domingo, 19 de novembro de 2017

2.267 - QUE ORGULHO POSSO TER.

Autor: Erivaldo Alencar.

Letra: 17 11 2017 e música:


Com o que eu faço na vida
Que orgulho posso ter
Eu trabalho o dia inteiro
Pra ganhar o que comer
Vendo picolé na rua
Quem quiser poderá ver.

Ninguém pode imaginar
O sofrimento da gente
Que empurra um carrinho
Na rua diariamente
Pra ganhar uma ninharia
Tendo que enfrentar sol quente.

A sorte tem sido ingrata
E não quer saber de mim
Nada que faço dar certo
Pra mim tem sido ruim
Deixo a pergunta no ar
Porque comigo é assim.

Sei que há gente por aí
Que quase sem se esforçar
Ganha bastante dinheiro
Sem a camisa suar
Ao contrário trabalho muito
Pra poder pouco ganhar.

A minha vida é boa
Não troco pela de ninguém
A condição financeira
É que não está nada bem
Por isto tenho passado
Coisas que a ninguém convém.

Dizem que eu sou artista
Que tenho capacidade
Que sou o maior poeta
Daqui da minha cidade
Me elogiam mas não
Me dão oportunidade.

Sei que não sou o maior
Também não sou o menor
Sei que não sou o melhor
Nem tão pouco o pior
Reconheço meu valor

Entre o maior e melhor.

Sou poeta cordelista
Pesquisador escritor
Tento fazer o melhor
Para mostrar meu valor
Mas não sou reconhecido
Na terra do lavador.

Que adianta ser poeta
Escrever com seriedade
Sem ninguém me dá a mão
Passo por necessidade
Vida que pareço ter
Não condiz com a verdade;

Sou um pobre infeliz
Por dia melhor espero
Mas esse dia não chega
O descaso não tolero
A vida que estou vivendo
Não é a vida que quero.

Com a idade avançada
Me encontro aposentado
Mas o que ganho é pouco
Estou muito endividado
Não posso pagar o que devo
Que devo tá atrasado.

Eu gosto de trabalhar
Para ganhar um bocado
Mas estou perdendo as forças
Pois me encontro adoentado.
Um acervo de doenças
Que tenho colecionado.

Eu quero fazer as coisas
Mas não consigo fazer
Quero ajudar mas não posso
Pois preciso receber
Viver a favor dos outros
Que orgulho posso ter.


Francisco Erivaldo Pereira Alencar.

quinta-feira, 16 de novembro de 2017

2.266 - QUARENTA E DOIS ANOS DE SUA PARTIDA.

Autor: Erivaldo Alencar.

Letra; 15 11 2017 e música:


Fazem quarenta e dois anos
Mamãe que você partiu
Naquele quinze de novembro
Outra estrada seguiu
Foi morar no paraíso
E desta vida desistiu.

Inda lembro como hoje
Quando tu agonizavas
Naquela manhã tão triste
As suas mãos acenavas
Pedindo perdão a todos
E a todos tu perdoavas.

Você partiu muito nova
Quarenta e cinco de idade
Chamada por Jesus Cristo
Pra morar na eternidade
Partiu levando lembranças
Para os seus deixando saudade.

Estás na eternidade
Junto ao pai celestial
Recompensa conquistada
Em vida material
Deixou o mundo dos vivos
Pra o mundo espiritual.

Se pudéssemos agora
Iríamos te encontrar
Por todo tempo de ausência
Temos muito o que falar
Mas como não é possível
Temos que nos conformar.

Tempo da tua ausência
Quase o tempo da tua vida
Inda sentimos a falta
De você mamãe querida
Celebramos quarenta e dois
Anos da sua partida.



Francisco Erivaldo Pereira Alencar.

segunda-feira, 6 de novembro de 2017

2.265 - NOS OITO PÉS DE QUADRÃO II.

Autor: Erivaldo Alencar.

Letra: 04 11 2017 e música:


Eu amo a minha terra
Meu querido pé de serra
Que no meu peito encerra
As belezas do sertão.
Eu conheço aquele chão
Onde nasci me criei
Lindos campos que passei
Nos oito pés de quadrão.

A terra que tanto amei
Sem motivos a deixei
Enoutro lugar busquei
Resolver a situação.
Porém tudo foi em vão
Nada pra mim melhorou
Talvez até piorou
Nos oito pés de quadrão.

O mundo me ensinou
A vida me educou
O Criador me obrigou
A me tornar cidadão.
Confesso de antemão
Com muita sabedoria
Hoje faço poesia
Nos oito pés de quadrão.

Deus fez com soberania
O mundo e deu garantia
Descansou no sétimo dia
Pra ver sua criação
Nos deu de graça então
Pra nele poder morar
Tomar conta e preservar
Nos oito pés de quadrão.

Precisamos respeitar
A natureza e amar
Fauna e flora preservar
Acabar poluição
Evitar a erosão
Que está destruindo a terra
Esquecer de fazer guerra
Nos oito pés de quadrão.



Francisco Erivaldo Pereira Alencar.

2.264 - TODOS PODEM PERCEBER.

Autor: Erivaldo Alencar.

Letra: 04 11 2017 e música:


Todos podem perceber
Que eu gosto de viver
E muito quero fazer
Para ser feliz na vida
Eu jamais desistirei
Com muita fé buscarei
Pois só assim vencerei
Esta estrada tão comprida.

Não importa a dificuldade
Lutarei com dignidade
Pra fazer minha vontade
Naquilo que sei fazer
Bem sei que não sou profeta
Levo uma vida discreta
Na profissão de poeta
Meu trabalho é escrever.

Sei que não sou o maior
Também não sou o menor
Tento fazer o melhor
Para agradar a quem ler
Eu faço verso rimado
Cubado metrificado
E sempre tendo o cuidado
Para não comprometer.

Eu amo a natureza
A verdade e a franqueza
Mas o diabo da pobreza
Tenta me atrapalhar
Eu gosto muito de ler
O que vejo escrever
Pois o meu maior prazer
É poder poetizar.

Sou poeta escritor
Cordelista trovador
Palestrante locutor
Escrever é meu lazer
Nascido lá no sertão
Uso minha inspiração
Pra versar do coração
Todos podem perceber.



Francisco Erivaldo Pereira Alencar.

sexta-feira, 3 de novembro de 2017

2.263 - SESSENTA E NOVE DE VIDA.

SESSENTA E NOVE DE VIDA.

Autor; Erivaldo Alencar.

Letra:  01 11 2017 e música:


Hoje é meu aniversário
Ao Deus Pai eu agradeço
Por todo tempo vivido
Sabendo que não mereço
Sessenta e nove de vida
É bastante eu reconheço.

De lutas e desafios
São sessenta e nove anos
Sempre buscando o melhor
Fazendo projetos e planos
Tentando de todas formas
Jamais cometer enganos.

Sempre busquei trabalhar
Com responsabilidade
Reconhecer meus limites
E fazer minha vontade
Afastar-me da mentira
Sempre buscando a verdade.

Pra se viver tanto assim
É preciso ser artista
Nos momentos mais difíceis
Eu me mantive otimista
A preservação da vida
É minha maior conquista.

Já fiz muito pela vida
E o que faço é com prazer
Por mais que eu tenha feito
Há muito mais por fazer
Pra fazer tudo que quero
Cedo não posso morrer.

Peço a Deus que me abençoe
Pois a estrada é tão comprida
A minha missão em vida
Ainda não foi cumprida
Pra cumprir preciso mais
Sessenta e nove de vida.



Francisco Erivaldo Pereira Alencar.