quarta-feira, 21 de março de 2012

747 – O COELHO E O CÁGADO

Autor; Erivaldo Alencar.

Letra; 30 07 2007 e música; 09 04 2009.


Vou contar neste poema
Uma história de Trancoso
O coelho e o cágado
Num momento tenebroso
Quero que vocês descubram
Qual dos dois o mais teimoso.

Certo dia na floresta
Uma festa aconteceu
Todas espécies de bichos
Na festa apareceu
Vejam em que enrascada
O coelho se meteu

Quando foi lá pelas tantas
Eles dois se encontraram
Os dois teimosos ali
Uma teima começaram
O coelho e o cágado
Por bem pouco não brigaram.

O coelho disse cágado
Vamos andar por aí
A festa ta muito boa
Precisamos divertir
Ou será que você vai
Ficar sozinho aqui.

Disse ele vamos lá
Quero muito divertir
Pois com toda bicharada
Quero a festa curtir
Voltear com o amigo
Mui feliz vou me sentir.

Como amigos de bem
Os dois foram voltear
O coelho sempre à frente
Cágado sem acompanhar
O coelho irritou-se
E se, pois a reclamar.

Olha cágado molenga
Ver se anda mais depressa
Com toda essa vagareza
Parece pagar promessa
O cágado respondeu
Sou assim e não começa.

O coelho disse cágado
Eu sou grande contendor
O mundo é dos mais fortes
Eu sempre sou vencedor
Sou mais veloz que você
Um exímio corredor.

O cágado respondeu
Ta enganado comigo
Ando lento porque quero
Não temo nenhum perigo
Eu sou mais inteligente
Tudo qu’eu quero consigo

O coelho de risada
Ora bolas camarada
Com este casco nas costas
E com as patas curvadas
Com a preguiça que tem
Não consegue correr nada.

O cágado disse cara
Eu sei que de mim não gosta
Tu se achas tão veloz
Contigo corro de costa
Caso tiver alguma dúvida
Vamos fazer uma aposta.

O coelho retrucou
Iremos fazer agora
Para correr com um cágado
Eu correrei sem demora
Aposto quanto quiser
Marque o lugar e a hora.

O cágado disse pra ele
Eu não vou jogar barato
Apostemos o que temos
Assinaremos contrato
Você vai pela estrada
E eu corro pelo mato.

O coelho concordou
E a data foi marcada
Sem nenhuma discursão
À hora determinada
Como ponto de partida
E o local de chegada.

O cágado disse vou
Preparar-me pra corrida
O coelho também disse
Vou fazer minha partida
Mas antes tomamos juntos
Uma gostosa bebida.

O cágado foi falar                                                                                                                                                                                                          Com os seus irmãos de raça
Apostei com o coelho
Uma corrida sem graça
Mas para eu ganhar dele
Eu farei qualquer trapaça.

Convidou cinco amigos
Pra poder lhe ajudar
Pois cada um de vocês
Vai ficar em um lugar
Somos-nos todos iguais.
Não nos vai identificar.

Em cada curva da estrada
Um de vocês vai ficar
Um ficará na largada
Te a prova começar
Eu ficarei na chegada                                                                                                                                                                             Para corrida ganhar

O primeiro pula no mato
Pra corrida começar
Os outro fiquem atentos
Pra quando ele gritar
O da frente lhe responde
Tou aqui e vou ganhar.

Pois dali saíram os dois
Cada um pra seu lugar
Sem que o coelho visse
Nem sequer desconfiar
A trapaça foi armada
É esperar pra ganhar.

Coelho saiu da festa
Confiante na vitória
Eu vou ganhar do otário
Consagrar a minha glória
Logo irei inscrever
O meu nome na história.

Finalmente é chegado
O grande dia da largada
O cágado foi pro mato
O coelho pelo estrada
O cágado lentamente
O coelho em disparada.

Antes da primeira curva
O coelho gritou descente
Cadê você camarada
Que não ta aqui presente
O cágado respondeu
Estou aqui bem na frente.

O coelho disse puxa
Eleja passou de Mim
Vou tirar a diferença
Daquele bicho ruim
Aumentou a velocidade
Eu vou passar dele sim.

Vindo a segunda curva
Outra vez ele gritou
Cadê você camarada
Para trás você ficou?
O cágado disse não
Na sua frente estou.

Diz o coelho zangado
Que está acontecendo
Eu nunca o vi correr
O quanto está correndo
O que que ele tramou
Para eu está perdendo.

Chegou à terceira curva
Ele já desesperado
Cadê você casco duro
Não o vejo do meu lado
Cágado gritou na frente
Bastante adiantado.

Arre égua disse ele
Será que eu vou perder?
Não posso perder pra ele
Eu tenho eu inverter
E para ganhar aposta
Eu tenho mais que correr.

O coelho disse é
Minha última cartada
O cágado saiu do mato
E se postou na estrada
Ultrapassando primeiro
A tal linha de chegada.

Quando o coelho chegou
Viu o cágado ali
Disse zangado pra Ele
Você já está aí?
O cágado respondeu
A tempo que tou aqui.

O cágado foi herói
Da corrida o vencedor
Nem sempre o forte ganha
Coelho foi perdedor
No grande jogo da vida
Somente um é vencedor.


Francisco Erivaldo Pereira Alencar,

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