Autor; Erivaldo Alencar.
Letra; 15 10 2007 e música; 02 05 2009.
É muito difícil moço
Viver aqui no sertão
Olhar pro campo e ver
A esta situação
A pastagem ressecada
Sem nenhuma solução.
O gado emagrecido
De fome cambaleando
Não há nem sinal de chuva
Até água ta faltando
Os potes estão vazios
Açudes racha secos rachando.
Também não tenho dinheiro
Pra poder comprar ração
Além do preço ser alto
É grande a exploração
Ainda roubam no peso
Não há consideração.
Se Deus não se compadecer
Não sei que será da gente
O calor ta muito forte
O sol está muito quente
Não é fácil suportar
Este verão inclemente.
Há muito tempo não chove
Pra o açude encher
A água ta muito longe
Sem transportes pra trazer
Só a duas léguas tem
Água pra gente beber.
No sertão é muito bom
Pra gente poder morar
A gente planta e colhe
Pode um bichinho criar
A vida aqui é boa
Mas deste jeito não dar.
Precisa que o governo
Olhar mais pra o sertão
Como o povo da cidade Somos também cidadão
Povo de mãos calejadas
Filhos da nossa nação.
Sabemos que não a culpados
Pela seca assoladora
Que castiga o Nordeste
Destruindo a lavoura
Mas pode nos oferecer
Uma vida mais promissora.
O sertanejo carece
Duma assistência melhor
Amamos a nossa pátria
Do pequeno ao maior.
Sentir-se abandonado
Não há coisa pior.
Francisco Erivaldo Pereira Alencar.
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