Autor; Erivaldo Alencar.
Letra; 19 01 2012 e música; 05 04 2012.
Quando eu morava no sítio
Precisei vir pra cidade
Tinha chovido a noite
Naquela localidade.
A terra estava molhada
E neblinava a vontade.
Minha mulher também veio
A minha sogra também
Estava muito escuro
Não dava pra ver ninguém
Além de muito idosa
Já não enxergava bem.
Já estava muito próximo
Da gente pegar o carro
Lá no leito de um córrego
Ouço um grito e esbarro
Minha sogra escorregou
Esparramou caiu no barro.
Ela era muito gorda
E na queda se derrama Quando eu fui socorrê-la
Deparei-me com um drama
A encontrei com a cara
Toda enfiada na lama.
Minha mulher não suportou
Começou a dar risada
Com a sua mãe caída
No chão toda esparramada
Sem poder se levantar
Com a cara lameada.
Agarrei-me com a velha
Na intenção de levantar
Era por demais pesada
Sem ninguém pra me ajudar
Toda força era pouca
Para da lama a tirar.
De tanto eu fazer força
Atolei o meu sapato
Quando a botei de pé
Escorregou caiu no mato
Caí grudado na velha
Parecendo carrapato.
Mediante tudo isto
Minha esposa gargalhava
A velha toda molenga
Em nada me ajudava
Quanto mais força eu botava
Ela na lama rolava
Depois de muito esforço
Minha sogra levantei
Ela toda lameada
Eu também me lameei
Ela não se machucou
Mas eu juro que cansei.
Depois dela levantada
Fomos o carro pegar
No trajeto minha sogra
Começou a gargalhar
Da sua queda no córrego
Ela ria sem parar.
Este fato que narrei
Aconteceu de verdade
Foi numa noite chuvosa
Sem nenhuma claridade
Minha sogra caiu no córrego
No caminho da cidade
Francisco Erivaldo Pereira Alencar
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