Autor. Erivaldo Alencar.
Letra; O4 08 2007 e música; 07 04 2009.
Vou falar neste poema
Dum bicho muito ligeiro
Dum bicho chamado gato
Animal muito veleiro
Domesticável e dócil
Outras vezes encrenqueiro.
Estou falando do gato
Bicho de estimação
Que quando está raivoso
Pra ele não há perdão
Bota as unhas de fora
E já dar um azunhão.
Há muitas espécies de gatos
Espalhadas por aí
Muitos são domesticados
Vivem entre nos aqui
Outros são gatos selvagens
Vistos aqui e ali.
O gato e muito rápido
Pula pra todos os lados
Pula pra frente e pra trás
No pulo é aprovado
É um especialista
No pulo é respeitado.
Também vou descrever sobre
Outro animal felino
O bicho chamado onça
Bicho feroz assassino
É totalmente carnívoro
Caçar é o seu destino.
Segundo diz a história.
Eles dois sãos despeitados
Eles só vivem brigando
Depois ficam intrigados
Pois sempre que se encontram
Eles terminam brigados.
Camarada é a forma
Como se tratam no mato
Ele sempre pretendeu
Comer camarada gato
Ela vivia sonhando
Fazer dele um bom prato.
De todas maneiras ela
Tentava ele pegar
O gato muito astuto
Conseguia se salvar
Depois zombando da onça
Começava a miar.
Certa vez ela propôs
Um acordo com o Gato
Você é inteligente
Façamos aqui um trato
Depois do acordo feito
Assinaremos contrato.
O gato disse ta certo
Diz-me o que você quer
Faça a sua proposta
E se a mim convier
Sinceramente garanto
Fazer tudo que quiser.
A onça disse ta ótimo
A proposta vou fazer
Pagar-te-ei muito bem
Não vai se arrepender
É sobre um assunto
Que preciso aprender.
O gato disse, diz logo.
Estou ficando nervoso
Com este teu lengalenga.
Tou ficando ansioso
Quero ganhar teu dinheiro
Para andar bem pomposo.
Ela disse camarada
Quero aprender a pular
Todos os pulos que sabe
Você vai me ensinar
Não me esconda nenhum
Pagarei o que cobrar.
Nisto o gato falou
Pode se matricular
Todos os pulos que sei
Pra você vou ensinar
Eu não ensino de graça
Muito irá me pagar.
Ela disse está bem
Quando posso começar?
Ele disse inda hoje
Vai o material comprar
Pois logo aprenderá
Toda arte de pular.
Dali a onça saiu
Rindo à-toa do gato
O gato é um otário
Eu não vou deixar barato
Assim que eu souber tudo
Farei dele o meu prato.
Com pouco tempo depois
Ela se apresentou
Com todo material
E pra o gato falou
Camarada estou pronta
Conforme me ordenou.
O gato diz estar bem
A aula vai começar
Preste muita atenção
No que te ensinar
Em poucas aulas, você.
Vai aprender a pular.
A onça como aluna Portava-se bem comportada
Assimilou muito bem
A lição lhe ensinada
No final de todo curso
A onça foi aprovada.
O gato astucioso
Muito raciocinou
Ensinou todos os pulos
Mas um ele não ensinou.
Pra trás por cima do lombo
Ensinar se recusou.
Depois da onça formada
Um plano arquitetou
Para o gato pegar
Seriamente planejou
Ela diz tou preparada
Pega-lo agora vou,
A onça chegou pro gato
Eu vim convidar você
Pra irmos uma caçada
Pois eu preciso comer
Na serra tem muita caça
Vou pegar pra você ver.
O gato disse eu vou
Com mui prazer aceitar
Estou mesmo precisando
Os músculos esquentar
E ele foi com a onça
Sem dela desconfiar.
A onça saiu na frente
Pisando leve no chão
Pensando consigo disse
Chegou à ocasião
Desta vez eu pego ele
Sem pena nem compaixão.
Ela deu umas passadas.
E virou de supetão
Pulou em cima do gato
Mas o gato espertalhão
Pulou de costas pra trás
E ela caiu no chão.
Que foi camarada onça
O gato lhe retrucou
Ta querendo me pegar?
Vejo que se enganou
Com teu jeito traiçoeiro
Por pouco não me pegou.
A onça diz este pulo
Você não me ensinou
Eu lhe paguei muito caro
E você me enganou
Foi muito sujo comigo
Gato você me roubou;
Disse o gato pra onça
Lhe ensinei com cuidado
Só bobo ensina tudo
Pra inimigo declarado
Se lhe ensinasse tudo
Tu terias me pegado.
Disse a onça zangada Isto não vai ficar assim
Te cuida gato safado
Tu não és páreo pra mim;
Ou mais cedo ou mais tarde
A sua vida terá fim.
O gato disse ta certo
Pode vir quando quiser
Estou sempre preparado
Pode vir como vier.
Tu és uma derrotada
Tu vais comer que der.
Francisco Erivaldo Pereira Alencar.
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