quarta-feira, 27 de junho de 2012

1.471 –QUEIXO CAIDO

Autor. Erivaldo Alencar.

Letra; 07 06 2012 e música;


Cai o pobre, cai o rico,
Cai o pau, a roçadeira,
A inchada , a mangueira,
Cai o João e o Chico
Do pássaro cai o bico
O roubado e o bandido
O frouxo e o destemido
O gatuno e o ladrão
Cai à perna, cai a mão.
Nos dez de queixo caído.

Cai adulto e criança
Cai a mulher e o homem
Cai o bicho lobisomem
A fofoca e a lambança
Cai o juro da poupança
O achado e o perdido
Também cai o réu punido
Cai a palhada da cana
O fruto da cajarana
Nos dez de queixo caído

Cai o bruxo a feiticeira
O homem trabalhador
Tambem cai o cantador
 Médico, a enfermeira,
Também cai a lapiseira
Do bolso do esquecido
O leão enfurecido
Cai a rima do poeta
Cai a graça do pateta
Nos dez de queixo caído.

Cai a calça do palhaço
Da viúva cai a saia
A gaivota cai na praia
O homem cai no fracasso.
A poeira no terraço
Memória do esquecido
Cai o cara enxerido
Na mão do policial
Cai o valor do Real
Nos dez de queixo caído.

Do nariz cai o catarro
Má palavra cai da boca
Também cai a mente oca
A velha casa de barro
Com as plantas cai o jarro
Também cai o pau banido
Cai a água no ouvido
Cai a cerca do quintal
Cai a roupa do varal
Nos dez de q1ueixo caído.

Cai o peixe no anzol                                                                                                                                                                                Na terra cai o sol quente
O frio encima da gente
A muriçoca no lençol
Do espaço cai o sol
Na mulher caldo fervido
Do morto cheiro fedido
Do gambá cai o mau cheiro
Também cai o violeiro
Nos dez de queixo caído.

Cai a brasa do fogão
Na eleição o político
Do trabalho cai o crítico
A luxuosa mansão
Os dedos caem da mão
Na briga cai o ferido
Por terra cai o vencido
O jogador cai no campo
E no mato o pirilampo
Nos dez de queixo caído.

O bêbado cai no chão
O pássaro na arapuca
Da cabeça a peruca
O briguento em confusão
Pecador em tentação
O namoro escondido
Também cai o prevenido                                                                                                                                                                        Na farsa de um ladrão
Também cai o campeão
Nos dez de queixo caído.

Também caio o advogado
Quando perde a questão
A fama do valentão
Cai a fardo do soldado
Também cai o delegado
O moleque atrevido
Cai o padre enxerido
E todos os feitos meus
Só não o poder de Deus
Nos dez de queixo caído.


Francisco Erivaldo Pereira Alencar.

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