domingo, 31 de dezembro de 2017

2.273 - MEUS SENTIDOS DETECTARAM.

Autor: Erivaldo Alencar.

Letra: 31 12 017 – música:


Meus sentidos detectaram
Há algo estranho no ar
Que seres de outros mundos
Viriam nos visitar
Mas pra poder recebe-los
Temos que nos preparar.

Venho a todos informar
Que não é premunição
O que estou aqui narrando
Não foi sonho nem visão
Nem estudos científicos
É apenas intuição.

Do jeito que as coisas vão
Tudo pode acontecer
Com o avanço da ciência
Transformações vão haver
Coisas sem explicações
Quem tiver vivo vai ver.

Com certeza o novo ser
Que virá de outro mundo
De porte agigantado
Conhecimento profundo
Superior aos terrestres
De um sentimento fecundo.

Este povo oriundo
Doutro sistema estrelar
Com poder absoluto
Vai a terra governar
Com habilidade e força
O planeta dominar.

Quando ele vai chegar
Inda não tem data certa
Ser humano que se cuide
Não fique de boca aberta
Como mensageiro estou
A todos fazendo alerta.

Ainda com data incerta
Está tudo planejado
Vem botar ordem na casa
Arrumar o desarrumado.
Quem o desobedecer
Muito será  castigado.


O mal não será poupado
Nem há pra onde fugir
Errou terá de pagar
Não haverá ir nem vir
Temos que obedecer
Sem poder ficar nem ir.

Ele é quem vai decidir
Qual será nosso futuro
Temos que estar para tudo
Não fique em cima do muro
O preço é muito alto
Eo caminho está escuro.

Eu sei que é muito duro
Isto eu ter eu que dizer
Meus sentidos detectaram
O que vai acontecer
Pois livre-se quem puder
Se não quiser perecer.


Francisco Erivaldo Pereira Alencar.

2.272 - O JEITO É ME CONFORMAR.

Autor: Erivaldo Alencar.

Letra: 31 12 2017 e música;


Eu não sei porque razão
Eu tenho sofrido tanto
Crescer é minha ambição
Mas eu não saio do canto
Pois eu tudo tenho feito
Parece coisa sem jeito
Não consigo enricar
Quando penso que acerto
Outra vez que não dar certo
O jeito é me conformar.

Nunca fico sem emprego
Trampo muito ganho pouco
Preciso dum descarrego
Pra evitar de ficar louco
Quanto mais que eu trabalho
Muito mais me atrapalho
Não consigo acertar
Será que sou azarado
Faço certo sai errado
O jeito é me conformar.

Sou um cara trabalhador
Não paro nenhum segundo
Do dever sou cumpridor
Não tenho nada no mundo
Pois na casa que eu moro
Ao entrar nela eu choro
Não há em que tropeçar
Nela só existe pobreza
Uma coisa tenho certeza
O jeito é me conformar.

No trabalho dou o duro
Preguiça eu não conheço
Sou um cara sem futuro
Ser feliz eu não mereço
Como é ruim viver assim
O destino é contra mim
Sequer eu posso sonhar
Não tenho sorte com a sorte
O meu futuro é a morte
O jeito é me conformar.

Não tenho sorte com jogo
Com bingos nem loterias
Parece que há um fogo
Queimando as economias
Quando eu peço ajuda

Não há ninguém que me acuda
Até manda me lascar
Se a riqueza tem preço
Na pobreza só padeço
E o jeito é me conformar.

Por eu não ter o dinheiro
Comprar o que quero não posso
Eu luto feito um guerreiro
No fracasso me alvoroço
Enquanto aumento a idade
Busco a felicidade
Inda não pude encontrar
Não sei onde ela mora
Se eu não acha-la agora
O jeito é me conformar.

Eu sou um cara doente
Vivo gemendo de dores
Dizem que sou imprudente
Por não procurar doutores
Como quero ficar bom
Somente usando o meu dom
Não poderei me curar
Se versando a dor não passa
Vivendo com esta desgraça
O jeito é me conformar.

A seca aqui está grande
A chuva não quer chegar
Enquanto a crise se expande
Vou tentando amenizar
Busco daqui e dali
Vou ficando por aqui
Até o inverno voltar
Driblando a própria sorte
Enquanto não chega a morte
O jeito é me conformar.

Eu sou um cara valente
Cumpridor do meu dever
Por me sentir persistente
Um dia eu vou vencer
Pois quando chegar o inverno
Mando a crise pro inferno
E a bonança vai chegar
Quando vier dou amém
Mas enquanto ela não vem
O jeito é me conformar.


Francisco Erivaldo Pereira Alencar.

domingo, 17 de dezembro de 2017

2.271 - COIVARA DE POESIAS.

Autor; Erivaldo Alencar.

Letra; 6 122017 e música:


Sou Erivaldo Alencar
Cordelista brasileiro
Sou filho de Acopiara
Nascido no Comboeiro
Cearense cabeça chata
No verso um aventureiro.

O meu pai foi violeiro
Vivia de cantorias
Sou poeta polemista
Versejo todos os dias
Com papel e caneta faço
Coivara de poesias.

Eu junto um verso daqui
Outro eu trago de lá
Busco daqui e dali
De lá eu trago pra cá
Versando à minha maneira
Ninguém me reclamará.

Cada garrancho de versos
Junto com muito cuidado
Acumulo na coivara
Ada poema rimado
Boto fogo na coivara
Cai versos pra todo lado.

Minha roça de poesias
Botei fogo e queimou bem
Mas ficou alguns garranchos
Que atrapalham e não convém
Então vou fazer coivaras
Com os garranchos que tem.

Com a caneta e papel
Faço poesia rara
Tristeza desaparece
Minha inspiração não para
As portas se abrem pra mim
E a minha doença sara.

Tenho o dom da poesia
Versejo todos os dias
Meu trabalho é fazer versos
E transmitir alegrias
Levo minha vida fazendo
Coivara de poesias.



Francisco Erivaldo Pereira Alencar.

segunda-feira, 11 de dezembro de 2017

2.270 - NASCI PARA SER VAQUEIRO.

Autor: Erivaldo Alencar.

Letra: 10 12 2017 e música:


Eu nasci lá no sertão
Nas terras do Comboeiro
O meu pai foi cantador
E político brasileiro
Conheço a vida do campo
Pois nasci pra ser vaqueiro.

Derrubei boi mandingueiro
Nas quebradas do sertão
Campeei gado no mato
Montado no alazão
Uniformizado de
Perneira, chapéu gibão.

Nasci pra ser campeão
Na profissão de vaqueiro
Cortei melosa no peito
Escalei despenhadeiro
Fiz molambo torcer
Na soca do marmeleiro.

Botei cabras no chiqueiro
E o gado no curral
Eu peguei carneiro brabo
No campo de bomborral
Botei careta e chocalho
Em touro no matagal.

Cedo eu ia pro curral
Para as vacas desleitar
Soltava um aboio saudoso
Antes do leite tirar
Leite mugido na hora
Eu costumava tomar.

Eu nasci pra campear
A criação na campina
Enfrentando o sol quente
A poeira e a neblina
A noite eu descansava
Nos braços duma menina.

Desde cedo cumpro a sina
Trabalhar pra fazendeiro
Nunca deixei boi no mato
No campo sou o primeiro
Amo minha profissão
Pois nasci pra ser vaqueiro.



Francisco Erivaldo Pereira Alencar.

2.269 - EU NASCI PRA SER POETA.

Autor: Erivaldo Alencar.

Letra: 07 12 2017 e música:


Eu nasci pra ser poeta
Nordestino cordelista
Não nasci pra ser profeta
Nem cantador repentista.

Na arte de versejar
Me considero um artista
Sem tocar e sem cantar
Mas eu não saio da pista.

Eu gosto muito de ler
Muito mais de escrever
A poesia correta.

Não nasci para ser crítico
Nem pra doutor nem político
Eu nasci pra ser poeta.



Francisco Erivaldo Pereira Alencar.

quarta-feira, 6 de dezembro de 2017

2.268 - QUE ADIANTA SONHAR.

Autor; Erivaldo Alencar.

Letra: 05 12 2017 e música;

Que adianta sonhar
Em ter um mundo melhor
Se cada dia que passa
O mundo fica pior.

Para o mundo melhorar
Eu tenho feito o possível
Já percebi que sozinho
Isto será impossível.

Não adianta eu querer
Mudar o mundo sozinho
Sozinho não tenho forças
Força não é o caminho.

Precisa que nos unamos
Buscando um plano perfeito
Com um só objetivo
Fazer só o que for direito.

Na luta por igualdade
Do bem sermos defensores
Da violência e dos males
Sagazes destruidores.

Ter paz pra buscar a paz
Levar paz ao mundo inteiro
Sem violar o direito
Nem pensar só em dinheiro.

Buscar sempre fazer o bem
Ter no peito o Salvador
Plantar em seu coração
A semente do amor.

Combater a violência
Sem usar a violência
E amando ao nosso próximo
Com carinho e paciência.

Viver num mundo melhor
Justo e despreocupado
Em paz comigo e com os outros
É o que mais tenho sonhado.

Que adianta sonhar
E sonhar só por sonhar
Vejo que não tenho como
Meus sonhos realizar.


Francisco Erivaldo Pereira Alencar.

domingo, 19 de novembro de 2017

2.267 - QUE ORGULHO POSSO TER.

Autor: Erivaldo Alencar.

Letra: 17 11 2017 e música:


Com o que eu faço na vida
Que orgulho posso ter
Eu trabalho o dia inteiro
Pra ganhar o que comer
Vendo picolé na rua
Quem quiser poderá ver.

Ninguém pode imaginar
O sofrimento da gente
Que empurra um carrinho
Na rua diariamente
Pra ganhar uma ninharia
Tendo que enfrentar sol quente.

A sorte tem sido ingrata
E não quer saber de mim
Nada que faço dar certo
Pra mim tem sido ruim
Deixo a pergunta no ar
Porque comigo é assim.

Sei que há gente por aí
Que quase sem se esforçar
Ganha bastante dinheiro
Sem a camisa suar
Ao contrário trabalho muito
Pra poder pouco ganhar.

A minha vida é boa
Não troco pela de ninguém
A condição financeira
É que não está nada bem
Por isto tenho passado
Coisas que a ninguém convém.

Dizem que eu sou artista
Que tenho capacidade
Que sou o maior poeta
Daqui da minha cidade
Me elogiam mas não
Me dão oportunidade.

Sei que não sou o maior
Também não sou o menor
Sei que não sou o melhor
Nem tão pouco o pior
Reconheço meu valor

Entre o maior e melhor.

Sou poeta cordelista
Pesquisador escritor
Tento fazer o melhor
Para mostrar meu valor
Mas não sou reconhecido
Na terra do lavador.

Que adianta ser poeta
Escrever com seriedade
Sem ninguém me dá a mão
Passo por necessidade
Vida que pareço ter
Não condiz com a verdade;

Sou um pobre infeliz
Por dia melhor espero
Mas esse dia não chega
O descaso não tolero
A vida que estou vivendo
Não é a vida que quero.

Com a idade avançada
Me encontro aposentado
Mas o que ganho é pouco
Estou muito endividado
Não posso pagar o que devo
Que devo tá atrasado.

Eu gosto de trabalhar
Para ganhar um bocado
Mas estou perdendo as forças
Pois me encontro adoentado.
Um acervo de doenças
Que tenho colecionado.

Eu quero fazer as coisas
Mas não consigo fazer
Quero ajudar mas não posso
Pois preciso receber
Viver a favor dos outros
Que orgulho posso ter.


Francisco Erivaldo Pereira Alencar.

quinta-feira, 16 de novembro de 2017

2.266 - QUARENTA E DOIS ANOS DE SUA PARTIDA.

Autor: Erivaldo Alencar.

Letra; 15 11 2017 e música:


Fazem quarenta e dois anos
Mamãe que você partiu
Naquele quinze de novembro
Outra estrada seguiu
Foi morar no paraíso
E desta vida desistiu.

Inda lembro como hoje
Quando tu agonizavas
Naquela manhã tão triste
As suas mãos acenavas
Pedindo perdão a todos
E a todos tu perdoavas.

Você partiu muito nova
Quarenta e cinco de idade
Chamada por Jesus Cristo
Pra morar na eternidade
Partiu levando lembranças
Para os seus deixando saudade.

Estás na eternidade
Junto ao pai celestial
Recompensa conquistada
Em vida material
Deixou o mundo dos vivos
Pra o mundo espiritual.

Se pudéssemos agora
Iríamos te encontrar
Por todo tempo de ausência
Temos muito o que falar
Mas como não é possível
Temos que nos conformar.

Tempo da tua ausência
Quase o tempo da tua vida
Inda sentimos a falta
De você mamãe querida
Celebramos quarenta e dois
Anos da sua partida.



Francisco Erivaldo Pereira Alencar.

segunda-feira, 6 de novembro de 2017

2.265 - NOS OITO PÉS DE QUADRÃO II.

Autor: Erivaldo Alencar.

Letra: 04 11 2017 e música:


Eu amo a minha terra
Meu querido pé de serra
Que no meu peito encerra
As belezas do sertão.
Eu conheço aquele chão
Onde nasci me criei
Lindos campos que passei
Nos oito pés de quadrão.

A terra que tanto amei
Sem motivos a deixei
Enoutro lugar busquei
Resolver a situação.
Porém tudo foi em vão
Nada pra mim melhorou
Talvez até piorou
Nos oito pés de quadrão.

O mundo me ensinou
A vida me educou
O Criador me obrigou
A me tornar cidadão.
Confesso de antemão
Com muita sabedoria
Hoje faço poesia
Nos oito pés de quadrão.

Deus fez com soberania
O mundo e deu garantia
Descansou no sétimo dia
Pra ver sua criação
Nos deu de graça então
Pra nele poder morar
Tomar conta e preservar
Nos oito pés de quadrão.

Precisamos respeitar
A natureza e amar
Fauna e flora preservar
Acabar poluição
Evitar a erosão
Que está destruindo a terra
Esquecer de fazer guerra
Nos oito pés de quadrão.



Francisco Erivaldo Pereira Alencar.

2.264 - TODOS PODEM PERCEBER.

Autor: Erivaldo Alencar.

Letra: 04 11 2017 e música:


Todos podem perceber
Que eu gosto de viver
E muito quero fazer
Para ser feliz na vida
Eu jamais desistirei
Com muita fé buscarei
Pois só assim vencerei
Esta estrada tão comprida.

Não importa a dificuldade
Lutarei com dignidade
Pra fazer minha vontade
Naquilo que sei fazer
Bem sei que não sou profeta
Levo uma vida discreta
Na profissão de poeta
Meu trabalho é escrever.

Sei que não sou o maior
Também não sou o menor
Tento fazer o melhor
Para agradar a quem ler
Eu faço verso rimado
Cubado metrificado
E sempre tendo o cuidado
Para não comprometer.

Eu amo a natureza
A verdade e a franqueza
Mas o diabo da pobreza
Tenta me atrapalhar
Eu gosto muito de ler
O que vejo escrever
Pois o meu maior prazer
É poder poetizar.

Sou poeta escritor
Cordelista trovador
Palestrante locutor
Escrever é meu lazer
Nascido lá no sertão
Uso minha inspiração
Pra versar do coração
Todos podem perceber.



Francisco Erivaldo Pereira Alencar.

sexta-feira, 3 de novembro de 2017

2.263 - SESSENTA E NOVE DE VIDA.

SESSENTA E NOVE DE VIDA.

Autor; Erivaldo Alencar.

Letra:  01 11 2017 e música:


Hoje é meu aniversário
Ao Deus Pai eu agradeço
Por todo tempo vivido
Sabendo que não mereço
Sessenta e nove de vida
É bastante eu reconheço.

De lutas e desafios
São sessenta e nove anos
Sempre buscando o melhor
Fazendo projetos e planos
Tentando de todas formas
Jamais cometer enganos.

Sempre busquei trabalhar
Com responsabilidade
Reconhecer meus limites
E fazer minha vontade
Afastar-me da mentira
Sempre buscando a verdade.

Pra se viver tanto assim
É preciso ser artista
Nos momentos mais difíceis
Eu me mantive otimista
A preservação da vida
É minha maior conquista.

Já fiz muito pela vida
E o que faço é com prazer
Por mais que eu tenha feito
Há muito mais por fazer
Pra fazer tudo que quero
Cedo não posso morrer.

Peço a Deus que me abençoe
Pois a estrada é tão comprida
A minha missão em vida
Ainda não foi cumprida
Pra cumprir preciso mais
Sessenta e nove de vida.



Francisco Erivaldo Pereira Alencar.

sexta-feira, 27 de outubro de 2017

2.262 - SÓ RESTA SAUDADE.

Autor: Erivaldo Alencar.

Letra: 26 10 2017 e Música:


Há uma coisa na vida
Que me dá recordação
É meu tempo de criança
No meu querido sertão.

Bons tempos que se passaram
Que não voltarão jamais
Ainda guardo saudades
Lá da casa dos meus pais.

Morava numa choupana
De taipa bem conservada
Sem reboco e sem ladrilho
As margens de uma estrada.

Era costume da gente
Levantar de madrugada
No clarão do novo dia
Ao despertar da passarada.

O dia ainda escuro
Pro curral a gente ia
Para desleitar as vacas
No amanhecer do dia.

Dava um aboio bonito
O eco rasgava a aurora
Cheio de espumas tomava
Leite mugido na hora.

Ainda lembro do galo
Que cantava no poleiro
Pra receber as galinhas
Ele descia primeiro.

Todos os dias cedinho
Forrava bem o cangote
Fazendo fila na estrada
Pra botar água no pote.

Ainda tenho lembrança
Da primeira namorada
Primeiro beijo que dei
Lá na curva da estrada.

Quando queimava a broca
Ouvindo o mato gemer
E os insetos fugindo

Pra no fogo não morrer.

Anda tenho lembrança
Da noite enluarada
Do céu límpido estrelado
Silenciosa madrugada.

Relâmpago caracol
Trovejando a noite inteira
Chuva molhando o chão
O estalido da biqueira.

Da chegada do inverno
Cheiro da terra molhada
Da plantação do legume
E da roça capinada.

Recordo a mata verde
Do canto do sabiá
Gemido da juriti
E do temível guará.

Inda lembro das boiadas
Cortando o sertão inteiro
Do aboio afinado
De um saudoso vaqueiro.

Do açude de água doce
Onde a gente se banhava
O riacho transbordando
Nadando se atravessava.

Lembro a virada do milho
Da desbulha do feijão
Do roço da capoeira
E da cata do algodão.

Das festas de São Gonçalo
Da fogueira de São João
O milho assado na brasa
E pegar brasa com a mão.

Festas de maneiro pau
Dos caminhos que andei
Do campo de futebol
Onde futebol joguei.

O meu pé de cajarana
Que tem a minha idade
Do meu tempo de criança
Hoje só resta saudade.


Francisco Erivaldo Pereira Alencar.

2.261 - SE EU TIVESSE O PODER.

Autor: Erivaldo Alencar.

Letra: 26 10 2017 e música:


Se eu tivesse o poder
De fazer o meu querer
Poder a vida viver
Buscando fazer o bem
Eliminaria a morte
A todos daria a sorte
Daria emprego e suporte
Pra todos viverem bem.

Daria inteligência
Virtudes e consciência
Presteza e paciência
E gosto pelo trabalho
A todos o que fazer
Educação e saber
O planeta proteger
Não deixar virar cascalho.

Aumentar em Deus a crença
Não permitir desavença
Acabar com a doença
E a todos dar a saúde
Acabar com a violência
Ao pobre mais assistência
Ao gestor mais competência
Pra gerir com plenitude.

Proteger os animais
Preservar os vegetais
Defender os minerais
De predadores sagazes
Acabar poluição
Pôr na cadeia o ladrão
Defender minha nação
Dos corruptos vorazes.

Acabaria com a dor
Com a mentira e o rancor
Implantava a paz e amor
Resgatava o vagabundo
Se eu tivesse o poder
Jamais iria envelhecer
Eternamente viver
Pra poder salvar o mundo



Francisco Erivaldo Pereira Alencar.

quinta-feira, 26 de outubro de 2017

2.260 - MAS EU NÃO TENHO O PODER.

Autor: Erivaldo Alencar.

Letra: 25 10 2017 e música:


Quero ter a liberdade
Pra fazer minha vontade
Com responsabilidade
Sem manchar minha imagem
Quero levar alegria
Paz amor e harmonia
Certeza da garantia
De transmitir a mensagem.

Pra aquele que sente dor
Quero ser o curador
Ao que sofre o consolador
E a fé para o carente
Pra pessoa oprimida
Que está com a mão estendida
Desenganada da vida
Dar-lhe uma vida descente.

Eu quero ter condição
Pra poder levar o pão
A todo faminto irmão
Que não tem o que comer
A todo aquele que chora
Que em nome de Deus implora
Da doença uma melhora
Acabar com seu sofrer.

Eu quero levar comida
Educação e bebida
Aumentar temo de vida
Fazer a morte morrer
Acabar poluição
A guerra e revolução
A todos dar o perdão
Livrá-los de se perder.

Que o Deus da onipotência
Me dê muita inteligência
Pra acabar com a violência
Sem jamais me aborrecer
Pra levar felicidade
A todos oportunidade
Esta é minha vontade
Mas eu não tenho poder.



Francisco Erivaldo Pereira Alencar.

terça-feira, 17 de outubro de 2017

2.259 - A VITÓRIA POSSÍVEL.

Autor: Erivaldo Alencar.

Letra: 17 10 2017 e música:


Há muito tempo tenho observado
Muita coisa mudou ultimamente
Já estou ficando velho e cansado
Acima de tudo me encontro doente

Não há mais a mesma disposição
Da época da minha juventude
Busquei nos desafios solução
Nem todas as vezes vencer eu pude.

Não é agora que vou fraquejar
Me lema sempre foi lutar, lutar.
E buscar vitórias no impossível.

Derrotas não me farão desistir
Ao contrário me farão persistir
A conseguir a vitória possível.



Francisco Erivaldo Pereira Alencar.

2.258 - FIM DA HUMANIDADE.


Autor: Erivaldo Alencar.

Letra: 17 10 2017 e música:


Pois ninguém neste mundo se acostuma
Com tudo que acontece atualmente
Deparamos com violência de ruma
E o povo cada vez mais imprudente.

Vivemos em guerras e revoluções
Já não há mais paz na comunidade
Atentados nações contra nações
Leva ao extermínio da humanidade.

Assaltos e roubos em todo lugar
Acidentes na terra, água e ar
Assassinatos sem necessidade.

Pra muitos o mundo vai se acabar
Portanto se assim continuar
Será o fim de toda humanidade.



Francisco Erivaldo Pereira Alencar.

sexta-feira, 13 de outubro de 2017

2.257 - PROJETO POESIA NA ESCOLA.

Autor: Erivaldo Alencar.

Letra: 12 10 2017 e música:


Na esperança de ser útil
Minha mente desenrola
Pra passar pra quem não sabe
Tiro versos da cachola
Trabalho com o projeto
Poesia na escola

De escola em escola
Eu vivo a palestrar
Falo de literatura
Poesia popular
Ensinando fazer versos
Como se deve rimar

Eu tento bem explicar
Como fazer poesia
O que é estrofe e verso
E a rima no dia a dia
Que é cordel e aboio
E a arte da cantoria.

Pra aquele que em mim confia
Explico com emoção
O que vem a ser a métrica
O que é mote e quadrão
Um galope a beira-mar
Uma sextilha e mourão.

O que vem a ser canção
E a profissão do repente
O cantador de viola
Que tira versos da mente
O poeta cordelista
Um literato descente.

Ensinando toda gente
Minha língua desenrola
Pra falar de poesia
Meu cérebro não se atola
Pois trabalho com o projeto
Poesia na escola.



Francisco Erivaldo Pereira Alencar.

quinta-feira, 12 de outubro de 2017

2.256 - SOU APENAS UM POETA.

Autor: Erivaldo Alencar.

Letra: 12 10 2017 e música:


Alguém que me ver assim
Pensa que sou um pateta
Aquele que me conhece
Até diz que sou profeta
Nem pateta nem profeta
Sou apenas um poeta.

A poesia completa
O meu modo viver
Até eu mesmo admiro
O meu sistema de ser
Querendo ou não querendo
Serei isto até morrer.

Eu gosto muito de ler
Pra me aperfeiçoar
Também gosto de escrever
Pra me especializar
No ramo da poesia
Crescer e me projetar.

Eu gosto de versejar
Para alguém que venha ler
Embora versos singelos
Fácil de se compreender
Fazendo aquilo que gosto
Não vou me arrepender.

Escrever é um lazer
Que me fás felicidade
Escrever virou um hábito
Que me deixa à vontade
Pois sou um poeta nato
De responsabilidade.

Recebi da divindade
Dom de fazer poesia
Faço de tudo um pouco
Sem usar demagogia
Literatura poética
Eu exerço com alegria.

Faço e dou garantia
Porque ela me completa
Eu não sou mais que ninguém
Tento cumprir minha meta
Não sou maior nem menor
Sou apenas um poeta.



Francisco Erivaldo Pereira Alencar.