domingo, 29 de janeiro de 2017

2.116 - GATO ATROPELADO.

Autor: Erivaldo Alencar.

Letra: 29 01 2017 e música:


Há pouco tempo ouvi
Um gato em alarido
Pra ver rápido corri
Tava no chão estendido.

Com cuidado eu o pequei
Comecei massagear
Em minhas mãos o segurei
Tentando não machucar.

Uma jovem apareceu
O gato não entendeu
E mordeu o dedo dela.

A mãe tava do outro lado
Levei o gato atropelado
Pra  poder ficar com ela.



Francisco Erivaldo Pereira Alencar.

2.115 - TRAJETÓRIA DE ERIVALDO ALENCAR.

Autor: Erivaldo Alencar.

Letra: 29 01 2017 e música:


Peço a Deus o grande mestre
Pra poder me abençoar
Ao seu filho Jesus Cristo
Para inspiração me dar
Pra narrar à trajetória
De Erivaldo Alencar.

Sua vida e trajetória
Eu conheço muito bem
Pois ninguém mais do que eu
Sabe donde que ele vem
Seu passado seu presente
E o que deseja também.

Conheço suas origens
Quando e onde nasceu
O que fez e o que faz
Lugares onde viveu
Eu asseguro porque
O Erivaldo sou eu.

Sou Francisco Erivaldo
Pereira Alencar
Comboeiro, São Paulinho,
Acopiara é meu lugar
Cearense do interior
Que nasci para versar.

No dia três de novembro
De quarenta e oito o ano
Mais ou menos nove horas
Eu não cometo engano
Lá numa casa de taipa
Onde Deus traçou meu plano.

De Julio Aires Pereira
Eu sou seu filho primeiro
E de Maria de Lourdes
Pereira seu nome inteiro
Meu pai foi vereador
E cantador violeiro.

A minha mãe foi doméstica
Foi boa mãe e senhora
Ela teve doze filhos
Os quais eu direi agora
O Erivaldo sou eu

Versar é o que mais adora.

Depois de mim foi Arlindo
A Lúcia veio em seguida,
Eunice, Emanuel,
Edileusa a prometida,
Neviwton e Espedita
Rita e Aparecida.

Depois de Fátima e Socorro
O meu pai enviuvou
Casou-se com Creuzimar
Nova família formou
Cherline, Juliana e Julio
Sua prole completou.

Batizei-me no Ebrom
São Francisco é meu padrinho
Já na minha adolescência
Crismei-me em São Paulinho
Registrei-me no Trussu
Para ser cidadãozinho.

Meu pai me levou pra roça
Com cinco anos de idade
Deu-me as primeiras lições
Com muita capacidade
No ofício da agricultura
E a ser homem de verdade.

Com meus pais eu aprendi
A rezar como cristão.
Mas foi lá em São Paulinho
A primeira confissão
E muito emocionado
A primeira comunhão.

Eu inda era criança
Só não lembro a idade
Levei um coice na testa
Quase uma fatalidade
Eu fiquei horas em coma
Sem dar conta da verdade.

Foi aos onze de idade
Que eu aprendi a ler
Em quatro meses de aulas
Eu aprendi escrever
Tive quatro professores
Pra me ensinar o saber.

Pois na minha adolescência
Ser padre muito sonhei
Uma vaga no convento
De Canindé arranjei
Ao invés de um convento
Foi na roça que eu fiquei.

Eu nunca fui de ir festas
E também nunca dancei
Só aos dezessete anos
Namorada arranjei
Minha prima foi à moça
Por quem me apaixonei.

Próximo aos vinte anos
Eu consegui em noivar
Eu a deixei lá no sítio
Em São Paulo fui morar
Ganhar dinheiro e depois
Voltar para me casar.

Foi no ano sessenta e nove
Que isto aconteceu
Eu deixei meu Comboeiro
Pra São Paulo viajei
Eu trabalhei na Diana
Mas em setenta voltei.

De volta a minha terra
O noivado terminei
Não demorou muito tempo
Outra noiva arranjei
No ano setenta e três
Com a mesma me casei.

Quando cheguei de São Paulo
Na feira eu fui trabalhar
Traiçoeiramente um cara
Fez tudo pra me matar
Deu-me cinco peixeiradas
Mas consegui escapar.

No ano setenta e três
Casei-me com Liduina
No mesmo ano nasceu
Uma bonita menina
Mas aos trinta e cinco dias
A vida dela termina

No ano setenta e quatro
Tornei-me Vice-Presidente
Do time Farias Brito
Da cidade residente
Além de vice também fui
Um atleta competente.

Dos oito filhos nascidos
Primeiro foi Marilene
Cátia e Pedro e depois
Francilene e Lucilene
O último foi Julio Aires
Antes Francisco e Gislene.

Somente Francisco Aires
Lá em São Paulo nasceu
Na cidade de Suzano
Lá onde nasceu morreu
Os outros são cearenses
Nordestinos como eu.

No ano setenta e seis
No interior cearense
Com outros fundei a Liga
Desportiva Acopiarense
Duas vezes fui secretário
Da liga que me pertence.

No ano setenta e nove
Para São Paulo voltei
Primeiro Jardim Nordeste
Em São Nicolau morei
Depois para Miguel Badra
Lá em Suzano mudei.

Junho de setenta e nove
Um emprego arranjei
Na Tostines onde quase
Sete anos trabalhei
Final de oitenta e cinco
Uma greve liderei.

No ano oitenta e cinco
Uma greve eu liderei
Unido a dois amigos
Aquela indústria parei
Dispensado por telegrama
A Tostines eu deixei.

Maio de oitenta e seis
Para o Ceará voltei
Eu vim para Acopiara
Uma oficina montei
Na oficina e comércio
Muitos anos trabalhei.

Dia primeiro de maio
O Acopiara fundei
Em julho do mesmo
Mais uma liga criei
Por muitos anos seguidos
A mesma administrei.

Fui três vezes presidente
Cinco vice-presidente
Um conselheiro fiscal
Trabalhei severamente
Levantei o futebol
Junto com a minha gente.

Ainda em oitenta e seis
O campeonato eu fiz
Foi no ano de noventa
Que eu me senti feliz
Patrocinei a seleção
Numa campanha infeliz.

Pela primeira vez
A seleção participou
Dum torneio oficial
Que APCDEC formou
No cenário esportivo
Acopiara se lançou.

No ano noventa e um
No Intermunicipal
Torneio da APCDEC
Acopiara fez legal
Fizemos boa campanha
Na disputa estadual.

O Acopiara Juventude
Time de minha fundação
Orientado por mim
Já pela federação
Foi o quarto colocado
Do Torneio Integração.

Contratei no mesmo
Senhor Vicente Trajano
Treinador profissional
Pra desenvolver um plano
Foi um trabalho perfeito
Realizado neste ano.

No ano noventa e dois
Contratei o Zé Preguinho
Fomos vice campeão
Num trabalho com carinho
Já no intermunicipal
Seguimos o mesmo caminho.

No ano noventa e cinco
Numa eleição disputada
Pra presidente da liga
Conquista foi alcançada
Ganhei com apenas um voto
Numa vitória apertada.

No ano noventa e oito
Fui decepcionado
Pelo prefeito da cidade
Que me fez trouxa enganado
Eu fui na conversa dele
Que não cumpriu o mandado.

Foi quando pedi a Deus
Algo para eu fazer
Do esporte que eu amava
O mais depressa esquecer
No mesmo dia comecei
Poesia escrever.

Foi em um dez de setembro
Que dia maravilhoso
Eu tive a bênção de Deus
Nosso Mestre glorioso
Fiz o primeiro poema
Para me tornar famoso.

O ano foi noventa e oito
Que nasci pra poesia
Quase aos cinquenta anos
Com imensa alegria
Em “mulher pretensiosa”
Em versos me lançaria.

No ano dois mil e um
Em Guarulhos fui morar
Fui para Ribeirão Preto
Pra num posto trabalhar
Retornei pra Acopiara
Na intenção de ficar.

Fui pra Juazeiro do Norte
Pra na feira trabalhar
Mas lá também não certo
Logo tive que voltar
Lá no sítio Comboeiro
Para estacas tirar.

Vendi a propriedade
E voltei para a cidade
Vender picolé nas ruas
Pois tinha necessidade
Vendi cartelas de bingos
Com muita seriedade.

Voltei vender picolé
E depois me aposentei
Voltei para o esporte
No picolé continuei
Mas de escrever meus poemas
Felizmente não parei.

Montei uma museoteca
E um blog pude criar
Tanto jornais e TVs
Vieram me entrevistar
Esta é a trajetória
De Erivaldo Alencar.

Francisco Erivaldo Pereira Alencar

sábado, 28 de janeiro de 2017

2.114 - SAUDADES DE APARECIDA.

Autor: Erivaldo Alencar.

Letra: 28 01 2017 e música:


Há cinquenta e quatro anos
No Comboeiro nascia
Nossa irmã Aparecida
Exatamente neste dia
Vinte e oito de janeiro
Muito nos alegraria.

No ano sessenta e três
Deus lhe deu a permissão
Dela nascer para a vida
Em um ano de bênção
Nossa Aparecida Aires
Abrilhantou nosso sertão.

Nós todos nos orgulhamos
De tê-la como irmã
Digna serva de Deus
Dotada de mente sã
Viveu levando mensagens
A toda família cristã.

Vinte sete de fevereiro
Dois mil e nove o ano
Parti da vida terrena
Atendendo ao Soberano
Parti deixando saudades
Pra viver em outro plano.

Cumprido a missão na terra
Parti para a outra vida
Foi servir ao criador
Na morada prometida
Não há cristão que não sinta
Saudades de Aparecida.



Francisco Erivaldo Pereira Alencar.

2.113 - FAZER A NOSSA CULTURA SAIR DO ANONIMATO.

Autor: Erivaldo Alencar.

Letra; 28 01 2017 e música:

Todos aqui me conhecem
Sabem minha situação
Que eu não tenho recursos
Tou passando precisão
Vendo picolé nas ruas
Pra poder ganhar meu pão.

Claro, sou aposentado,
Mas eu sou muito doente
Dinheiro do benefício
Tá longe do suficiente
Obrigo-me a fazer bico
Pra continuar vivente.

Preciso tomar remédio
Para poder trabalhar
Trabalho pra comprar remédio
Pras dores aliviar
Sem trabalho não tem remédio
E sem remédio não dar.

Coleciono doenças
Embora contra a vontade
O trabalho que exerço
Vai de encontro minha idade
Obrigo-me reconhecer
Minha inutilidade.

Bem que eu tenho vontade
De trabalhar com cultura
Sou poeta escritor
Tenho um pouco de leitura
Quero fazer, mas não posso,
A ansiedade me tortura.

Quero uma oportunidade
Pra mostrar o meu valor
Quero ser útil ao povo
Da terra do lavrador
O não reconhecimento
Faz de mim um sofredor.

Não precisam andar muito
Sou fácil de encontrar
Todos sabem do meu nome
Só basta me procurar
Estou à disposição

E pronto pra trabalhar.

Quero descobrir valores
Mostrando existir de fato
Descobrir pontos turísticos
Que estão perdidos no mato
Fazer a nossa cultura
Sair do anonimato.

Francisco Erivaldo Pereira Alencar.

terça-feira, 24 de janeiro de 2017

2.112 - CONTA UM POUCO DA MINHA HISTÓRIA.

Autor> Erivaldo Alencar.

Letra: 24 01 2017 e música.

Nasci em Acopiara
Lá no sítio Comboeiro
Cearense cabeça chata
Um cidadão brasileiro
Eu sou de família pobre
Filho de pai violeiro

Meu pai agropecuarista
Político vereador
Minha mãezinha doméstica
Filha de agricultor
Da roça com meus irmãos
Tornei-me trabalhador.

Criei-me lá no sertão
Morando numa choupana
Trabalhando lá roça
Todos dias da semana
Pra poder ganhar o pão
Enfrentei seca tirana.

Tive uma vida pacata
Morando no pé da serra
Ouvindo pássaros cantar
E cultivando a terra
Longe de todo e do mundo
Sem se ouvir falar em guerra.

Orgulho de ser matuto
Sem vergonha de dizer
Aos onze anos de idade
Aprendi ler e escrever
Sem frequentar um colégio
Adquiri meu saber.

Abandonei meu sertão
Buscando vida melhor
Sofri muito veredando
Só encontrei mundo pior
Com o tempo envelheci
E hoje me acho menor.

Procurei de muitos meios
Alcançar uma vitória
Entre conquistas e derrotas
A vida deu-me uma glória
Os versos que faço conta
Um pouco da minha história.


Francisco Erivaldo Pereira Alencar.

domingo, 22 de janeiro de 2017

2.111 - MUSEOTECA.

Autor; Erivaldo Alencar.

Letra: 22 01 2017 e música:


Na minha casa eu tenho
Uma bela museoteca
Mistura perfeita de
Museu com biblioteca
Lá eu escrevo meus versos
Com uma caneta sapeca.

Já passam de três mil livros
Todos em exposição
Pregados sobre a parede
Que tem chamado atenção
Já fui visitado por
Jornal e televisão.

Tem vários televisores
Revistas e LPs
Tem rádios sons e jornais
Tem moedas e CDs
Eletrônicos em geral
Fitas de vídeos e DVDs.

As paredes estão cobertas
Pois já não há mais espaço
Preciso casa maior
É aí meu embaraço
Sem ter dinheiro pra nada
Já não sei mais o que faço.

Estou pagando aluguel
Onde o acervo abrigo
Quero ampliar meu acervo
Mas me acho a perigo
Se alguém pode me ajudar
Entre em contato comigo.

Grande parte do acervo
Eu catei lá nos lixões
E troquei por picolés
Entre outras transações
Pra manter a museoteca
Preciso de doações.



Francisco Erivaldo Pereira Alencar.

2.110 - NÃO DEPOIS QUE EU FOR FINADO.

Autor: Erivaldo Alencar.

Letra: 22 01 2017 e música:

Quanto vou ter que esperar
Pra promessa ser cumprida
O tempo tá se passando
Com o tempo tá indo a vida
Ou só vão me da uma chance
Quando eu tiver de partida.

Não quero ouvir mais promessas
Quero realização
Quem puder me ajudar
Não perca mais tempo não
Preciso de oportunidade
Pra poder ganhar o pão.

Estou cansado de promessas
Que não me levam a nada
Preciso crescer na vida
Minha chance tá bloqueada
Pra quem quiser me ajudar
A sorte já foi lançada.

Sou poeta escritor
Preciso aparecer
No cenário literário
Para todo mundo ler
Ficando no anonimato
Ninguém vai me conhecer.

Eu escrevo poesias
Lido com literatura
Na história e na arte
Eu tenho desenvoltura
Tendo uma chance garanto
Resgatar nossa cultura.

Todos aqui me conhecem
Sabem que sou preparado
Não posso fazer sozinho
Preciso ser ajudado
Quem puder me ajude agora
Não depois que eu for finado.



Francisco Erivaldo Pereira Alencar.

2.109 - SOU UM POETA SEM MEDO.

Autor: Erivaldo Alencar.

Letra: 22 01 2017 e música:


Sou cearense cabra macho
Não tenho medo de nada
Não corro sem ver o porquê
Eu topo qualquer parada
Pois tanto faz no sertão
Na cidade ou na estrada.

Sou amigo e camarada
Respeito meu inimigo
Não dou o braço a torcer
Também não temo o perigo
Sou de família pacata
E amigo do amigo.

Não queira mexer comigo
Sou poeta pra lascar
Não copio de ninguém
Rimo porque sei rimar
Tenho violão não toco
Escrevo não sei cantar.

Eu aprendi trabalhar
Com cinco anos de idade
Na terra onde nasci
Vivi minha mocidade
Hoje com sessenta e oito
Mora aqui na cidade.

Minha única propriedade
É saber ler e escrever
Tenho dom da poesia
Verso eu aprendi fazer
Só perderei este dom
No dia quando morrer.

Nada tenho nada a temer
Eu sou um cara disposto
Eu ando a qualquer
Faço o que quero a gosto
Nunca bati nem matei
Mas tenho tido desgosto.

Eu desafio o oposto
Veredar onde veredo
Por caminhos espinhosos
Eu escrevo meu enredo
Escrevo versos porque
Sou um poeta sem medo.


Francisco Erivaldo Pereira Alencar.

2.108 - TERRA PROMETIDA.

Autor: Erivaldo Alencar.

Letra: 22 01 2017 e música:


Que utilidade eu tenho
Se não sou aproveitado
Se ninguém me dá apoio
Jamais darei resultado
Para que eu seja útil
Tenho que ser explorado.

Que adianta falatório
Em dizer que sou artista
Fazer-me tanto elogio
Se não me ponham na lista
De artista aproveitável
Na terra do repentista.

Em poesias eu tento
Mostrar que tenho valor
Na profissão do repente
Sou poeta escritor
Cordelista folclorista
Biógrafo pesquisador.

Estou à disposição
Para ser aproveitado
Pra trabalhar com cultura
E produzir resultado
Na função de palestrante
Eu dou conta do recado.

Culturalista que sou
Quero muito trabalhar
Com artesanato e folclore
Nas artes me derramar
Poesias e literatura
Pra quem quiser repassar.

Quero escrever a história
Da minha linda cidade
Deixar meus conhecimentos
Para a posteridade
Pra ensinar e aprender
Preciso oportunidade.

Já que eu não tenho chances
Na minha terra querida
Pra exercer meu trabalho
Com alma coração e vida
Vou buscar em outras plagas
Minha terra prometida.


Francisco Erivaldo Pereira Alencar.

sábado, 21 de janeiro de 2017

2.107 - BOM DIA ACOPIARA.

Autor: Erivaldo Alencar.

Letra: 21 01 2017 e música;


Bom dia minha Acopiara
No Estado do Ceará
Terra de beleza rara
Deus também mora por cá.

Na amanhecência do dia
As nuvens cortam espaço
Aproveito com alegria
De mandar o meu abraço.

Que o Senhor nos proteja
Dentro o da igreja
Em qualquer situação.

Com muita paz e saúde
Felicidade e a virtude
Dos nossos erros o perdão.



Francisco Erivaldo Pereira Alencar.

sexta-feira, 20 de janeiro de 2017

2.106 - CHOVEU EM ACOPIARA.

Autor: Erivaldo Alencar.

Letra: 20 01 2017 e música:


Choveu em Acopiara
Uma chuva de primeira
Embora não tão intensa
Uma chuva molhadeira
Alegrando a natureza
E a toda nação roceira.

Fora setenta milímetros
De chuva aqui na cidade
Também na zona rural
Choveu com intensidade
Renovando as esperanças
De inverno bom de verdade.

Relâmpago cortou forte
Fazendo a noite animada
O céu sorriu em delírios
Com intensa trovoada
Chuva trovão e relâmpago
Fez medo a gente assombrada.

Acordei depois das onze
Com enormes barulheiras
Os estalidos nas telhas
O barulho das biqueiras
O colchão todo molhado
Com respingos de goteiras.

A terra está molhada
Propícia pra se plantar
Milho feijão e fruteiras
Vamos a semente enterrar
Plantas da primeira chuva
Tem tudo pra prosperar.

Em cinco anos de secas
O chão ficou ressecado
Somente com uma chuva
O solo ficou molhado
Fez à seca ir embora
Do nosso sertão amado.

Prenúncios de bom inverno
Ao sertanejo animara
Temos a fé fervorosa
Que Deus não nos desampara
Somos felizes por que
Choveu em Acopiara.


Francisco Erivaldo Pereira Alencar.

quinta-feira, 19 de janeiro de 2017

2.105 - INIMIGO DOS ANIMAIS.

Autor: Erivaldo Alencar.

Letra: 19 01 2017 e música;


Digo e não peço desculpas
Das crueldades humanas
Com raríssimas exceções
Quantas ações desumanas
Que quer dominar o mundo
Com atitudes tiranas.

E de maneiras profanas
Faz uso da violência
Pra satisfazer seu ego
Sem piedade e clemência
Judia dos animais
Com rancor e indecência.

Alguém que faz violência
Com estupidez e maustrato
Com o coração odioso
Um ser humano insensato
É monstro imperdoável
Quem judia de um gato.

Quem pega um pobre dum gato
Para jogar no lixão
Ou abandona nas ruas
Sem dar alimentação
É um monstro criminoso
Que não merece perdão.

Devia ir pra prisão
Quem judia dos animais
Sofrer os mesmos maustrato
Que sofre os irracionais
Quem mautrata incapazes
Não deve viver jamais.

É violência demais
Pegar um gato e matar
Chutá-los e dar pancadas
E não o alimentar
Negar água para o bicho
Ferir e o abandonar.

Dar choques e acorrentar
Cuidar com instintos brutais
Ceifar membros furar olhos
Jogá-los nos matagais
É preciso punir os
Inimigo dos animais.


Francisco Erivaldo Pereira Alencar

2.104 - SEM COPIAR DE NINGUÉM.

Autor: Erivaldo Alencar.

Letra: 19 01 2017 e música;



Não nasci pra ser covarde
Nem pra fazer molecagem
Luto sem fazer alarde
E odeio sacanagem.

Vivo pra fazer o bem
Sem pensar em recompensa
Sempre faço o que convém
Sem fugir da minha crença.

Sou poeta escritor
Faço versos com amor
Pois versejar me faz bem.

Minha mente se renova
Eu escrevo e dou a prova
Sem copiar de ninguém.



Francisco Erivaldo Pereira Alencar.

2.103 - A UNIÃO FAZ A FORÇA.

Autor: Erivaldo Alencar.

Letra: 19 01 2017 e música;


A união faz a força
Trabalho faz o progresso
Unidos somamos forças
Para sair do recesso.

Acabamos as picuinhas
Desunião só destrói
Vamos todos dar as mãos
Só com amor se constrói.

Briga não nos interessa
Temos juntos que buscar
Paz em cada coração
Pra Deus nos abençoar.

Cada um veja seu eu
Aqui ninguém é perfeito
Não custa muito tentar
Corrigir nosso defeito.

Buscar coletivamente
É mais fácil de achar
Tudo que nos interessa
Sem um ao outro difamar.

Vamos juntos construir
Não aumentar o dilema
A união faz a força
Pra resolver o problema.



Francisco Erivaldo Pereira Alencar.

terça-feira, 17 de janeiro de 2017

2.102 - O MAL POR SI SE DESTRÓI.

Autor: Erivaldo Alencar.

Letra: 17 01 2017 e música:


Que adianta nascer
E viver a vida inteira
Fazendo tudo errado
Com outros na bandalheira

Ter um coração maldoso
Mau caráter irracional
Passar uma vida inteira
Só pensando em fazer mal.

Ser dopado pelo ódio
Não saber fazer favor
Ser um sujeito inútil
Desprovido de amor

Infestado pela inveja
Venenoso inconsequente
Um déspota violento
Neurótico imprudente.

Gente que se porta assim
Que já não é mais criança
Não é digno de respeito
Nem merece confiança.

De pessoas desse tipo
O mundo está lotado
Em todo canto que se vai
Um destes é encontrado.

Não adianta conselho
Pois nada iram mudar
Pois o pau que nasce torto
Não há como desentortar.

Quem vive de fazer mal
Com o tempo se corrói
Um provérbio assim diz
O mal por si se destrói.



Francisco Erivaldo Pereira Alencar.

2.101 - RECORRO A SANTA TRINDADE.

Autor: Erivaldo Alencar.

Letra: 17 01 2017 e música:


Cinco anos se passaram
De secas no meu sertão
O novo ano chegou
Com a mesma sequidão
Apenas trouxe neblinas
Sem dar pra molhar o chão.

Como sempre o meu sertão
Zona rural e cidade
Quase que não há mais água
Sofremos barbaridade
Criação passando fome
É grande a calamidade.

Digo com sinceridade
Não dar mais pra aguentar
Animais são quem mais sofrem
Por ter onde buscar
Os suprimentos e águas
Pra da fome se livrar.

Esta seca de lascar
Roubou nossa liberdade
Animais com fome e sede
É uma calamidade
Nós não agüentamos mais
Tamanha infelicidade.

Recorro a Santa trindade
Compadecei-vos de nós
A seca está tão comprida
Porém não nos deixem a sós
Pra vencermos esta seca
Nós precisamos de vós.

Senhor salva a todos nós
Sinto-me desesperado
Aproveita manda chuva
Enquanto o céu tá nublado
Fazer água com abundância
E deixar o chão molhado.

O céu tá muito nublado
Tenha de nós piedade
Manda chuva com abundância
Suplico por caridade
Pra nos livrar desta seca
Recorro a Santa Trindade.


Francisco Erivaldo Pereira Alencar.