quinta-feira, 24 de agosto de 2017

2.239 - RESPEITANDO A HUMANIDADE.

Autor: Erivaldo Alencar.

Letra: 22 08 2017 e música:


Faço o possível na vida
Rechiado de afazer
Atento ao meu dever
Nunca em ninguém fiz ferida
Como eu aprendi a ler
Importante é saber
Ser apenas o que sou
Confio em quem confiou
Onde feliz hei de ser.

Eu sou filho de pai pobre
Riqueza eu não conheço
Importante é ter apreço
Vivendo com quem é nobre
Acho que é pouca sorte
Levar a vida sofrendo
Duro é viver não tendo
Onde receber a morte.

Pesquiso mas não estudo
Escola eu não freqüentei
Revolta-me que passei
Escrevo um pouco de tudo
Importa-me o dom que tenho
Respondo com desempenho
Ao mal eu não me iludo

Amarga é a realidade
Levo o tempo a sofrer
Espero a vida viver
Nada fora da verdade
Com Jesus nosso senhor
Amando e plantando amor
Respeitando a humanidade.



Francisco Erivaldo Pereira Alencar.

domingo, 20 de agosto de 2017

2.238 - LISO.

Autor: Erivaldo Alencar.

Letra: 20 08 2017 e Música:


Vou empurrando o carrinho
Para picolé vender
Estou na rua sozinho
Por isso ninguém me ver.

Vou gritando rua afora
Olhe o picolé passando
Com o carrinho vou embora
Pois ninguém tá me escutando.

Eu trabalho o dia inteiro
Pra ganhar algum dinheiro
Pra comprar o que preciso.

Sem ninguém pra me comprar
E sem dinheiro ganhar
Eu vou continuar liso.



Francisco Erivaldo Pereira Alencar.

2.237 - CHUVA PRA MOLHAR A TERRA.


Letra: 19 08 2017 e música:


O vento está muito forte
E o sol muito quente
E o céu límpido ao norte
Poucas nuvens no nascente.

O calor abrasador
Falta água na torneira
Mas somente o Criador
Acabará com a poeira.

Ó Jesus suplico a voz
Tem piedade de nós
Nossa fé em Ti se encerra.

Não dar mais pra aguentar
Vos rogo urgente pra mandar
Chuva pra molhar a terra.



Francisco Erivaldo Pereira Alencar.

quarta-feira, 16 de agosto de 2017

2.236 - O NASCER DO NOVO DIA.

Autor: Erivaldo Alencar.

Letra: 16 08 2017 E MÚSICA:


Eu olhei para o nascente
E avistei um vermelhão
Eram os raios solares
Dispersos na amplidão
Anunciando que o sol
Vem clarear o sertão.

Vai embora a escuridão
Com a vinda do novo dia
Carrancudo nasce o sol
Raios dourado irradia
Do alto do firmamento
Planeta terra alumia.

No meu peito a alegria
Faz pulsar meu coração
Sinto uma força externa
Arrebatar-me do chão
Meu espírito aventureiro
Vagueia na imensidão.

Repleto de emoção
Eu faço esta poesia
Por Jesus me conceder
Dignificante alegria
Levantar cedo pra ver
O nascer do novo dia.



Francisco Erivaldo Pereira Alencar.

terça-feira, 8 de agosto de 2017

2.235 - FAZER O QUE DESEJO.

Autor: Erivaldo Alencar.

Letra: 08 08 2017 e música:


A pobreza me impede
De fazer o que desejo
Sem apoio financeiro
Bom futuro eu não vejo
Com esperança meus versos
No mundo incerto despejo.

Busco incessantemente
Ter uma vida melhor
São tantos os sacrifícios
O desafio é maior
Quanto mais busco a melhora
O mundo fica pior.

Meus sonhos em abundância
Muito tem me atormentado
Projetos mirabolantes
Eu tenho apresentado
Mas por falta de incentivo
Um a um é engavetado.

Não estou culpando ninguém
O culpado aqui sou eu
Não devo culpar a sorte
Porque sorte Deus me deu
Eu não sob aproveitar
Que a sorte me ofereceu.

Muitas vezes me revolto
Por me achar incapaz
Não fazer o que desejo
Muita tristeza me traz
Em ver meus sonhos perdidos
Hoje não tenho mais paz.

Eu tenho muitos projetos
Pra realizar pelejo
Mas querer não é poder
É desta forma que vejo
Pois a pobreza me impede
De fazer o que desejo.



Francisco Erivaldo Pereira Alencar.

domingo, 6 de agosto de 2017

2.234 – GEMEDEIRA.

Autor: Erivaldo Alencar.

Letra: 06 08 2017 e música:


Geme o padre na igreja
Pela falta do dinheiro
Numa crise como esta
Geme o pobre brasileiro
Também geme o tatu
Ai, ai, ui, ui
Encima do dum formigueiro.

Geme o povo nordestino
Quando não chove na terra
Também geme o soldado
Quando tem que ir pra guerra
A juriti também geme
Ai, ai, ui, ui
Cantando encima da serra.

O trabalhador da roça
Geme no cabo da enxada
O jogador de sinuca
Quando perde uma parada
Gemo o jovem apaixonado
Ai, ai, ui, ui
Ao perder a namorada.

Geme a mulher casada
Quando perde seu marido
Geme o agricultor
Vendo o roçado perdido
Também geme a criancinha
Ai, ai, ui, ui
Sentindo dor de ouvido.

Também geme o cantador
Quando canta sem dinheiro
Geme o vaqueiro no mato
Quando perde o mandingueiro
Geme o galo carijó
Ai, ai ui, ui
Quando cai do seu poleiro.



Francisco Erivaldo Pereira Alencar.

2.233 - NOS DEZ DE QUEIXO CAÍDO II.

Autor: Erivaldo Alencar.

Letra: 04 -8 2017 e música;


Eu nasci no Comboeiro
Distrito de São Paulinho
Terra que tenho carinho
Neste torrão brasileiro
Eu sou o filho primeiro
De um cantador destemido
Julio Aires pai querido
Político de Acopiara
Terra de beleza rara
Nos dez de queixo caído.

Eu me criei no sertão
Morando numa choupana
Coberta com gitirana
Nas margens do estradão
Comendo feijão com pão
Fui garoto destemido
Pelas meninas querido
Criado com muito amor
Fui jovem namorador
Nos dez de queixo caído.

Com cinco anos de idade
Na roça fui trabalhar
Para meus pais ajudar
Criar minha irmandade
Muito longe da cidade
Num lugar bem escondido
Pelos meus pais protegido
Com amor fui educado
E por Deus abençoado
Nos dez de queixo caído.

Inda guardo na lembrança
Do que gozei no passado
Quando lidava com gado
No meu tempo de criança
O povo da vizinhança
Era muito divertido
No alpendre reunido
Contava história e anedotas
Ouvindo aboios e lorotas
Nos dez de queixo caído.

Eu deixei o meu sertão
Pra morar neste lugar
Até choro por lembrar
Da desbulha do feijão
A cata do algodão

Jamais sai do meu sentido
Tenho sofrido devido
Por não poder ir pra lá
Eu vou fiando por cá
Nos dez de queixo caído.


Francisco Erivaldo Pereira Alencar.

2.232 - MOURÃO VOCÊ CAI.

Autor: Erivaldo Alencar.

Letra: 04 08 2017 e música:

O Brasil está fervendo
Por causa da roubalheira
Lá vai uma, dois e três
Sei que não é brincadeira
O que o povo está dizendo
Lá vai quatro, cinco e seis
O povo está querendo
Derrubar o presidente
Cuidado que você cai
Caio deitado na cama
Ele com a tromba na lama
Se for por dez pés lá vai.

Quero que alguém me diga
Onde há político honesto
Lá vai uma, dois e três
A coisa que mais detesto
Política e dor de barriga
Lá vá quatro, cinco e seis
Tem me causado intriga
Como que o dinheiro sai
Cuidado que você cai
Caio buscando o dinheiro
Roubado do brasileiro
Se for por dez pés lá vai.

Muitos roubam o dinheiro
Mas poucos vão pra prisão
Lá vai uma, dois e três
É tão pouca a punição
Do larápio brasileiro
Lá vai quatro, cinco e seis
Guardam lá no estrangeiro
A grana que subtrai
Cuidado que você cai
Eu caio comendo aveia
O presidente na peia
Se for por dez pés lá val.

Os ladrões o mensalão
Aonde foram parar
La vai uma, dois e três
Foram o dinheiro gastar
Na Suíça e no Japão
Lá vai quatro, cinco e seis
Os que foram pro Gabão
De medo de lá não sai
Cuidado que você cai
Caio lá no estrangeiro
Trazendo nosso dinheiro

Se for por dez pés lá vai.

Os ladrõ4s da Petrobras
Que explicação nos dão
Lá vai uma, dois e três
Que só meteram a mão
Naquilo que foi capaz
Lá vai quatro, cinco e seis
O roubo já vem de trás
Roubado o povo distrai
Cuidado que você cai
Caio tomando sorvete
Ele levando cacete
Se for por dez pés lá vai.

Nosso Brasil não merece
Ser roubado tanto assim
Lá vai uma, dois e três
Com um governo ruim
É o povo quem padece
Lá vai quatro, cinco e seis
Com tempo o povo esquece
E o mal político não sai
Cuidado que você cai
Eu caio por ser roubado
O Presidente derrubado
Se for por dez pés lá vai.



Francisco Erivaldo Pereira Alencar.

2.231 - A VIDA DE SERTANEJO.

Autor: Erivaldo Alencar.

Letra: 04 08 2017 e música:

A vida de sertanejo
Não é fácil de viver
Vive em condições precárias
E trabalha pra morrer
Se alimenta muito mal
Ai, ai, ui, ui
Sem ter direito ao lazer.

Mora em uma choupana
Socada dentro do mato
Sem ter conforto algum
Sua vida é um barato
Sem remédio , sem doutor.
Ai, ai, ui, ui
Ainda sofre maus trato.

Trabalha duro na roça
Pra fazer o que comer
Depois do almoço leva
Os bichos para beber
Nas horas quentes do dia
Ai, ai, ui, ui
Sem tempo nem pra gemer.

À tardinha pega os bichos
E os leva para o curral
Também separa os bezerros
Pondo em outro quintal
Tenta descansar a noite
Ai, ai. Ui. Ui
Em uma cama de pau.

Quando um filho adoece
Aí vem a dificuldade
No lombo de um cavalo
É levado pra cidade
Que depois de medicado
Ai, ai, ui, ui
Retorna a localidade.

Ele vive de esperança
De em sua vida vencer
Trabalha e economiza
Se privando de comer
A vida de sertanejo
Ai, ai, ui, ui
Não é fácil de viver.



Francisco Erivaldo Pereira Alencar.

terça-feira, 1 de agosto de 2017

2.230 - SOU ASSIM NÃO VOU MUDAR.

Autor: Erivaldo Alencar.

Letra: 01 08 2017 e música:  


Se alguém não gosta de mim
Pra eu não faz diferença
Se não gosta do que faço
Não quero saber o que pensa
Tenho muito que fazer
Jamais quero desavença.

Só tenho pena daqueles
Que querem ser tão perfeitos
Bisbilhotam minha vida
Invadindo meus direitos
Incriminam minhas falhas
Mas não vêem seus defeitos.

Diga-me quem neste mundo
Não comete erro algum
É puro só faz o certo
Não tem defeitos nenhum
Que lhe é dado o direito
Bisbilhotar qualquer um.

Responda-me quem na terra
Em vida nunca pecou
Nunca fez um mal negócio
E a ninguém nunca enganou
Nunca disse uma mentira
Só a verdade falou.

Que tenho muitos defeitos
Eu sou reconhecedor
Uma coisa tenho certeza
No peito carrego amor
Tenho o coração aberto
Educação e pudor.

Busco fazer amizade
Respeitar é meu dever
Quando posso ajudar
Faço com muito prazer
Quando não posso jamais
Eu farei alguém sofrer.

Pra aqueles que me criticam
Um apelo ponho no ar
Viva lá como quiser
Deixe de me criticar
Cada um é o que quer
Sou assim não vou mudar.



Francisco Erivaldo Pereira Alencar.

2.229 - SEM DERRUBAR NINGUÉM.

Autor: Erivaldo Alencar.

Letra: 01 08 2017 e música:


Tem alguém incomodado
Com meu modo de viver
Não tou nem preocupado
Este é meu modo de ser.

Não falo mal de ninguém
Mas alguém fala de mim
Só o que me convém
Não importa que ache ruim.

Bem sei que não sou perfeito
Mas tento fazer direito
Sem prejudicar alguém.

Tudo que quero é viver
Busco habilmente crescer
Mas sem derrubar ninguém.



Francisco Erivaldo Pereira Alencar.