só

Como doe a solidão

Ninguém sabe o quanto sofre

O meu pobre coração.

 

Depois que4 ela foi embora

Acabou minha alegria

Só a tristeza e saudade

Fazem a mim companhia.

 

Passo a noite acordado

Se durmo sonho com ela

Em cada canto da casa

Eu vejo a imagem dela.

 

Como é ruim viver só

Como doe a solidão

Ninguém sabe o quanto sofre

O meu pobre coração.

 

Sinto muito a falta dela

Sua ausência me atormenta

Viver sem ela comigo

Meu coração não aguenta.

 

Dar vontade de beber

Más não beberei jamais

Que guardo dela comigo

Só saudade e nada mais.

 

Como é ruim viver só

Como doe a solidão

Ninguém sabe o quanto sofre

O meu pobre coração.

 

Quem me ver assim cantando

Não ver o meu padecer

Seu sorriso delicado

Não consigo esquecer.

 

Ela foi tudo de bom

Que tive na minha vida

Sem motivos aparentes

Perdi a mulher querida.

 

Como é ruim viver só

Como doe a solidão

Ninguém sabe o quanto sofre

O meu pobre coração.

 

 

Francisco Erivaldo Pereira Alencar

3.160 - UM LUGAR AO SOL.

 

Autor: Erivaldo Alencar

 

Letra: 20 10 2023.

 

 

Reconheço não ser nada

Pois poucos me dão valor

A não ser minha família

Que comunga a mesma dor

De não representar nada

Eu sou reconhecedor.

 

A minha dor meu clamor

Ninguém interessa saber

O que faço o que não faço

O que pretendo fazer

Muitos me conhecem más

Fingem não me conhecer.

 

De nada puder fazer

Pra o que quero conquistar

Sou frustrado por só ter

O direito de sonhar

Sonho sonhos sem direito

Dos mesmos realizar

 

Vezes me ponho a chorar

Por viver despercebido

Me considero inútil

Sem chance de ser ouvido

As vezes que sou ouvido

Não tenho sido atendido.

 

Sempre com braço estendido

Vivendo da esperança

Não me canso de lutar

Pela fortuna e bonança

De ser o que quero ser

Não tenho mais segurança.

 

Eu já não sou mais criança

Avança a minha idade

Tenho sonhos pro futuro

Além da realidade

É querer voar sem asas

Sem objetividade.

 

Sequer a sociedade

Se atreve a me perguntar

De que estou precisando

Pros sonhos realizar

O que pretendo na vida

E onde almejo chegar.

 

 

Quem quer e pode ajudar

A este pobre poeta

Vende picolé nas ruas

Feito idiota e pateta

Me divirto escrevendo

Só poesia correta.

 

Não sou tolo nem profeta

Escrevo a pura verdade

Desabafo em poesias

Pra toda sociedade

Desejo um lugar ao sol

Más tenho dificuldade.

 

 

Francisco Erivaldo Pereira Alencar.

 

quinta-feira, 19 de outubro de 2023

3.159 - OLHANDO PARA O ESPAÇO.

 

Autor: Erivaldo Alencar.

 

Letra: 19 10 2023.

 

 

Olhando para o espaço

Vi coisas maravilhosas

O universo estava

Cheio de estrelas brilhosas.

 

As grandes manchas de astros

Que ofuscavam distante

Na escuridão da noite

Me fez parar por instante.

 

Vi a lua deslumbrante

Com sua face cor de prata

No alto do firmamento

Clareando a verde mata.

 

Ouvi o Rasga-mortalha

Rasgando a veste sua

E na ponta da estaca

O cantar da Mãe-da-lua.

 

Também ouvi sutilmente

O canto do inhambu

O gemer do juriti

No galho do mulungu.

 

A Asa-branca também

Na copa da aroeira

Duas cauãs em dueto

Nos galhos da catingueira.

 

Ouvi o galo cantar

Lá no alto do poleiro

Uma onça rugir forte

Ali no despenhadeiro.

 

Os capotes em fanfarras

Cantavam dizendo fracos

Lá nas quebradas da serra

O alarido de macacos.

 

Eu vi estrelas cadentes

Em alta velocidade

Infelizmente essas coisas

Não são vistos na cidade.

 

Caboré tomando sol

Com olhar desconfiado

Seriemas em dueto

Me dez lembrar o passado.

 

Eu vi o nascer do sol

Coisa bonita de ver

E por traz do horizonte

Sem pressa se esconder.

 

Numa rede de varanda

No alpendre da mansão

Eu dormi tranquilamente

Ouvindo o som do trovão.

 

Me banhei na cachoeira

Nas espumas mergulhei

Adormecido na relva

Um ar puro respirei.

 

Cavalguei pelas campinas

Montado no alazão

Pois não há vida melhor

Que a vida no sertão.

 

 

Francisco Erivaldo Pereira Alencar

3.158 - SÃO SONHOS SONHADOS MÁS SEM SOLUÇÃO.

 

Autor: Erivaldo Alencar.

 

Letra: 19 10 2023.

 

Se que adianta

Eu viver sonhando

E o tempo passando

Sem nada dar certo

Ir atrás do nada

Aonde não tem

Em lugar além

Por certo deserto.

 

Confiar atoa

Em quem não merece

Orar fazer prece

Há um falso santo

Viver de promessas

Sem sequer cumpridas

De gentes fingidas

Sem alma sem pranto.

 

De que adianta

So0nhar com riqueza

Se a cruel pobreza

Não sai do meu pé

Onde quer que eu vá

Ela está comigo

Inda por castigo

Roubando minha fé.

 

Eu crendo em tudo

Feito um idiota

Ou7vindo lorota

De quem nada dar

Sempre acreditando

Que tenho futuro

Num palco escuro

Sem onde chegar.

 

De que adianta

Pensar em crescer

Que tento fazer

Sempre dar errado

Sei que sonho alto

Más nada alcanço

No tempo avanço

Me sinto cansado.

 

 

Más não desanimo

Insisto persisto

Eu jamais desisto

Daquilo que quero

Más tudo que faço

Só dar prejuízo

Mudar é preciso

Pra ter o que espero.

 

De que adianta

Gritar me acuda

Pra se ter ajuda

Precisa implorar

Vem um demagogo

Visando favores

Como salvadores

Pra nos enganar.

 

Logo o tempo passa

A mente envelhece

A gente se esquece

Da situação

Eu vivo de sonhos

Não realizados

São sonhos sonhados

Más sem solução.

 

 

Francisco Erivaldo Pereira Alencar

terça-feira, 10 de outubro de 2023

3.157 - SOU APENAS UM POETA DA TERRA DO LAVRADOR.

 

Autor: Erivaldo Alencar.

 

Letra; 10 10 2023.

 

 

Eu nasci lá no sertão

Em uma simples palhoça

Muito cedo fui pra roça

E não tive educação

Sou duma família pobre

Más de um coração nobre

Sou filho de cantador

Eu tive uma infância reta

Sou apenas um poeta

Da terra do lavrador.

 

No meu tempo de criança

Sem tempo para brincar

Sem escola pra estudar

Não me faltou esperança

De3 sonhar com o futuro

Futuro longe e escuro

Confiante no Senhor

Vezes metido a profeta

Sou apenas um poeta

Sou apenas um poeta

Da terra do lavrador.

 

Sem estudo sem dinheiro

Longe da sociedade

Passando necessidade

Dando uma de vaqueiro

Vendo o tempo correr

E eu menino crescer

Fui um jovem sonhador

Com minha mente repleta

Sou apenas um poeta

Da terra do lavrador.

 

O tempo ligeiro voa

Aumentando de idade

Todo cheio de vontade

Fui a terra da garoa

Lá conheci muita gente

Metido a inteligente

Sem diploma de doutor

Numa solidão completa

Sou apenas um poeta

Da terra do lavrador.

 

 

 

 

Hoje moro na cidade

Sem futuro, sem cartaz

Tempo que faz e desfaz

Só aumentou minha idade

De onde vim pra o9nde vou

Sou apenas o que sou

Vejo cair meu valor

Poesia me completa

Sou apenas um poeta

Da terra do lavrador.

 

Já quase setenta e cinco

Vejo a velhice chegar

A morte se aproximar

Sem perspectivas eu brinco

Faço um balanço geral

Do que fiz de bom e mal

Sem futuro promissor

O que a velhice acarreta

Sou apenas um poeta

Da terra do lavrador.

 

Muitas vezes me revolto

Com minha situação

Com dores no coração

Vezes ao passado volto

Bate no peito a tristeza

A desgraça da pobreza

Faz de mim um sonhador

Dando uma de pateta

Sou apenas um poeta

Da terra do lavrador.

 

Não adianta chorar

Pedir arrogo ou gemer

Dormir, acordar, correr

Nada vai fazer mudar

Muitos sonhos eu sonhei

Tão poucos realizei

Sou um traste sem valor

Eu sonho o destino veta

Sou apenas um poeta

Da terra do lavrador.

 

 

Francisco Erivaldo Pereira Alencar

 

sexta-feira, 6 de outubro de 2023

3.156 - É POR EU TE AMAR DEMAIS.

 

Autor: Erivaldo Alencar.

 

Letra: 06 10 2023.

 

 

Me diz duma vez por todas

O que está acontecendo

Que fizestes mudar tanto

Mudou sem querer querendo

Sequer está percebendo

O mal que está me fazendo.

 

Em teu semblante estou lendo

Que algo estranho  aconteceu

Talvez não me ame mais

Ou de mim se esqueceu

Ou tem outro em sua mente

Não quer mais nada com eu.

 

Muito me entristeceu

O seu modo de falar

Tenho que ser muito forte

Pra puder não fraquejar

Não perder as estribeiras

Pra não morrer nem matar.

 

Eu jamais vou aceitar

O final do nosso amor

Só tenho amor a você

Eu te amo com fervor

E na guerra do amor

Jamais serei perdedor.

 

Fazes de mim sofredor

Pois te amo cegamente

Eu não vivo sem você

Sem você fico doente

Um amor igual ao meu

Não há em outro vivente.

 

Posso ser inconsequente

Más lhe atraiçoar jamais

Sou dependente de ti

Entre suspiros e ais

A razão do meu sofrer

Só por eu te amar demais.

 

 

Francisco Erivaldo Pereira Alencar.

 

quinta-feira, 5 de outubro de 2023

3.155 - É A IMPRESSÃO QUE DAR.

 

Autor: Erivaldo Alencar.

 

Letra: 05 10 2023.

 

 

Mui vezes pareço ser

Alguém muito diferente

De todas outras pessoas

De tudo que é vivente

Horas pareço viver

Outras não sou existente.

 

Ser dos outros diferente

Não é o que quero ser

Embora dê a impressão

No meu modo de viver

Pois saibam que eu não sou

O que mostro parecer.

 

Por vezes deixo de ser

O que realmente eu sou

Sempre eu sou diferente

A cada lugar que vou

Sinto preciso mudar

A má impressão que dou.

 

Tenho impressão que sou

Uma pessoa invisível

Ninguém me ver onde passo

Isto é indiscutível

Diante de gentes boas

Passo sem ser perceptível.

 

Quando eu não ouvivel

Fico pra não resistir

Quando falo com alguém

E finge não me ouvir

Isto me dá impressão

De não ser nem existir.

 

Eu não posso admitir

Quando falo com alguém

Dou bom dia ou boa tarde

E a pessoa fica além

Ouve finge não ouvir

Finge não me ver também.

 

Cada um dá o que tem

Não posso forçar mudar

Ao me ver finge não ver

Ouvir e não me escutar

Invisível e não ouvível

É a impressão que dar.

 

Francisco Erivaldo Pereira Alencar.

quarta-feira, 4 de outubro de 2023

3.154 - NÃO ERA OSTO QUE EU QUERIA.

 

Autor: Erivaldo Alencar.

 

Letra: 04 10 2023.

 

 

Tu fostes pra capital

Para cuidar da saúde

Levada pelos seus filhos

Pois cuidar de ti não pude.

 

Aconselhada por mim

Pois vivia adoentada

Na certeza de voltar

Brevemente e curada.

 

Telefonei várias vezes

Com prazer me atendia

Prometendo piamente

Que urgente voltaria.

 

Não sei o que aconteceu

Nem o que te motivou

Numa ligação recente

Para mim você falou.

 

Com uma voz de desprezo

Que não ia mais voltar

Que suas coisas no próximo

Mês tu viria buscar.

 

Eu fiquei desnorteado

Sem saber o que responder

Com tão séria decisão

Nada eu podia fazer.

 

A dor traspassou meu peito

Feriu o meu coração

Alegria deu lugar

A malvada solidão.

 

Perdi todas esperanças

De você voltar um dia

Separar de você não

Era isto que eu queria.

 

 

Francisco Erivaldo Pereira Alencar.

domingo, 1 de outubro de 2023

3.153 - DESEJO FELICIDADE.

 

Autor: Erivaldo Alencar.

 

Letra: 01 10 2023.

 

 

Já faz muito tempo

Que eu não vejo você

Estou pra enlouquecer

De tanta saudade sua

Inconformado

Tentando te esquecer

Sem controle vou beber

Até cair pela rua.

 

Sem nenhum motivo

Me deixou e foi embora

Se está com outro agora

Desejo felicidade

Se estais sozinha

Pra mim não tem importância

Seria ignorância

Manchar tua dignidade.

 

Pra mim não importa

O que quer ou não fazer

Eu prefiro não saber

Se estais feliz ou não

Pois tudo que quero

É cuidar da minha vida

Livrar-me de ti querida

E salvar meu coração.

 

Tu não imaginas

O quanto tenho sofrido

Pelo o teu amor perdido

Sem o porquê eu saber

Não posso forçar

Me querer quem não me quer

Não há só tu de mulher

Logo vou te esquecer.

 

Logo o tempo passa

Com o tempo passa a dor

E talvez um novo amor

Surgirá em meu caminho

Sua vida é sua

Siga o destino seu

Que eu seguirei o meu

Acompanhado ou sozinho.

 

Não aguento mais

Tanta incompreensão

De alguém sem coração

Que não tem dignidade

Geralmente só

Deu-me sofrimento e dor

Pra você meu ex-amor

Desejo felicidade.

 

 

Francisco Erivaldo Pereira Alencar.