segunda-feira, 22 de abril de 2024

3.232 - SEM UM AO OUTRO CULPAR.

 

 

Autor: Erivaldo Alencar.

 

Letra: 22 04 2024.

 

 

Não me venha com arrodeio

Nem também com arruaça

Odeio meias palavras

E não tolero ameaça

Seja amável e tolerante

Pra que não haja desgraça.

 

Não compre briga de graça

Brigar a nós não convém

Se acaso sou errado

Tu és errada também

Se somos os dois errados

Direito nenhum não tem.

 

Não me trate com desdém

Busque não me insultar

Vamos resolver com calma

Sem ao outro maltratar

Sejamos inteligentes

Pra do problema tratar.

 

Não quero te magoar

Nem também ser magoado

Tentamos más não deu certo

Não vamos fazer culpado

Vamos viver nossas vidas

Cada bum para seu lado.

 

Eu te amei e fui amado

Más finalmente acabou

Recebi e dei carinho

Te amei e você me amou

Nosso amor foi verdadeiro

E bom enquanto durou.

 

Más agora acabou

Não adianta chorar

Insistir não vai dar certo

É melhor nos separar

Cada um em sua estrada

Sem um ao outro culpar.

 

 

Francisco Erivaldo Pereira Alencar

                                         

sexta-feira, 19 de abril de 2024

3.231 - SOMENTE DEPOIS DE MORTO.

 

Autor: Erivaldo Alencar.

 

Letra: 16 04 2024.

 

Vivo a vida trabalhando

Pra ter um melhor futuro

Pra conquistar o que quero

Trabalhando dou o duro

Com afi8mco e esperança

No Criador me asseguro.

 

Moleza eu não aturo

Pois sou um predestinado

Sem depender de ninguém

Eu me sinto preparado

Pra lutar pelo o que quero

Jesus tem me acompanhado.

 

Por Deus sou abençoado

E ao poderoso agradeço

Que Deus tem feito por mim

Confesso que não mereço

Por mais difícil que seja

Com Ele eu não desvaneço.

 

Como se ver eu padeço

Por doente trabalhar

São duas hérnias de discos

Que tenta me atrapalhar

Mesmo assim eu trabalho

Pra meu sustento ganhar.

 

Eu gosto de trabalhar

Para ganhar o meu pão

Tenho diabete alta

E sofro de hipertensão

São dois esporões de galos

Que doem ao pisar no chão.

 

Tenho bursites então

Que faz o meu ombro doer

Também sofro de hemorroidas

Não invento em dizer

A poesia me faz

Das doenças esquecer.

 

O trabalho é meu lazer

Isto posso comprovar

Trabalho todos os dias

Sem dire4ito a descansar

Somente depois de morto

Deixarei de trabalhar.

 

 

Francisco Erivaldo Pereira Alencar.

domingo, 14 de abril de 2024

3.230 - QUEM TANTO ME FEZ CHORAR.

 

 

Autor: Erivaldo Alencar.

 

Letra; 13 v04 2024

 

 

Eu sou o homem mais triste

Que há na face da terra

Não tenho sorte no amor

Quem amo sempre me ferra

É culpa do coração

Que me mete em confusão

Revoltado faço guerra.

 

Revoltado faço guerra

Contra o meu coração

Que me faz sofrer a dor

Duma frustrada paixão

Sou um desafortunado

Ao relento desprezado

Por alguém sem compaixão.

 

Por alguém sem compaixão

Vivo a vida a sofrer

Preciso tomar vergonha

Pra deixar de padecer

Tenho que me livrar dela

Esquecer de pensar nela

Para não enlouquecer.

 

Para não enlouquecer

Vou sair do seu caminho

Buscar viver minha vida

Dar pra outro seu carinho

Cansei daquela mulher

Se é de amar quem não me quer

É melhor viver sozinho.

 

É melhor viver sozinho

Deixar o mundo girar

Que amar sem ser amado

Sem a mim mesmo enganar

Sei que muito vou sofrer

Com tempo vou esquecer

Quem tanto me fez chorar.

 

 

Francisco Erivaldo Pereira Alencar

3.229 - SANTA NÃO FAZ O QUE VOCÊ FAZ

 

 

Autor: Erivaldo Alencar.

 

Letra: 13 04 2024.

 

 

A mulher que quer ser santa

Não faz o que você faz

Ser santa igual a você

Só se for com satanás

Pois com tua santidade

Vivo más não tenho paz.

 

Eu me sinto incapaz

De ser feliz com você

Não preciso te lembrar

Pois tu sabes o por quê

Pois sendo santa não santa

Você pretende o que.

 

Então pergunto a você

Cadê sua santidade

Como se pode ser santa

Se não tem dignidade

Com seu coração maligno

Só pensa em fazer maldade.

 

Que maldita santidade

A santa que diz que é

Nem no teu nome tem santa

Só se for santa chulé

Com toda esta santidade

Nem você em ti tem fé.

 

Só se eu fosse um mané

Pra acreditar no que diz

Eu preciso duma santa

Para me fazer feliz

Más com sua santidade

Tu só me faz infeliz.

 

Pra ser feliz tudo fiz

Ser feliz não fui capaz

Viver com quem diz ser santa

Só me botou para traz

Uma santa de verdade

Não faz o que você faz.

 

 

Francisco Erivaldo Pereira Alencar

3.228 - NÃO SUPORTO MAIS OS DESAFOROS TEUS.

 

 

Autor; Erivaldo Alencar.

 

Letra: 14 12 2018 e música:

 

 

Puxa vida que mulher desaforada

Teus desaforos não suporto mais

Até parece que está endiabrada

Pegas teus desaforos e vais.

 

Não sei como tem tanto nomes pra dizer

Com alguém que tem tanto amor pra te dar

Com palavras ferinas fere o ser

De alguém que só pensa em te amar.

 

Em toda vida tu tens sido falseira

Uma pessoa que só fala asneira

E que não tem o coração pra Deus.

 

Sinto muito mas é chegada a hora

De me despedir dar adeus  ir embora

Não suporto mais os desaforos teus.

 

 

Francisco Erivaldo Pereira Alencar.

3.227 - A DESGRAÇA DA POBREZA.

 

 

Autor: Erivaldo Alencar:

 

Letra: 13 12 2018 e música:

 

 

Se eu não tenho saúde

Que alegria posso ter

A saúde é virtude

A doença um desprazer.

 

Quanto mais busco remédio

Pra minha doença curar

Mais aumenta o meu tédio

Vendo a doença aumentar.

 

Quero que saiba doutor

Que a minha maior dor

É não possuir riqueza.

 

Trabalho pra me lascar

Não sei se vou suportar

A desgraça da pobreza.

 

 

Francisco Erivaldo Pereira Alencar

3.226 - NOS OITO PÉS DE QUADRÃO IV.

 

 

Autor: Erivaldo Alencar.

 

Letra; 13 12 2018 e música:

 

 

Vou andando mundo afora

Não vou mais perder a hora

Tenho que ir vou agora

Enfrentar o poeirão

Faça chuva ou calor

Tenho que esquecer a dor

Levando riso e amor

Nos oito pés e quadrão.

 

Com alegria e humor

Invés de ódio o amor

Virtude invés de rancor

E com Deus no coração

Pois estou aqui de novo

Para levar para o povo

Deus verdadeiro a quem louvo

Nos oito pés de quadrão.

 

De Deus eu quero aprovo

Dotado de espírito novo

Levar a paz para o povo

Que passa por aflição

O mundo não vou mudar

Mas vou evangelizar

Com muitos m todo lugar

Nos oito pés de quadrão.

 

A paz eu hei de levar

Não vou me amedrontar

A ninguém eu vou forçar

Me estender sua mão

Tendo Deus como amigo

Enfrento qualquer perigo

Amanso meu inimigo

Nos oito pés de quadrão.

 

Eu tenho o poder comigo

Porque Deus é meu amigo

Nele tenho meu abrigo

Ele é minha salvação

Deus é o meu livrador

Do universo criador

Eu o amo com fervor

Nos oito pés de quadrão.

 

Ele é digno de louvor

De tudo é criador

Ele nos quer bem e amor

E quer nos dar o perdão.

Nos deu seu filho Jesus

Caminho verdade e luz

Que por nós morreu na cruz

Nos oito pés de quadrão

 

 

Francisco Erivaldo Pereira Alencar

3.225 - NÃO ME DEIXE NAUFRAGAR.

 

 

Autor: Erivaldo Alencar.

 

Letra; 13 12 2018 e música:

 

 

Eu tomei o barco errado

Naveguei sem direção

O barco foi inundado

Destroçado com o tufão.

 

Os remos não funcionaram

O motor também falhou

Tripulantes apavoraram

E o condutor fracassou.

 

Meu Deus, por favor me acuda.

Preciso da tua ajuda

Estou só em alto mar.

 

Perdoe os pecados meus

Te suplico Deus meu deus

Não me deixe naufragar.

 

 

Francisco Erivaldo Pereira Alencar.

quarta-feira, 10 de abril de 2024

3.224 - É NÃO TÊ-LA AQUI COMIGO.

 

Autor: Erivaldo Alencar.

 

Letra: 10 04 2023.

 

 

Aquele que ver meu rosto

Não ver o meu coração

Não sabe qual meu desgosto

Nem se tenho ou não razão.

 

A mulher que tanto amo

Bateu asas foi embora

As lágrimas que derramo

Cai dum coração que chora.

 

Depois que ela me deixou

A minha vida acabou

Esquecê-la não consigo.

 

Desprezado ao relento

O meu maior sofrimento

É não tê-la aqui comigo.

 

 

Francisco Erivaldo Pereira Alencar

3.223 - POIS PRA SEMPRE ME PERDEU.

 

Autor: Erivaldo Alencar.

 

Letra; 09 04 2024.

 

 

Por causa desta mulher

Desmantelei minha vida

Por amar quem não me quer

Eu dei passada perdida.

 

A mulher que tanto amei

Não sabe o que é amar

O carinho que a dei

Não soube aproveitar.

 

Mulher falsa sem pudor

Destruiu o meu amor

Roubou tudo que foi meu.

 

Não é mais minha mulher

Vai ficar com quem quiser

Pois pra sempre me perdeu.

 

 

Francisco Erivaldo Pereira Alencar.

3.222 - É MELHOR TRABALHAR DO QUE PEDIR.

 

Autor: Erivaldo Alencar.

 

Letra: 09 04 2024.

 

Eu não sou dono do mundo

Nem também eu quero ser

Eu vivo do meu trabalho

Trabalho para viver

Enfrento os desafios

Com intuito de vencer.

 

Com intuito de vencer

Trabalho com harmonia

Derramo o suor do rosto

Esbanjando alegria

Pra assim puder ganhar

O meu pão de cada dia.

 

O meu pão de cada dia

Pra não pedir nem roubar

Pois para ter o que quero

Grana é preciso ganhar

Pia puder ganhar dinheiro

Eu tenho que trabalhar.

 

Eu tenho que trabalhar

Para ser independente

Quem trabalha Deus ajuda

Trabalhar fica pra gente

Aquele que não trabalha

É preguiçoso doente.

 

É ´preguiçoso doente

Quem recusa trabalhar

O trabalho dignifica

Além de socializar

Trabalhando se consegue

Chegar onde quer chegar.

 

Chegar onde quer chegar

Tem futuro promissor

Ganha fama e status

Muito prestígio e valor

Não submete ao ridículo

O homem trabalhador.

 

O homem trabalhador

Feliz pode se sentir

Não faz vergonha a ninguém

Isto posso garantir

Sem dúvida é melhor

Trabalhar do que pedir.

 

Francisco Erivaldo Pereira Alencar.

domingo, 31 de março de 2024

3.221 – SECA DA PESTE

 

Autor: Erivaldo Alencar.

 

Letra: 06 11 2016 e música:

 

 

Senhor Deus do universo

Nosso pai e criador

Rogo-te neste poema

Tenha por nós mais amor

Mande chuva pro sertão

Por Jesus o salvador.

 

O sol está muito quente

Quase que insuportável

Temperatura elevada

Senhor seja mais amável

Acabe urgentemente

Esta seca interminável.

 

Nordestino é cabra macho

De coragem se reveste

É bravo e destemido

Não mancha a roupa que veste

Só queremos que Deus tire

Esta peste do nordeste.

 

Ó Senhor mestre dos mestres

Veja que sofrer eterno

Acalente o nordestino

Mandando um bom inverno

E de uma vez por todas

Mande a seca pro inferno.

 

Com este sol escaldante

A terra vai pegar fogo

Não há vivente na terra

Que agüente este jogo

Em nome dos nordestinos

Senhor eu te peço arrogo.

 

Há um cinzeiro no mundo

Parece está chovendo

Não é água é só cinza

Faz o dia escurecendo

Com a seca a vida na terra

Está desaparecendo.

 

São cinco anos de secas

Que assola o meu nordeste

Não há mais água nem pasto

No sertão nem no agreste

Só o Senhor pode acabar

Com esta seca da peste.

 

 

Francisco Erivaldo Pereira Alencar.

3.220 – POEIRA FINA DO CHÃO.

 

Autor: Erivaldo Alencar.

 

Letra; 06 11 2016 e música:

 

O vento sopra e levanta

Poeira fina do chão

Denunciando a seca

Que assola meu sertão

 

Folhas secas são levadas

Pra outro lugar distante

A flora é devastada

Por um clima escaldante.

 

 

 

Francisco Erivaldo Pereira Alencar

3.219 – ASSIM É A MINHA TERRA.

 

Autor: Erivaldo Alencar.

 

Letra: 31 03 2024.

 

 

Alô, alô minha gente

Do meu torrão brasileiro

Sou poeta escritor

Nascido no Comboeiro

Poemista e cordelista

E filho de violeiro

Da terra do lavrador

Cidadão hospitaleiro.

 

Cidadão hospitaleiro

Cearense cabeça chata

Que amo a minha terra

E gosto de serenata

Onde passeia nos céus

Uma lua cor de prata

Com beleza e candura

Prateando a verde mata.

 

Prateando a verde mata

Da minha terra querida

Onde nasci e me criei

E vivi parte da vida

Terra de gente amiga

Lá no sertão inserida

De gente trabalhadora

Disto jamais se duvida.

 

Disto jamais se duvida

Não há como contestar

Aonde há paz e amor

É boa de se morar

Onde o vento Aracati

Faz o calor abrandar

Terra fértil produtiva

Se plantando tudo dar.

 

Se plantando tudo dar

Não me canso de dizer

Que não há lugar no mundo

Melhor para se viver

Onde o sol estrela rei

Faz nos céus resplendecer

Ao raiar da madrugada

Um novo dia nascer.

 

 

 

 

 

 

Um novo dia nascer

Onde se pesca de anzol

No terreiro da fazenda

Há jogo de futebol

Se olha para o céu e ver

Relâmpago em caracol

Lá na minha terra tem

O mais belo pôr do sol.

 

O mais belo pôr do sol

E em noite enluarada

Uma história de Trancoso

Por alguém é bem contada

No alpendre da fazenda

Até alta madrugada

O sertanejo desperta

Ao cantar da passarada.

 

Ao cantar da passarada

Saudoso aboia o vaqueiro

Tira o leite das vacas

E outros lá no chiqueiro

Tira o leite das cabras

E lá no grande terreiro

O protegendo a fazenda

Late o cachorro trigueiro.

 

Late o cachorro trigueiro

Canta acuado o cancão

Pedindo chuva a Deus

Canta forte o carão

Duas cauãs em dueto

Anunciam o verão

O sertanejo animado

Planta a semente no chão.

 

Planta a semente no chão

Confiando em bom inverno

Más quando chega o verão

Reza para o Pai Eterno

Pede chuva em bonança

Até escreve em caderno

Em orações pede a deus

Mande a seca pro inferno.

 

Mande a seca pro inferno

Chuva pra molhar o chão

Também pede a São José

O santo da devoção

Pra haver um bom inverno

Que haja boa produção

Arroz, milho e feijão

Fava, frutas e algodão.

 

 

Fava, frutas e algodão

Na minha terra é assim

O povo vive alegre

Alegria não tem fim

O povo é educado

Lá todos trabalham sim

Tudo é compartilhado

Lá não há tempo ruim.

 

Lá não há tempo ruim

Lá dar gosto se viver

Na fogueira e São João

Só acredita quem ver

Se aça jerimum e milho

E carne pra se comer

Rola festa a noite até

Novo dia amanhecer.

 

Novo dia amanhecer

Tem dia de namorados

A festa de Santo Antônio

Pra solteiros e casados

Tem fogueira de São Pedro

Dois santos comemorados

Eles são Pedro e Paulo

Apóstolos consagrados.

 

Apóstolos consagrados

Tem festas todos os dia

Se guarda os dias santos

Não existe heresias

Tem folguedos de caretas

Com festanças e folias

Tem cantador de violas

Tem repente e cantorias.

 

Tem repente e cantorias

E dança de São Gonçalo

Tem peru fazendo rodas

No poleiro canta o galo

Tem forró a noite inteira

E corrida de cavalo

Para se fazer canjica

Se rala o milho no ralo.

 

Se ralo milho no ralo

Pra pamonha e canjica

Quando chove no telhado

Cai a goteira da bica

Vaqueiro conduz boiadas

Na lida se identifica

Pra quem quer viver feliz

Minha terra é boa dica.

 

 

 

Minha terra é boa dica

Tem coalhada e mungunzá

Melancia e cajarana

Tem pipoca e fubá

Jerimum e macaxeira

Cajarana e Cajá

Rapadura e mel de cana

Tamarindo e trapiá.

 

Tamarindo e trapiá

Tem goma de mandioca

Tem farinha, em beju

Tem papa e tapioca

Carne de bode assada

Tem buchada e paçoca

E brincadeiras de rodas

E rabequeiro que toca.

 

E rabequeiro que toca

Sanfoneiro e cantor

Tem missa lá na capela

E crente no Salvador

O clima é temperado

Também há frio e calor

Tem escola pra estudar

Lá o povo tem mais valor.

 

Lá o povo tem mais valor

Existe mais união

O povo se cumprimente

Assim pegando na mão

Tem quermesse tem novena

Lá se vive em comunhão

O melhor baião de dois

Melhor farofa e pirão.

 

Melhor farofa e pirão

Tem banho de cachoeira

Lá tem broca e cercados

E roço de capoeira

Trisca e jogo de bila

Olaria e carvoeira

Banho de açude e vizinhança

Moça bonita e faceira.

 

Moça bonita e faceira

Mulheres honestas sim

Mel de abelha e angu

Tem batida e alfenim

Lá tem tudo que é bom

Não tem nada de ruim

Assim é a minha terra

Voltar pra lá tou afim.

 

 

Francisco Erivaldo Pereira Alencar

quinta-feira, 21 de março de 2024

3.218 – ASAS PARA VOAR.

 

Autor: Erivaldo Alencar.

 

Letra: 18 03 2024.

 

 

Há quem me dera agora

Ter asas para voar

Eu voaria daqui

Direção ao meu lugar

Para matar a saudade

Que diz que vai me matar.

 

A saudade é de lascar

Que me faz doer o peito

Quero rever minha terra

Más pra isto não há jeito

Sem asas para voar

Meu sonho se faz desfeito.

 

Sem sono na cama deito

Tentando adormecer

O sono em mim não chega

Então tento esquecer

Esquecer eu não consigo

Lembrar só me faz sofrer.

 

Busco me fortalecer

Convivendo com a saudade

Cada vez mais enfraqueço

Ao lembrar a mocidade

Quando deixei meu sertão

Para viver na cidade.

 

Digo com sinceridade

Não esqueço um só momento

Da minha terra querida

A varredura do vento

Querer e não puder ir

Não há maior sofrimento.

 

Vivo aqui igual detento

Sofrendo barbaridade

Tão longe do meu lugar

Preso a vida da cidade

Só em sonhos tenho ido

Matar a minha saudade.

 

Sequer tenho liberdade

Pra visitar meu lugar

Só em sonhos sempre

Meu natural visitar

Sem asas para voar

O jeito é me conformar.

 

Francisco Erivaldo Pereira Alencar.

3.217 – EU SÓ QUERO UM AMOR.

 

Autor: Erivaldo Alencar.

 

Letra: 18 03 2024.

 

 

Eu só quero um amor

Que me dê muito carinho

Que cure a minha dor

E que não me deixe sozinho

 

Que esteja sempre ao meu lado

Para o que der e vier

Pra amar e ser amado

Enquanto vida tiver.

 

Eu só quero um amor

Que me dê felicidade

Que me dê o seu calor

Por toda eternidade.

 

Dê-me amor verdadeiro

Seja honesta e fiel

Amiga o tempo inteiro

Não seja amor de aluguel.

 

Eu só quero um amor

Para ser minha mulher

Que tenha brio e pudor

Do jeito que o homem quer.

 

Que me dê seu coração

Seja mulher conselheira

E em mim fiel paixão

Amorosa e companheira.

 

 

Francisco Erivaldo Pereira Alencar

3.216 - EU VEJO NO FIRMAMENTO.

 

Autor: Erivaldo Alencar.

 

Letra; 14 03 2024.

 

 

Aquela estrela que passa

Voando no firmamento

Sem rumo e sem direção

Sem parar um só momento

Brilhando a todo instante

Más sem um tripulante

Veleja a mercê do vento.

 

Aqui em meu aposento

Me disponho a contemplar

O espaço a seu redor

Eu fico a observar

As maravilhas de Deus

Que doou aos filhos seus

Sem pagamento cobrar.

 

Eu vejo a lua a vagar

Com esplendor e nobreza

Lá nos céus da minha terra

Com candura e pureza

Com seus raios cor de prata

Prateando a verde mata

Contemplando a natureza.

 

Com requintes de nobreza

O sol nascer no nascente

Com os seus raios dourados

Mostrando que é valente

Com quentura e calor

Andando a todo vapor

Para se pôr no poente.

 

Vejo uma estrela cadente

Em alta velocidade

Indo em direção a terra

Causando curiosidade

Eu lhe faço um pedido

Faz de mim seu protegido

Tudo quanto for maldade.

 

Vejo na desclaridade

Lá no alto aparecer

Majestosa Estrela Dalva

Tão bonita de se ver

Derramando simpatia

E nos dando a alegria

Ao espaço percorrer.

 

É lindo o anoitecer

Tudo é silencioso

As vezes a Mãe-da-lua

Com o seu grito pomposo

Quebra o silêncio da noite

O vento fazendo açoite

Faz me sentir orgulhoso.

 

Té parece tenebroso

Ao deparar ao cometa

Na cabeça uma estrela

Corpo igual uma caneta

Com sua cauda alongada

Totalmente iluminada

Como se heliocometa.

 

Firmo meus pés no planeta

E vejo no céus a brilhar

Imensidades de estrelas

Lá no alto a ofuscar

Ao dia desaparecem

A noite elas aparecem

Nos fazendo alegrar.

 

Tudo isto me faz sonhar

Nada vai pro esquecimento

Tudo isto e muito mais

Que vi naquele momento

Fico aqui a contemplar

Tudo que eu imaginar

Eu vejo no firmamento.

 

 

Francisco Erivaldo Pereira Alencar.

3.215 – O BRASIL FOI INVADIDO.

 

Autor: Erivaldo Alencar.

 

Letra: 13 03 2024

 

 

Eu amo a minha terra

De amá-la ninguém, me tira

Más há coisas absurdas

Que tem me causado ira

Do meu querido Brasil

Ser a terra da mentira.

 

Na sua história gira

Um fato sem fundamento

Uma escabrosa mentira

Sobre seu descobrimento

Ensinada nas escolas

Um fato sem cabimento.

 

Esse tal descobrimento

Do Brasil não existiu

Isto é coisa inventada

Que até hoje resistiu

Criadas por invasores

Mentira que persistiu.

 

Pois nada se descobriu

Que houve foi invasão

Aqui já morava gente

Em grande população

Os índios donos da terra

Caíram na escravidão.

 

Já existia uma nação

Muito bem organizada

Pelos Tupy-Guaranis

A terra era povoada

Que por brancos invasores

A terra foi dominada.

 

De Vera Cruz foi chamada

A nova terra invadida

Por se pensar em ser ilha

Más logo lhe concedida

O nome de Santa Cruz

A terra desconhecida.

 

Ainda desconhecida

Por Pedro Álvares Cabral

Que tomou posse da terra

Em nome de Portugal

Mentindo ter descoberto

Terras de forma causal.

 

De uma forma desleal

Portugal se apossou

Da terra que era dos índios

Dos seus bens se apoderou

Além de desabriga-los

Aos mesmos escravizou.

 

O que na história contou

Me deixa estarrecido

Aqui moravam os índios

Do mundo desconhecido

Brasil não foi descoberto

O Brasil foi invadido.

 

 

Francisco Erivaldo Pereira Alencar

3.214 – CHUVA PASSAGEIRA.

 

CHUVA PASSAGEIRA.

 

Autor: Erivaldo Alencar.

 

Letra: 12 03 2024.

 

Enquanto chove lá fora

Fico aqui dentro escrevendo

Logo a chuva vai embora

E pelo que estou vendo.

 

São só nuvens passageiras

Que jogam águas no chão

Que formando corredeiras

Molham o nosso torrão.

 

Não há vento nem trovão

Somente um barulhão

Da goteira na biqueira.

 

O sertanejo animado

Ver plantado seu roçado

Nesta chuva passageira

 

 

Francisco Erivaldo Pereira Alencar