terça-feira, 12 de junho de 2012

1.416 – MINHA VIDA NO PASSADO, ERA MUITO DIFERENTE.

Autor; Erivaldo Alencar.

Letra; 14 12 2011 e música; 01 04 2012.


Eu nasci lá no sertão
No sertão eu me criei
Em homem me transformei
Naquele rico torrão
Eu morei numa palhoça
Também trabalhei na roça
Em dia frio e quente
Nunca me dei por cansado
Minha vida no passado
Era muito diferente.

A criança de outrora
Portava-se como gente
E brincava diferente
Daquela que brinca agora
Era Muito carinhosa
Educada respeitosa
Muito mais obediente
O homem mais comportado
Minha vida no passado
Era muito diferente.

Eu fui criança mimada
Por meus pais e meus parentes
Convivi com tantas gentes
Gente amiga e camarada
A gente podia brincar
Sem em nada malinar
No que não era da gente
E trabalhava dobrado
Minha vida no passado
Era muito diferente.

A minha educação
Diferente da de agora
Pois no tempo de outrora
A gente pedia a bênção
A pessoa mais idosa
E de forma carinhosa
Abençoava a gente
Num gesto bem educado
Minha vida no passado
Era muito diferente.

Quando eu ia dormir
Eu pedia a santa bênção
E depois da refeição
Eu tornava a pedir
E eu quando acordava
Ou de viagem chegava
Eu pedia novamente
Por pais ser abençoado
Minha vida no passado
Era muito diferente.

Todos os dias cedinho
Eu ia para o curral
Com a corda de sisal
Arriava o bezerrinho
Quando a vaca era brava
No mourão eu amarrava
Dela mugia leite quente
Depois levava pro roçado
Minha vida no passado
Era muito diferente.

Todos os dias à tardinha
Levava o gado pro curral
Botava a cabra no quintal
No poleiro a galinha
Água aos animais eu dava
As ovelhas eu botava
Em um chiqueiro de frente
Coberto e bem cercado
Minha vida no passado
Era muito diferente.

Madrugada levantava
Para água ir buscar
Lenha no mato pegar
Depois o lanche tomava
Deixava minha palhoça
Correndo ia pra roça
Com a cuia com semente
O milho era plantado
Minha vida no passado
Era muito diferente.

Cedo eu fazia a broca
Depois a mesma eu queimava
Encoivarava e cercava
Da moita tirava a soca
A carpina eu fazia
A produção eu colhia
Pra alimentar minha gente
Nunca me senti cansado
Minha vida no passado
Era muito diferente.

Francisco Erivaldo Pereira Alencar.

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