domingo, 23 de agosto de 2015

1.860 - TEM DE MIM COMPAIXÃO.

Autor: Erivaldo Alencar.

Letra: 23 08 2015 e música:


Passei aqui meu amor
Só pra lhe dar boa tarde
Por favor, não faça alarde.
Eu só quero teu perdão
Eu fui grosseiro contigo
Sei que errei reconheço
O seu perdão não mereço
Mas tem de mim compaixão.

Pra mim você sempre disse
Amava-me profundamente
Que por mim era doente
Não viveria sem eu
Eu era tudo pra ti
Era meu teu coração
A verdadeira paixão
No seu coração nasceu.

Em nome deste amor
Estou diante de ti
Querida eu vim aqui
Pra nosso amor resgatar
Para ter você de volta
Faço tudo que quiser
Você é única mulher
Que me fez de amor chorar.

Sem teus carinhos não vivo
Me alimento com teus beijos
Só a ti tenho desejos
Pois outra mulher não quero
Dê-me uma nova chance
Amor não seja cruel
Perdoe a este infiel
Dê-me o perdão que espero.

Quer que eu peça de joelhos
Farei isto com prazer
Pois sou capaz de morrer
Para ter teu coração
Fui covarde com você
Mas hoje é eu que padeço
Dá o castigo que mereço
Mas tem de mim compaixão.


Francisco Erivaldo Pereira Alencar.

sábado, 22 de agosto de 2015

1.859 - NÃO TENHO MAIS TEMPO

Autor: erivaldo Alencar.

Letra: 22 08 2015 e música:

Fica só me prometendo
Que em breve há de voltar
Já cansei de te esperar
Tanta demora não entendo
Diga-me se já tem outro
Desconfio que seja doutro
Que está querendo bem
O amor é coisa rara
Não tenho mais tempo para
Esperar por quem não vem.

Todos os dias te ligo
Quero a resposta ter
Quando vem ou vai dizer
Não quer mais nada comigo
O que estar aprontando
Pra estar se desculpando
Não me engane meu bem
Quero uma resposta clara
Não tenho mais tempo para
Esperar por quem não vem.

No dia em que viajou
Disse-me que era um passeio
Um ano já passou do meio
Você inda não voltou
Que passeio demorado
Eu estou preocupado
Que o que faz não me convém
Digo-lhe de cara a cara
Não mais tempo para
Esperar por quem não vem.

Seja sincera comigo
Caso não me queira mais
Não me engane jamais
Seja honesta consigo
Jamais vou te condenar
Posso até te perdoar
Pois te amo e quero bem
Seja objetiva e clara
Não tenho mais tempo para
Esperar por quem não vem.

Por favor, me diga logo.
Tou cansado de esperar
Se tu não vais mais voltar
Quero a verdade lhe rogo
Mau nenhum vou te fazer
Vou fingir te esquecer
Curando noutro alguém
Esta ferida que não sara
Não tenho mais tempo para
Esperar por quem não vem.

Francisco Erivaldo Pereira Alencar.

sexta-feira, 21 de agosto de 2015

1.858 - SER FELIZ É NOSSO DESTINO.

Autor: Erivaldo Alencar.

Letra: 21 08 2015 e música:


O meu amor é tão grande
Que nem eu mesmo admito
No coração não há quem mande
Quando o amor é infinito.

Pois o meu amor por ela
Não aceita qualquer limite
Os carinhos que vem dela
De outro Deus não permite.

Meu pranto que derramou
O nosso amor consagrou
Diante do altar divino.

Não nos poderão deter
Anjos dos céus vão dizer4
Ser feliz é nosso destino.


Francisco Erivaldo Pereira Alencar.

1.857 - SOU FELIZ POR SER POETA.

Autor: Erivaldo Alencar.

Letra: 21 08 2015 e música:

Nasci no interior
Tive muito que aprender
No sítio aprendi a ler
Meu pai foi meu professor
Morei em uma palhoça
Trabalhei muito na roça
E trilhei por linha reta
Cresci ouvindo cantoria
E digo com alegria
Sou feliz por ser poeta.

O meu pai foi cantador
Viajou pelo sertão
E seguindo a tradição
Sou poeta escritor
Tiro versos da cachola
Mesmo sem tocar viola
Poesia me completa
É fértil minha memória
Versando a Deus dou glória
Sou feliz por ser poeta.

Com quase cinquenta anos
Fiz a primeira poesia
Pois um forte dom sentia
Me fez alterar meus planos
Comecei versos fazer
E meus poemas escrever
Para cumprir minha meta
Deus me deu inspiração
Pra dizer em oração
Sou feliz por ser poeta.

Versando falo de amor
Sentimento e falsidade
Desejo e felicidade
De alegria e de dor
De amargura e tristeza
Sofrimento e de pobreza
Da vida que se vegeta
De Deus pai, rei e soberano
Para dizer sem engano
Sou feliz por ser poeta.

Do homem e da mulher
Do adulto e da criança
Do mel e da esperança
E da paz pra quem quiser
Do governo e do poder
Da burrice e do saber
Cientista e profeta
E desabafo dizendo
Falando ou escrevendo
Sou feliz por ser poeta.

Com a caneta na mão
Eu escrevo poesias
Gracejos e profecias
Faço solicitação
Elogio e reclamo
Condeno, odeio e amo
Sou sábio, doutor, pateta.
Viro o mundo pelo avesso
Como moleque travesso
Sou feliz por ser poeta.

Cantando ou sem cantar
Escrevendo ou sem escrever
Dizendo ou sem dizer
Não vão poder me calar
Pois eu tenho voz altiva
A minha mensagem viva
Aos corações desinfeta
Com o dom de mensageiro
Digo pro Brasil inteiro
Sou feliz por ser poeta.

Escrevo tudo que quero
Sem precisar de ajuda
Com poeta não se iluda
Porque estou sendo sincero
Eu gosto de escrever
E de pesquisar e ler
Pois não sou nenhum pateta
No verso busco valor
Por escrever com amor
Sou feliz por ser poeta.

Tenho admiração
Por pessoa inteligente
Na profissão do repente
Tenho boa conotação
Os meus versos são singelos
Mas são bem feitos e belos
E quem os ler se completa
Só me resta agradecer
E para todos dizer
Sou feliz por ser poeta.


Francisco Erivaldo Pereira Alencar.

quinta-feira, 20 de agosto de 2015

1.856 - MARIETA E GALVÃO.

Autor: Erivaldo Alencar.

Letra: 20 08 2015 e música:


Peço licença a todos
Pra fazer a narração
Do Criador quero bênção
De Jesus inspiração
Para contar o romance
De Marieta e Galvão.

Os nomes são fantasias
Mas o caso é verdadeiro
Que aconteceu no passado
Com um grande fazendeiro
Causou grande comoção
Lá pras banda do Outeiro.

Lá na Fazenda Outeiro
Moravam Chico e Santana
O Chico era vaqueiro
Daquela gente bacana
Trabalhava o dia todo
Todos dias da semana.

Santana era cozinheira
Também não tinha descanso
Levava a vida de pobre
E assim tocava o remanso
A distância acompanhava
Do mundo o seu avanço.

O Casal tinha três filhos
Raquel, Celso e Galvão
O Galvão era o mais Velho
Um filho de estimação
Cedo aprendeu trabalhar
Cresceu com disposição..

Com oito anos de idade
Perdeu o seu pai querido
Foi ajudar sua mãe
Como homem destemido
Apesar de ser criança
Era bem desenvolvido.

Ele trabalhou na roça
Para ganhar o sustento
De sua mãe e seus irmãos
Ela não tinha aposento
Foi o herói da família
Naquele triste momento.

O Galvão cresceu na roça
Sem que pudesse estudar
Aprendeu o suficiente
Para sua vida tocar
E ainda muito jovem
Foi pra cidade morar.

Quando chegou à cidade
O emprego que arranjou
Trabalhar de engraxate
Depois noutro se empregou
Foi vender doce na rua
E até fome passou.

Para uma padaria
Pães e bolachas foi vender
A profissão de padeiro
Não tardou em aprender
Com a nova profissão
Bons lucros passou a ter.

Depois dos irmãos criados
Sua genitora morreu
Embora estando solteiro
Ele não esmoreceu
Deixou de ser empregado
E se estabeleceu.

Arranjou uma namorada
Com pouco tempo casou
Ele foi pai de quatro filhos
Que com muito amor criou
Com os lucros da padaria
Uma fazenda comprou.

Sua esposa se chamava
De Maria Guilhermina
Os filhos: Aureliano
E Ana Maria Cristina
Pedro Jorge e Tereza
Ela bonita menina.

De fazenda, carro e gado,
Passou ser proprietário
A padaria cresceu
E agora como empresário
Homem da sociedade
De prédios era donatário.

Ele formou todos filhos
Engenheiro, advogado.
Médico ortopedista
Cirurgião afamado
Apesar de autodidata
Ele era preparado.

Vamos deixar o Galvão
Pra entrar noutro planeta
Falar duma moça pobre
Que se criou na sarjeta
Uma jovem sonhadora
Chamada de Marieta.

Ela filha de pais pobres
Muito cedo abandonada
Ela não teve infância
Por estranhos foi criada
Dona de beleza rara
De inteligência dotada.

De um caso amoroso
Dois filhos ela concebeu
Pra criar os dois sozinha
A Marieta temeu
Ela buscou em Galvão
Homem pra marido seu.

Certo dia numa festa
Ela conheceu Galvão
Embora ele casado
Aceitou seu coração
E naquela mesma noite
Selaram a união.

Marieta era astuta
Trabalhadora ambiciosa
Forjou todos argumentos
Pra sair vitoriosa
E Galvão caiu de cheio
Em sua preposição.

Ela disse pra Galvão
Tenho planos pro futuro
Eu mereço o melhor
Do que este mundo escuro
É casado, mas não pode,
Ficar encima do muro.

Quero montar uma indústria
Pra brinquedos fabricar
Você vai dar o dinheiro
Para as máquinas eu comprar
Também preciso do prédio
Pra poder me instalar.

Galvão disse faço tudo
Da forma como quiser
Pagarei mensalidade
Por quanto tempo puder
Eu só não quero perder
Os seus carinhos mulher.

Galvão deu o dinheiro
E as máquinas ela comprou
Também comprou um bom prédio
A indústria instalou
Comprou a casa e um carro
E também mobiliou.

Com o dinheiro do Galvão
A indústria progrediu
Sentindo-se realizada
A indústria expandiu
Com jeito de traidora
Seu futuro garantiu.

Muitos anos se passaram
Sem conhecer a verdade
Cego de amor Galvão vive
Na falsa felicidade
Sem imaginar que ela
Fazia-lhe falsidade.

Eles não moravam juntos
Mas tinham vida bacana
Eles só se encontravam
Pelos finais de semana
E ela com ouros homens
Tinha uma vida mundana.

Depois de um certo tempo
O Galvão desconfiou
Que estava sendo traído
E pra ela indagou
Diga-me se outro homem
O meu lugar ocupou.

Ela disse é verdade
Eu me encontro com outro
Eu não quero mais você
Pois meu amor já é doutro
Pra ti não existo mais
Meu coração está noutro

Galvão sacou um revólver
E pelo ódio tomado
Disparou por cinco vezes
Vendo seu corpo estirado
Vagabunda traidora
Agora estou vingado.

Este crime abalou
Toda a sociedade
Galvão fugiu do flagrante
Pra outra localidade
Marieta foi sem vida
Morar na eternidade.

Francisco Erivaldo Pereira Alencar.

quarta-feira, 19 de agosto de 2015

1.855 - É MUITO BOM SER POETA

Autor: Erivaldo Alencar.

Letra; 19 06 2015 e música:


É muito bom ser poeta
É gostoso poetizar
Fazer versos me completa
Sou feliz por versejar.

Se eu não fosse quem sou
Talvez já fosse passado
Deus este dom me doou
Nisso estou realizado.

Quem sabe na posteridade
Eu tenha a felicidade
De alguém me presentear.

Meus trabalhos conhecer
Chegar pra mim e dizer
Cara eu vou te ajudar.


Francisco Erivaldo Pereira Alencar.

1.854 - FOLGUEDOS, LENDAS E FOLCLORE.

Autor: Erivaldo Alencar.

Letra: 19 08 2015 e música:

Tenho a bênção de Deus
Inspiração de Jesus
Pra escrever em cordel
A Trindade me conduz
Folguedos, lendas e folclore
A descrever me dispus.

Acopiara é rica
Em eventos culturais
Pois o folclore e as lendas
A enriquece bem mais
Terra de povo humilde
Defensor dos ideais.

Tem fogueira de São Pedro
Santo Antonio e São João
Tem festa a noite inteira
No terreiro e no salão
O povo dança quadrilha
Ao redor do fogueirão.

O São João no sertão
É muito mais animado
Tem compadre e tem comadre
Padrinho e afilhado
Tem canjica tem pamonha
Milho cozido e assado.

Também tem primo e prima
Tem casamento e noivado
Tem balão tem trac e bomba
Jerimum na brasa assado
Chuvinha e rabo de saia
Deixa o povo animado.

Anda-se de pés descalços
Por cima do braseirão
Na folia também se pega
Brasa acesa com a mão
Eufórica moçada pula
Por cima do fogueirão

 No Olho D’água do Chão
Tem um pé de oitizeiro
Uma árvore milenar
Próximo a um despenhadeiro
Árvore misteriosa
Perto da Pedra do Letreiro.

O oitizeiro que falo
Planta espetacular
Ela não é muito alta
A mais grossa do lugar
São preciso sete homens
Pra poder lhe abraçar.

Nele há assombrações
Se ouve falar e cantar
Ouve toque de sanfona
E se ver galho quebrar
No dia seguinte está
Tudo no devido lugar.

A festa do maneiro-pau
Que antigamente havia
Era uma festa bonita
Com cassetetes e cantoria
Formando uma grande roda
Cantavam com alegria.

Dançando e requebrando
Com cassetetes de pau
E batendo um no outro
Dando batida igual
Cantando bonitas trovas
Lindo cerimonial.

A festa de São Gonçalo
Também era tradição
Hoje é menos freqüente
Mas inda há no sertão
É uma dança bonita
Ao santo com devoção.

Forma-se duas fileiras
E o santo em um altar
Um tocador um pandeirista
E duas moças pra acompanhar
Cruzando em forma de oito
Diante do santo a dançar.

Lá nas serras que circundam
O Olho D’água do Chão
Tem um enorme lajedo
E bem no seu centro então
Tem a pedra com letreiro
E a forma de uma mão.

Várias pessoas já foram
Visitar o oitizeiro
E muitos também já foram
Ver a Pedra do Letreiro
Duas belezas turísticas
Pertos da Serra Comboeiro.

E as festas de caretas
Que era muito praticada
Folguedo tradicional
Que no sertão é brincada
Anda um pouco esquecida
Bastante modificada.

Formam-se um grande grupo
De pessoas encaretadas
Usam vestimentas próprias
Coloridas esfarrapadas
Saiam pelas estradas
Com fanfarra e palhaçadas.

Passavam dias inteiros
Objetos coletando
Armados de chiqueirador
Uns aos outros açoitando
As coisas que eles colhiam
Numa roça iam botando.

Fazia o Judas de panos
E o enforcavam num madeiro
Com pedras e armas de fogo
Extinguiam o traiçoeiro
E o forró tomava contas
Do salão e do terreiro

Com o roçado montado
Caretas iam pastorar
Ladrões sem camisa iam
Os objetos roubar
Os caretas açoitavam
Para não deixar levar.

As brincadeiras de rodas
Eram comuns no passado
Formavam-se grandes rodas
Mãos dadas e lado a lado
Homens, mulheres e crianças
Nada era ignorado.

Brincava-se de ciranda
Alegres todos cantando
Alguém ficava no centro
Em volta todos dançando
E os de fora ficavam
Com palmas ovacionando.

Cantando se davam ordens
Pra ser cumprida na hora
Pra quem estava no círculo
Obedecendo sem demora
Cantava um verso bonito
Dava adeus e ia embora.

Da serra Cachoeirinha
Pra Serra do Comboeiro
Há um boqueirão, lajedo
Riacho e despenhadeiro
Entre as serras ocorre
Um gigantesco luzeiro.

E a lenda da Caipora
No sertão é conhecida
Se alguém fosse caçar
E não lhe levasse comida
Ou fumo papel e fogo
A caçada era perdida.

No terreiro se reunia
Para de anel brincar
Com as mãos fechadas o anel
Pra nas mãos de alguém deixar
Quem adivinhasse onde estava
Quem ia o anel passar.

Na brincadeira do trisco
Se guarda na manja, então.
Se corre pra não ser pego
Pra sair diz palavrão
Ó mourão, mourão quem me
Pegar é filho do cão.

Cantadores de viola
Todo o sertão percorria
A pé, montado, com sono.
Carro e moto não havia
Nas horas quentes do dia
Pra noite fazer cantoria.

Também tinha os comboieiros
Indo e vindo pela estrada
Transportando alimentos
Numa difícil jornada
Às vezes com fome e sede
Em viagem demorada.

Era costume também
Quando nascia um bebê
Soltavam-se vários fogos
Para o povo saber
Tinha cachaça alemã
Para a gestante beber.

O contador de histórias
Vocês precisam conhecer
Mui outras coisas fantástica
É necessário saber
Folguedos, lendas e folclore.
Há muito que escrever

Francisco Erivaldo Pereira Alencar