quinta-feira, 29 de novembro de 2018

2.377 - DO BEM FIEL PRATICANTE.


Autor: Erivaldo Alencar.

Letra: 25 11 2018 e música:


Acordado tenho sonho
Dormindo sonho também
Nos meus sonhos me proponho
Somente fazer o bem.

Sonho ter vida melhor
Na paz e na felicidade
Crescer e ser o maior
No amor na humildade.

Proteger os animais
Preservar os vegetais
Respeitar meu semelhante.

Combater a violência
Com consciência e paciência
Do bem fiel praticante.


Francisco Erivaldo Pereira Alencar

2.376 - FAZER O QUE A GENTE QUER.


FAZER O QUE A GENTE QUER.

Autor: Erivaldo Alencar.

Letra: 25 11 2018 e música:


Tenho um pouco de inteligência
Mas sei que não sou perfeito
Com um pouco de paciência
Eu tento fazer direito.

A perfeição não existe
Que existe é o possível
Sábio e o persiste
Mesmo sendo impossível.

Gosto muito do faço
No verso desembaraço
O embaraço que houver.

Sei que não sou o maior
Mas não9 há coisa melhor
Fazer o que a gente quer.


Francisco Erivaldo Pereira Alencar.

2.375 – DOIS CORPOS EM UM SÓ CORAÇÃO.


Autor: Erivaldo Alencar.

Letra: 25 11 2018 e música:


Se me amasse como diz
Não faria ingratidão
Jamais me humilharia
Era meu teu coração
Eu o seu único amor
Seu bem e sua paixão.

O mundo era só nosso
Não haveria problema
Nós seríamos felizes
Amar seria nosso lema
E sem  desentendimentos
Tínhamos amor por tema.

Se me amasse como diz
Nós não íamos brigar
Teríamos paz infinita
E concórdia em nosso lar
Com Deus Pai em nossas vidas
Para nos abençoar.

Se me amasse como diz
Não haveria conflito
Não havia discordância
Nosso lar era bendito
E o amor entre nós dois
Era fraterno e infinito.

Se me amasse como diz
Não havia desunião
Tudo seria mais fácil
Sem risco de separação
Duas vidas em uma vida
Dois corpos em só coração


Francisco Erivaldo Pereira Alencar.

2.374 - TER QUE IR SEM LEVAR MEU BEM QUERER.


Autor: Erivaldo Alencar.


Letra: 25 11 2018 e música:


Não sei o que fazer com a mulher em casa
Tudo que faço pra ela está errado
Esta mulher na minha vida me atrasa
Sua conduta me deixa preocupado.

Vive nervosa e briga sem ver de que
Não suporto mais sua auto-arrogância
Me difama me maltrata e me faz vê
Que não há cura Pra sua ignorância.

Todos os dias ela manda que eu vá embora
Pega meus trapos vai jogando porta afora
Aos berros diz Que nunca mais quer me ver

Meio confuso dou adeus vou embora
Atormentado o meu coração chora
Por ter que ir sem levar meu bem querer.


Francisco Erivaldo Pereira Alencar.

2.373 - FOI PRA OUTRO ALGUÉM QUE NÃO LHE QUER.


Autor: Erivaldo Alencar.

Letra: 25 11 2018 e música:


Jamais se pode imaginar neste mundo
A tristeza que carrego no meu peito
O sofrimento dolorido e profundo
Mortifica o coração de qualquer sujeito.

Não é suportável nem pra quem não tem alma
Quanto mais pra um frágil elemento humano
Não há no mundo sujeito que tenha calma
Diante do desprezo, hostil e profano.

Aquele alguém que falava que me amava
Que artisticamente até chorava
Era o diabo em figura de mulher.

Confiei cegamente e me entreguei
De corpo e alma pra mulher que tanto amei
 Mas ela foi pra outro que não lhe quer.


Francisco Erivaldo Pereira Alencar.

sexta-feira, 23 de novembro de 2018

2.372 - PRA PODER GANHAR O PÃO.


Autor: Erivaldo Alencar.

Letra: 17 11 2018 e música:


O que que farei agora
Se nada eu sei fazer
Andando de rua afora
Mal posso me locomover.

Com o chapéu na cabeça
Uma caneta na mão
Antes que desapareça
Uso minha inspiração.

Ora rindo ora gemendo
Picolé eu vou vendendo
Pra ganhar algum tostão.

Sol quente vou enfrentar
Sou obrigado trabalhar
Pra poder ganhar o pão.


Francisco Erivaldo Pereira Alencar.

domingo, 18 de novembro de 2018

2.371 - NESTE QUARTO DE HOSPITAL.


Autor: Erivaldo Alencar.

Letra: 14 11 2018 e música:


Neste Quarto de Hospital
Há um mundo diferente
Cumpro meu dever legal
Acompanhando um paciente.

Ao dia é uma prisão
Passo a noite sem dormir
Faço minha obrigação
Pois não devo me omitir.

Alguém precisa de mim
Embora sendo ruim
Jamais serei desigual

Neste cadeira doente
Sofro mais que o paciente
Neste quarto de hospital.


Francisco Erivaldo Pereira Alencar.

2.370 - SEM VOCÊ ESTÁ PERDIDO.


Autor: Erivaldo Alencar.

Letra: 14 11 2018 e música.


Adeus mulher bagunceira
Que já é chegado a hora
Cansei de tuas besteira
Para sempre vou embora.

Eu ao sair desta casa
Meus chinelos vou bater
Com meu peito ardendo em brasa
Pra sempre vou te esquecer.

Foi bom enquanto durou
Já que tudo se acabou
Insistir não faz sentido.

Que seja muito feliz
Que o pobre deste infeliz
Sem você está perdido.


Francisco Erivaldo Pereira Alencar.

2.369 - EU MORRO MAS NÃO ME CALO.


Autor: Erivaldo Alencar.

Letra: 14 11 2018 e música:


Que achem bom ou ruim
Pra eu não faz diferença
Temos livre arbitre
Pra agir como se pensa.

Eu não engulo calado
Não engasgo e nem entalo
Não discuto estando errado
Tendo razão não me calo.

Dizem quem cala consente
Eu jamais me calarei
Vou a luta, desafio,
Ao erro enfrentarei.

Busco meus objetivos
Sozinho sou batalhão
Na causa de interesse
Em grupo eu sou legião.

Os que confiaram em mim
Jamais se acharão sozinhos
Os que me desafiaram
Terão pedras em seus caminhos.

Sou inimigo da mentira
Mas amigo da verdade
Sou prudente nas ações
Tenho amor a lealdade.

Sou justo na recompensa
Do dever sou cumpridor
Crente em Jesus o Cristo
E temente ao Criador.

Sou firme nas decisões
Não engulo não entalo
Pode vir quente ou gelado
Eu morro, mas não me calo.


Francisco Erivaldo Pereira Alencar

2.368 - NÃO SOU O QUE QUERO SER.


Autor: Erivaldo Alencar.

Letra: 14 11 2018 e música:


Eu vejo o tempo correr
A minha idade aumentando
Sem nada poder fazer
Vou pela vida passando.

Busco ser alguém na vida
Mas inda não consegui
Tem sido luta perdida
Mas inda não desisti.

Deus me deu o dom poético
Como se fosse patético
O desafio é vencer.

O meu desabafo dou
Mesmo eu sendo quem sou
Não sou o que quero Ser.


Francisco Erivaldo Pereira Alencar.

2.367 - NUNCA MAIS DE VOCÊ QUERO SABER.


Autor: Erivaldo Alencar.

Letra: 14 11 2018 e música:


Não quero ouvir mais conversas
Nem saber de confusão
Tudo que eu quero agora
É ter paz no coração.

Eu vou buscar noutro amor
A paz pro meu coração
Vou Esquecer do passado
E desta louca ilusão.

Dissestes que me amava
Um amor de mentirinha
Entreguei-me de corpo e alma
A mulher que não é minha

Fez de mim sua vontade
Meu peito delacerou
Fingindo amor sincero
Com tempo me abandonou.

O tempo se encarregou
De dar seu merecimento
De tanto pastar na vida
Veio o arrependimento.

Agora tu me procuras
Se dizendo arrependida
Quer nova oportunidade
Pra curar sua ferida.

Não é preciso chorar
O erro foi todo seu
Não pensou no sofrimento
Que causaria pra eu.

Agora é muito tarde
Pra você se arrepender
Lhe perdoou mas nunca mais
De você quero saber.


Francisco Erivaldo Pereira Alencar.

2.366 - TENHO PENA E NADA MAIS.



Autor: Erivaldo Alencar.

Letra: 14 11 2018  e música:


Nem um louco desvairado
Pode aguentar você
Sabes muito bem porque
Você mulher tá demais.
Quando você abre a boca
É só pra falar besteira
Desta vida de asneira
Eu não aguento jamais.

Você diz pra todo mundo
É você quem me sustenta
Que sou furada na venta
Vagabundo sem futuro
Mas você tá enganada
Eu não o que você diz
Eu sou um cara infeliz
Mas tenho coração puro.

Não é preciso mandar
Hoje mesmo vou embora
Eu preciso dar o fora
E duma vez te esquecer
Mas logo que eu partir
Vai sentir falta de mim
Vou deixar de ser ruim
E não vai querer me perder.

Você diz abertamente
Que não gosta mais de mim
Nosso amor chegou ao fim
Que não há mais solução.
Vai me expulsar de casa
Me chutar de porta a fora
E sem nada ir embora
Tapando o sol com a mão.

Ao contrário do que diz
Tu que és a causadora
Imbecil destruidora
Da nossa felicidade
Com a tua ignorância
Botou tudo a perder
Faz em nosso lar nascer
A nossa infelicidade.

Vou pegar a minha mala
E vou sair por aí
Não voltarei mais aqui
Não quero te ver jamais
Desejo ser mui feliz
Já que eu não posso ser
Não te odeio pode crer
Tenho pena e nada mais


Francisco Erivaldo Pereira Alencar.

sábado, 17 de novembro de 2018

2.365 - POLUINDO O INFINITO.


Autor: Erivaldo Alencar.

Letra: 13 11 2018 e música:


Eu olhei para o nascente
Vi intenso fumaceiro
Diante dum sol ardente
Nos céus faz nevoeiro.

É uma broca queimando
Mata que foi derrubada
Natureza se arrasando
Terra sendo degradada.

Gente bebendo cachaça
O fogo a tudo devassa
Homem achando bonito.

Muitos animais morrendo
A natureza gemendo
Poluindo o infinito.


Francisco Erivaldo Pereira Alencar.

sexta-feira, 16 de novembro de 2018

2.364 - ME FEZ CANSAR DE VOCÊ.


Autor: Erivaldo Alencar.

Letra: 13 11 2018 e música:


Todos os dias a mesmas coisas
Você não tem jeito não
Tu és incompreensiva
E mal é teu coração.

Você briga a toda hora
Não dar mais pra suportar
A solução encontrada
A gente se separar.

Diz que vivo as suas custas
Expulsa-me toda hora
Se eu tivesse vergonha
Já teria ido embora.

Com você não dar mais certo
Darei pra outra meu carinho
Vou seguir por outra estrada
Você por outro caminho.

Nosso castelo de amor
Com o tempo desmoronou
Nosso romance de amor
Pra sempre se acabou.

Nós vivemos em conflitos
Não há mais felicidade
Nosso lar virou inferno
Um mar de infelicidade.

Não precisa me expulsar
A casa é sua vou embora
Sem mágoa sem despedida
Sem adeus vou indo agora.

Minha ida não tem volta
Sabes muito bem porque
O seu autoritarismo
Me fez cansar de você.


Francisco Erivaldo Pereira Alencar.

2.363 - FAÇO AO MUNDO CONHECER.


Autor: Erivaldo Alencar.

Letra: 13 11 2018 e música:

Amigos não estou aqui
Para desafiar ninguém
Estou para fazer versos
Para quem vai e quem vem
O meu único desejo
Tentar agradar alguém.

Não sei brigar com ninguém
Só sei fazer poesia
Faço como sei fazer
Com amor e garantia
Compromissado com Deus
Sem usar pornografia.

Eu uso a noite e o dia
Para fazer o que quero
Não discrimino ninguém
Desaforo não tolero
Da mesma forma que faço
Dos outros também espero.

Minhas palavras reitero
Sou apenas o que sou
Não sou melhor que os outros
Deste dom Deus me dotou
Com a graça do Deus pai
Sei que muito longe vou.

Deus no mundo me botou
Com o dom que Ele me deu
Sou feliz por ser poeta
Ele a mim prometeu
Não ser maior que ninguém
Nem ninguém maior que eu.

Poesia Deus me deu
E eu vou aproveitar
Pra escrever poesias
Sem a ninguém difamar
Usando meu próprio cérebro
Sem de outros plagiar.

Tenho o prazer de mostrar
Aquilo que sei fazer
Eu sou muito agradecido
E jamais vou me esconder
As poesias que eu faço
Faço ao mundo conhecer.


Francisco Erivaldo Pereira Alencar.

2.362 - QUAL FUTURO QUE TEREI.


Autor: Erivaldo Alencar.

Letra: 13 11 2018 e música:


Eu nasci antes da hora
Da hora de eu nascer
Sem tempo pra ter tempo
Do tempo para crescer
Cresci no tempo do tempo
Sem tempo de perceber.

O mundo já era mundo
Quando no mundo nasci
Deixei meu mundo no mundo
Outro mundo descobri
Busquei o mundo no mundo
Mas do mundo esqueci.

Busquei a hora na hora
Para ter hora pra tudo
Sem ter a hora da hora
É nesta hora que estudo
Sem hora perdi a hora
Pra na hora ficar mudo.

Vejo a hora no tempo
Sem tempo não tenho hora
Hora que perdi outrora
Estou buscando embora
Hora perdida não volta
Nem posso voltar na hora.

No tempo vim do passado
Para o tempo presente
Sou presente não passado
Não voltarei novamente
No tempo vou pro futuro
Que deve ser diferente.

Se sou passado ou presente
Sinceramente não sei
Se vou pro futuro ou não
Sei que muitas voltas dei
Passado já foi presente
Qual futuro que terei.


Francisco Erivaldo Pereira Alencar.

2.361 - TÃO CEDO NÃO VOU MORRER.


Autor: erivaldo Alencar.

Letra: 13 11 2018 e música:


Onde está minha saúde
Que sem razão foi embora
Sinto muita a sua falta
Onde encontrá-la agora
Eu não sei viver sem ela
Peço voltar sem demora.

O que tou passando agora
Não tenho como explicar
Dói aqui e dói ali
Dói m todo lugar
Mas não encontro remédio
Pra todas doenças curar.

Estou pra não suportar
Mas eu tenho que ser forte
Querendo ou não querendo
Tenho que contar com a sorte
Topo qualquer desafio
Para me livrar da morte.

Sou o sobejo da morte
Mas jamais vou me render
Eu resisto até o fim
Não vou me deixar vencer
Sou de tradição heróica
Tão cedo não vou morrer.

Sei que tenho que sofrer
Embora contra a vontade
Os anos correm no tempo
Aumentando minha idade
Com a chegada da velhice
Dou adeus a mocidade.

Digo com sinceridade
Acredite quem viver
Coleciono doenças
Quie muito me faz sofrer
Sou um soldado da vida
Aos males eu vou vencer.

Jesus vai me proteger
A vencer todas doenças
Eu declaro guerra a todas
Com as forças das minhas crenças
Lutando com unhas e dentes
Acabo com as desavenças.



Vou enfrentar as doenças
Elas não vão me vencer
Eu vou chegar aos duzentos
Tenho muito o que fazer
Atropelado  ou não
Tão cedo não vou morrer.


Francisco Erivaldo Pereira Alencar.

2.360 - VOA VOA SABIÁ II.


Autor: Erivaldo Alencar.

Letra: 13 11 2018 e música:

Voa voa sabiá
Do galho da laranjeira
Que pedra da baladeira
Vem zoando pelo ar.

Tem cuidado sabiá
Com o menino caçador
Que ele não lhe tem amor
Tá querendo te pegar
Se não voares ligeiro
Vai cair na esparrela
Ser cozido na panela
Fazer de ti seu jantar.

Voa voa sabiá
Do galho da laranjeira
Que pedra da baladeira
Vem zoando pelo ar.

Ali vem chagando um cara
Metido a valentão
Conduzindo um azarpão
Para poder te pegar
Em suas mãos ele traz
Pedras numa baladeira
Na cintura uma peixeira
Pra poder te estraçalhar.

Voa voa sabiá
Do galho da laranjeira
Que pedra da baladeira
Vem zoando pelo ar.

Voa voa sabiá
Vai logo se esconder
Se não for irá morrer
Fuja pra ouro lugar
O caçador assassino
Já está com água na boca
Com uma vontade louca
Pra seu corpinho tragar.

Voa voa sabiá
Do galho da laranjeira
Que pedra da baladeira
Vem zoando pelo ar.


Por favor ó sabiá
Precisa agir com pressa
O que menos te interessa
É na panela parar
Queira me ouvir irmão
Conselho do teu amigo
Estás correndo pereigo
Fuja para se salvar.

Voa voa sabiá
Do galho da laranjeira
Que pedra da baladeira
Vem zoando pelo ar.

Tu se cuidas sabiá
Seja esperto e ligeiro
Pra não ser prisioneiro
Pra longe tem que voar
Procure outro lugar
Onde não corro perigo
Para que o inimigo
Não consiga te encontrar.

Voa voa sabiá
Do galho da laranjeira
Que pedra da baladeira
Vem zoando pelo ar.



Francisco Erivaldo Pereira Alencar

2.359 - QUANTA SAUDADE QUE TENHO.


Autor: Erivaldo Alencar.

Letra: 13 11 2018 e letra:

Quanta Saudade que tenho
Do meu querido sertão
Do tempo quando criança
Do meu amado rincão
Da minha vida pacata
Inda não esqueci não.

Quanta saudade que tenho
Das noites enluaradas
Da amanhecência do dia
Das serenas madrugadas
Do som das chuvas nas telhas
Do romper das alvoradas.

Quanta saudade que tenho
Do gado e da criação
Do aboio do vaqueiro
Nas quebradas do sertão
Dos currais e dos chiqueiros
E da poeira do chão.

Quanta saudade que tenho
Das histórias do caipora
Da coalhada com farinha
Leite mugido na hora
Da garapa e mel da cana
Do carão que canta e chora.

Quanta saudade que tenho
Da chuva fina molhadeira
Do trovão e do relâmpago
Do tiritar da biqueira
Da correnteza do rio
Do ronco da cachoeira.

Quanta saudade que tenho
Das caçadas de enxu
Do ferrão do enxuí
Boca-torta e capuxu
Do dueto das cauãs
Da mandinga do nhambu.

Quanta saudade que tenho
Do gorjear do xexéu
Galo cantar no poleiro
Das nuvens brancas do ceu
Das festas de São Gonçalo
E do grito do tetéu

Quanta saudade que tenho
Dos banhos de cachoeiras
Das festas de São João
E do pular de fogueiras
Dos compadres e das comadres
Do roço das capoeiras.


Quanta saudade que tenho
Da casa aonde nasci
Do meu pai da minha mãe
Da casa onde cresci
E de todos meus parentes
E pessoas que conheci.

Quanta saudade que tenho
Da nossa propriedade
Do meu Pé de Cajarana
Que tem a minha idade
Do meu velho pé de serra
Onde gozei a mocidade.

Quanta saudade que tenho
Do meu velho Comboeiro
E do meu cavalo branco
Do meu cachorro trigueiro
Das corridas de cavalos
E do touro mandingueiro.

Quanta saudade que tenho
Do cantar da juriti
Do canário e seriema
Beija flor e bem-te-vi
Das festas de cantoria
De todo povo dali.

Quanta saudade que tenho
Da colheita do algodão
Da canjica e da pamonha
Das debulhas do feijão
Do milho assado e cozinho
Dos forrós e do pirão.

Quanta saudade que tenho
Do cantar do rouxinol
Pescarias de tarrafas
Landoá e de anzol
Do luzeiro lá no céu
E do esconder do sol.

Quanta saudade que tenho
Dos folguedos e serenata
Brisa fria e redemoinho
E da lua cor de prata
E da relva orvalhada
Do campo e da verde mata.

Quanta saudade que tenho
Da meninice e mocidade
Dos contadores de estórias
Da minha grande amizade
Do passado glorioso
Guardo no peito a saudade.


Francisco Erivaldo Pereira Alencar.