domingo, 29 de abril de 2012

1.102 – EU VOU AGORA

Autor; Erivaldo Alencar.

Letra; 29 01 2010 e música; 31 01 2010.


Faz muito tempo que deixei a minha terra
Pra em outra terra buscar felicidade
Eu larguei tudo, com a cara e a coragem,
Vim procurar trabalho na grande cidade.

Chegando aqui tudo pareceu difícil
Não desanimei fui a luta consegui
Um bom emprego, muito dinheiro ganhei.
Depois de muitos anos na vida venci.

Por muito tempo passei por dificuldades
Muitos desafios eu tive que vencer
Nada foi fácil pra chegar onde cheguei
As minhas agruras nunca vou esquecer.

Saía cedo pra não chegar atrasado
Fazendo extra voltava fora de hora
Dormia pouco e pouco me alimentava
E economizei sem nada jogar fora.

O pouco que sobrava da despesa mensal
Por segurança eu investi na poupança
Objetivando um futuro promissor
Em minha vida nunca perdi a esperança.

Os meus amigos me chamavam de pão duro
Porque eu sempre fugia das brincadeiras
Jamais pensei de ser miserável na vida
Só não gastava com futilidade e besteiras.

Com o suor derramado do meu rosto
Honestamente um patrimônio formei
Sem inveja e sem perseguir meu concorrente
Num empresário bem sucedido me tornei.

Anos após anos muitos anos se passaram
Sem eu jamais a minha terra visitar
Mas a saudade nunca saiu do meu peito
Eu preciso logo a minha terra voltar.

Por todos estes anos de trabalho eu fui
Agraciado por uma aposentadoria
Tenho uma família e uma mesa farta
Boa saúde e Deus em minha companhia.

É chegado o momento de rever minha terra
Berço querido lugar onde eu nasci
Terra tão distante, muitas lembranças me dão.
 Do meu lugar querido eu nunca esqueci.

Os meus pais tão velhinhos inda estão por lá
Meus irmãos e parentes não me conhecem mais
Os meus amigos muitos deles já se foram
Tão diferentes não os reconheço jamais.

As pessoas idosas que por lá eu deixei
Não os encontrarei, pois no céu foram morar.
Talvez os jovens e as crianças de lá
Bem ou mal de mim jamais ouviram falar.

Eu recordo o açude de águas cristalinas
A casa velha deve está tão diferente
Os currais, os chiqueiros e os verdes campos.
E o sol ardente queimando a pele da gente.

Eu vou agora e quando lá eu chegar
Eu vou abraçar forte aos meus queridos pais
Tenho pressa, vou agora tenho que ir.
Rever a terra que foi dos meus ancestrais.


Francisco Erivaldo Pereira Alencar.

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