quarta-feira, 27 de junho de 2012

1.475 – QUEM FOI EU

Autor; Erivaldo Alencar.

Letra; 21 06 2012 e música;


Tenho tentado de tudo
Alcançar algo na vida
Eu tenho feito de tudo
Nesta estrada comprida
Tenho feito o impossível
Pra ter a missão cumprida.

Busquei em muitas escolas
Cursar uma profissão
Diversos cursos eu fiz
Até comprei violão
Também comprei um teclado
Não aprendi nada não.

No sertão eu fui vaqueiro
Também trabalhei na roça
Fiz cerca, abri cacimbas,
E morei numa palhoça
Montei cavalo encilhado
E traquejei com carroça.

Carreguei água com pote
E amansei burro brabo
Fui experto na roça
Na enxada fui de cabo
Na pista de vaquejada
Derrubei boi pelo rabo.

Também cacei de bodoque
Espingarda e baladeira
Catei feijão, quebrei milho,
Fiz toco na capoeira
Com meu machado afiado
Eu derrubei aroeira.

Com um enxadeque velho
Eu cavei covas no chão
Na terra molhada plantei
Milho, arroz e feijão.
Sementes de jerimum
De melancia e melão.

Também andei em cangalha
Botei água em galão
Cacei abelhas melíferas
Dancei forró no sertão
Eu fui muitas cantorias
E peguei brasas com a mão.

Nas festas de São João
Eu também pulei fogueira
Eu soltei bombas e craques
E rojão a noite inteira
Para fazer o fogueirão
Eu cortei a catingueira.

Assei milho na fogueira
Também assei jerimum
Pamonha e canjica doce
Também comi canapum
E sopa de beldroega
Feita com araticum.

Também tomei no curral
Leite mugido na hora
Eu fiz caçada a noite
E dei fumo pro caipora
Também vi assombrações
Antes do romper da aurora.

Eu andei fora de hora
Nas quebradas do sertão
Briguei com raposa louca
Insultei camaleão
Fugi dum touro valente
Peguei cobra com a mão.

Sem necessitar de armas
Eu sempre fui vencedor
Eu sou crente em Jesus
Filho de Deus criador
No Divino Espírito Santo                                                                                                                                                                           O meu santo protetor.

Pratiquei muitas proezas
Nada mau me aconteceu
Gozei minha mocidade
Saúde Jesus me deu
Hoje tou velho e cansado
Lembrando de quem foi eu.


Francisco Erivaldo Pereira Alencar

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