Autor; Erivaldo Alencar.
Letra; 30 08 2008 e música; 23 10 2009.
Como é gostoso puder
Se levantar de madrugada
Olhar pro céu e ver a lua
Majestosa e prateada
Esbanjando sua candura
E ser por todos contemplada.
É bom sentir a brisa fria
A minha alma refrescar
Sentir mexer os meus cabelos
O meu corpo massagear
O bom frescor de um ar puro
Felizmente saborear
Ver muitas estrelas brilhar
Lá no alto do firmamento
Os meteoritos correndo
No espaço cortando vento
Diante de tantas belezas
E eu de tudo bem atento
Na calada da madrugada
O silêncio quem predomina
Toda a cidade adormece
Enquanto no meu peito mina
A recordação do passado
Ao meu coração assassina.
É gostoso ir pro curral Todos os dias manhã cedo
E arrear a bezerrama
Sem preguiça e sem ter medo
E tirar o leite das vacas
Isto pra Mim não tem segredo.
Há como é gotoso tomar
O leite mugido na hora
Soltar um aboio bem alto Se ouvir o eco na flora
Acordar toda vizinhança
Bem cedo no romper da aurora
Como é bom ver todos os dias
Manhã cedo o sol nascer
Clarear de um novo dia
Esplendor do alvorecer
Ver o céu ao quebrar da barra Novo dia o amanhecer
Acordar todas às manhãs
Galo cantando no poleiro
Os porcos escramuçando
E fuçando lá no terreiro
E as ovelhas e as cabras
Saem correndo do chiqueiro
É muito gostoso sair
No orvalho pela campina
Passeando sobre a relva
Ouvindo pássaro que trina
Escondidos sobre as árvores
Sob o sol que ilumina.
Não existe coisa melhor
Se tomar banho na chuva fina
Em baixo de uma biqueira
De graça sem pagar propina
Sem camisa de pé no chão
Numa torrencial neblina
As águas correr no riacho
Ouvir o som na cachoeira
A neve cobrindo a serra
Montes formando cordilheira
Em um cavalo marchador
Cavalgando na capoeira
Armar a rede no alpendre
Ou botar no chão a esteira
Sentar em um banco de pau
Num tamborete ou cadeira
E dormir sossegadamente
Em uma espreguiçadeira.
Em nenhuma parte do mundo
Poderá haver melhor vida
Que se viver lá no sertão
Junto com a mulher querida
Bem longe da poluição
Na terra santa prometida
Lá a vida não tem pressa
Lá há paz e felicidade
O amor estar sobre tudo
Lá no sertão não há maldade.
Paraíso no mundo vivo
Longe da marginalidade.
--------------------------------------------------------
Francisco Erivaldo Pereira Alencar.
Nenhum comentário:
Postar um comentário