Autor; Erivaldo Alencar.
Letra e música; 10 07 2005.
Eu sou matuto pé rachado
Não tenho vergonha de ser
Matuto com muito orgulho
Como matuto hei de viver
O matuto também é gente
Serei matuto até morrer.
Sou do mato, mas não sou bicho.
Eu sou filho da natureza
Pele queimada pelo sol
Vivo a vida com nobreza
Não quero tua fidalguia
Prefiro minha matuteza.
Se meu andar é diferente
Diferente meu linguajar
Se digo palavras erradas
Porque não pude estudar
Conheço a vida no campo
Sem escola pra me formar.
As minhas mãos são calejadas
Por conta do trabalho pesado
Meu escritório é a roça
O sol o ar condicionado
Minha caneta é a foice
A enxada e o machado.
Cuido da terra com carinho
Cerco, faço a plantação.
Faço capina dou o trato
Dela colho a produção
Depois de beneficiado
Vai pra nossa alimentação.
Mas se não fosse o matuto
Para na roça trabalhar
Tomar conta da criação
Produzir e transportar
Como vocês da cidade
Iriam se alimentar.
O matuto é cidadão
Que merece todo respeito
É cumpridor dos seus deveres
Forte bravio e de preceito
Desbravador herói do campo
Que luta pelo seu direito.
Francisco Erivaldo Pereira Alencar.
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