quarta-feira, 25 de abril de 2012

1.071 – AMOR COM ASSOMBRAÇÃO

Autor Erivaldo Alencar.

Letra; 30 12 2009 e música; 26 01 2011


O meu irmão mãos novo
Era muito namorador
Arranjou uma namorada
Filha dum rico senhor
Mas a mãe ela não quis
Por achar ele sem valor.

A moça era bonita
E muito bem educada
Embora morando no sítio
Era muito bem preparada
Ele alfabetizado
E ela quase formada.

Sua mãe a tira de casa
Mandou-a pra outro lugar
Pra casa de um parente
Para dele se afastar
Pensando que ele não ía
A sua filha procurar.

No lugar pra onde foi
Começou a lecionar                                                       
Logo mandou uma carta
Com endereço do lugar
Que ele fosse até lá
Precisava com ele falar.

Ele não perdeu muito tempo
E arriou o seu cavalo
Na mesma noite ele foi
Por menos de um estalo                                                                                                                                                                 Galopando em seu cavalo
Aproveitando o embalo.

Assim o tempo foi passando
E os dois a se namorar
Duas a três vezes por semana
Ele a ía visitar
De peixeira e de revolver
Cuidou-se em se amar.

Numa determinada noite
Quando pra casa voltava
Ao sair de um corredor
Numa chapada chegava
E a frente de uma mata
Fechada ele passava.

A noite estava escura
E ele bem acomodado
Trotando em seu cavalo
Deu-se o inesperado
Subitamente um vulto
Apareceu ao seu lado.

Teve um susto tão grande
Que seu cabelo arrepiou
Se, que ele percebesse,
Do seu revolver sacou
E toda munição do mesmo
No fantasma disparou.

Em casa papai perguntou
O que foi que aconteceu
Ele disse foi um bicho
Que a mim apareceu
Dei dois tiros de revolver
O bicho desapareceu.

Papai lhe disse meu filho
Assim você não me cala
Tu atirastes três vezes
Tua resposta me entala
No revolver tem seis cascas
E nenhuma contém bala.

No outro dia bem cedo
A notícia se espalhou
O seu pretenso cunhado
Com ele se prontificou
Hoje no meu jumentinho
Pegar este bicho eu vou.

Um colega do meu irmão
Disse-lhe eu vou também
Vou te fazer companhia
Confie no colega que tem.
Para enfrentar nós três
Creio que ele não vem.

À noite foram os três
Tudo era tranquilidade
Quando eles retornavam
Na mesma localidade
O fantasma apareceu
Com mais agressividade.

O fantasma bravo foi
Em direção ao seu cunhado
O meu irmão e o outro
Correram desesperados
Enquanto seu cunhado foi
Pelo bicho encurralado.

O seu cunhado gritava
Vocês venham me socorrer
O bicho é muito valente
Tou preso não posso correr
Se vocês não vierem logo
O bicho vai me comer.

Foi um sufoco danado
Que seu cunhado sofreu
Ao chegar numa cancela
O bicho desapareceu
Aliviado ele disse
O bicho quase me comeu.

Nesta noite meu irmão
Tomou uma decisão
Nunca mais foi visitar
Seu amor sua paixão
Pois não podia dar certo
Amor com assombração.



Francisco Erivaldo Pereira Alencar.

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