terça-feira, 24 de abril de 2012

1.058 – FOGE AO MEU ALCANCE

Autor; Erivaldo Alencar.

Letra; 17 12 2009 e música; 02 01 2011.


Jamais eu quero ser o dono razão
Nem tão menos eu quero desfazer ninguém
Também não quero promover desunião
Mas apenas descobrir o que me convém
Segundo dizem sou feito do pó da terra
Nascido de pais pobre lá dum pé de serra.
Que nasci com meu destino já preparado
Que terei a vida toda para viver
Mas que tudo acabará no meu morrer
Pois o caminho a trilhar já foi traçado.

Pelo que vejo eu sou um trapo humano
Que terei vida efêmera no planeta
Obedecendo rigorosamente um plano
Predeterminado guardado em gaveta
Dotado de inteligência e saber
Com tempo determinado para viver
E sem direito de uma segunda chance
Vegeto uma vida sem oportunidade
Amargo na pobreza tanta necessidade
Enquanto a nobreza foge ao meu alcance.

Muitas vezes eu me declarei revoltado
Pelo estado de pobreza que eu passo
Não faz parte do meu eu sofrer conformado
Nem também aceitar da vida o descompasso
Declaro-me rebelde a este estado
E a maneira de como eu sou castigado
Minhas forças reduzidas a quase nada
O peso da idade já me faz sentir
E sem saber até quando vou resistir
Só desisto depois da vitória alcançada.

Tem pessoas sortudas até no nascer
Enquanto outras são malfadadas ao fracasso
O nó que fizeram contra ao meu viver
Tentei de todas as formas, mas não desfaço.
Vivo a vida inteira buscando a tal riqueza
Mas em toda vida só encontrei pobreza
Sinônimo de desgraça e de má sorte
Na vida só encontrei ladeiras pra subir
Superando cansaço eu tenho que ir
Buscar em minha defesa um santo forte.


Francisco Erivaldo Pereira Alencar.

Nenhum comentário:

Postar um comentário