Autor; Erivaldo Alencar.
Letra; 06 08 2007 e música; 06 04 2009.
Quem não fica estressado
De tanta fila pegar
É fila pra todo lado
Não há como escapar
Tudo que se vai fazer
Tem que se submeter
A este constrangimento
A fila nos aborrece
O humano não merece
Passar por este tormento.
Quem que nunca a pegou
Há bem pouca exceção
Quem que nunca reclamou
De tão má situação
Só quem pega é quem sente
O quanto sofre a gente
Ao passar esta indecência
No frio, chuva e calor.
De um sol abrasador
Haja muita paciência.
Pra todo lugar que vamos
Fila temos que pegar
Até quando nós andamos
Rápido ou devagar
Há fila pra se nascer
Na biblioteca ler
Pra entrar no necrotério
Pra dele se retirar Até pra se enterrar.
Ou visitar cemitério.
Pra entrar no escritório
Pra um transporte tomar
Até mesmo no cartório
Pra documentos tirar
Faz fila pra se casar
Desquitar, divorciar.
Pra se comprar e vender
Para fazer pagamento
Até pra recebimento
E pra beber e comer.
Há fila pra se ganhar
Entrar e sair da igreja
Defecar e urinar
No fórum que peleja
Té pra se aposentar
Quando se vai receitar
E pra se fazer visita
Em hospital se internar
Na escola estudar
Se pega esta maldita.
Pra se fazer inscrição
Concurso e vestibular
Para usar o orelhão
Em casas de shows entrar
Nos eventos esportivos
Encontros educativos
Pro diploma receber
Até pra banhos de sol
Pro campo de futebol
A fila tem que pegar.
Até para concursar
Pra pedir informação
Até para trabalhar
Para se bater cartão
Quando se vai batizar
No salão se barbear
Receber a comunhão
Falar com advogado
Para ser interrogado
Acompanhar procissão.
Quando se vai confessar
Botar carta no correio
No desfile militar
E na hora do recreio
No transito que maldade
Na estrada, na cidade.
Em eventos culturais
Faz-se fila pra suborno
Ela só nos traz transtorno
Pra suportar não dar mais.
Há muita reclamação
Pra com a fila acabar
Mas nenhuma solução
Foi possível encontrar
Deixa-nos de mau humor
Seja para que fim for
É muito desagradável
Não se poder ser omisso
Temos que combater isso
Tornando-a mais sociável.
Francisco Erivaldo Pereira Alencar.
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