sábado, 23 de junho de 2012

1.447 - PATATIVA DO ASSARÉ, REI DA POESIA MATUTA

Autor; Erivaldo Alencar.

Letra; 05 04 2012 e música; 07 04 2012.


Peço licença a todos
Para em versos contar
A vida de um cearense
Nascido neste lugar
Maior de todos os poetas
Da terra de Alencar.

O homem a quem descrevo
Todos vão saber quem é
Humildemente viveu
A vida com muita fé
Rei da poesia Matuta
Patativa do Assaré.

Antonio Gonçalves da Silva
Este é o nome seu
Em cinco de março de mil
Novecentos e nove nasceu
Lá em Serra de Santana
Com a família e cresceu.

Assaré no Ceará
É o seu berço natal
De Pedro Gonçalves e Maria
Ele é filho natural
Duma prole de seis filhos
É o segundo do casal.

Ele tinha cinco irmãos
Que se chamavam assim
José, Pedro e Maria
A Mercês e o Joaquim
Felicidade reinava
Nesta família em fim.

É descendente de Bárbara
Heroína do Ceará
Seu bisavô é irmão
Isto pude constatar
Do bisavô de Violeta
E Miguel Arraes de Alencar

Com oito anos de vida
Pegou dos pais um carneiro
Trocou por uma viola
Aquele menino guerreiro
Rapidamente criou fama
De menino violeiro


Mil novecentos e treze
Um olho ele perdeu
Devido a uma doença
Que a seu olho acometeu
Foi à primeira batalha
Que Patativa venceu

Mil novecentos dezessete
O seu querido pai perdeu
Em vinte e oito de março
Pedro Gonçalves morreu
Com apenas nove anos
Menino órfão cresceu.

Pois naquele mesmo ano
A pequena propriedade
Já foi logo dividida
Entre toda irmandade                                                                                                                                                                   Cabendo a sua mãe                                                                                                                                                                                 De toda terra a metade.

Mil novecentos e vinte
Na roça ele trabalhava
Lá na Serra de Santana
Numa choupana morava
Para criar seus irmãos
Trabalhando ajudava

Mil novecentos vinte e um
 A escola freqüentou
Com o livro de Felisberto
De Carvalho ele estudou
E com menos de seis meses
Ele se alfabetizou

Mil novecentos vinte dois
Começou fazer versinho
Que até servia de graças
Para parente e vizinho
Eram versos muito simples
Feito com muito carinho

Mil novecentos vinte e cinco
Passou a se apresentar
Em festas da região
E de improviso cantar
Ele fazia repente
Para dinheiro ganhar.

Mil novecentos vinte e oito
Para o Pará viajou
Muitos cantadores de nome
Lá no Pará enfrentou
Depois de se consagrar
Pra sua terra voltou

De José Carvalho de Brito
Jornalista, advogado
Um cearense do Crato
Lá no Pará radicado
O chamou de Patativa
Que o deixou consagrado

Muitos cantadores da época
De Patativa se chamava
Entre tantos versejadores
Era mais um que cantava
Acrescido de Assaré
Dos outros diferenciava.

Com este pseudônimo
Ele se apresentou
Nas colônias e núcleos de
Nordestinos que migrou
Por via férrea de Belém
Em Bragança ele chegou.

Mil novecentos e vinte nove
Ao Ceará retornou                                                                                                                                                                                Casa Juvenal Galeno
Em Fortaleza visitou
Em uma noite festiva
Nela se apresentou.

Na capital cearense
Conheceu os verdes mares
Também teve o privilégio
Visitar vários lugares
Conheceu o poeta das
Lendas e canções populares

Mil novecentos trinta e um
José Carvalho faz citar.
No “O Matuto Cearense
E o Caboclo do Pará”
Episódio acontecido
Com o poeta do Ceará

Mil novecentos trinta e seis
No dia seis de janeiro
Com Belarmina Paes Cidrão
Casou-se o violeiro
Com alcunha de Belinha
Entregou-se ao companheiro.

Do consórcio com Belinha
Nasceram quatro herdeiros
Geraldo, Afonso, João.
E Pedro seus filhos ordeiros
Foram criados na roça
Com a bravura dos roceiros.

Mil novecentos e quarenta
Apresenta-se no Cariri
Canta com João Alexandre
Em festas que há por ali
Ao som de sua viola
Faz a galera sorrir

Mil novecentos cinqüenta e cinco
Ele pode conhecer
José Arraes de Alencar
Que começou a transcrever
Os versos de Patativa
Fez ao mundo aparecer

Mil novecentos cinqüenta e seis
Ele lançou no mercado
Inspiração Nordestina
Primeiro livro publicado
Por Borsoi editor do Rio
Teve seu livro editado.

Mil novecentos sessenta e dois
Ele foi se apresentar
No sítio Trindade, Recife
No São João Popular
O Governo Miguel Arraes
Foi quem mandou convidar

Mil novecentos sessenta e quatro
Com mais de cinqüenta de vida
Através de Gonzagão
Tem a recompensa merecida
Neste ano Luiz Gonzaga
Grava “A triste Partida”.

Mil novecentos sessenta e seis
A segunda publicação
O “Cantos de Patativa”
Seu livro do coração
Divulgando o seu nome
No linguajar do sertão

Mil novecentos e setenta
A terceira publicação
“Patativa do Assaré”
Tem grande circulação
O grande J. Figueiredo
Quem faz apresentação

Mil novecentos setenta e dois
Pelo designo da vida
Cantor Fagner grava “Sina”
Uma gravação discutida
A autoria do mesmo
Não foi lhe atribuída.

Mil novecentos setenta e três
Ele foi atropelado
La na Duque de Caxias
Na capital do Estado
Dia treze de agosto
Eita que dia azarado

Mil novecentos setenta e oito
O poeta do Ceará
Pela Editora Vozes
Teve o prazer de lançar
Sua quarta publicação
“Cante Lá que eu canto cá”

Mil novecentos setenta e nove
Com setenta de idade
Saiu da serra de Santana
Foi residir na cidade
Lá na Praça da Matriz
Daquela localidade

Na capital Fortaleza
Comprovou sua vivência
Ele foi homenageado
Pela sua competência
Na Sociedade Brasileira
Para o Progresso da Ciência

Inda em setenta e nove
Primeiro disco gravou
De “poemas e canções”
Ele assim o chamou
Copiado em vinil
Que ele autografou

Participou da Campanha
Pela sonhada Anistia
Aos nossos presos políticos
Que na cadeia residia
Também ao exilado
Que no exterior vivia

Da Massafeira livre
Patativa participou
No José de Alencar
Em um estupendo show
Que em disco CBS
No ano seguinte lançou.

Mil novecentos e oitenta
Raimundo Fagner gravou
“Vaca Estrela e Boi Fubá”
Muito sucesso ganhou
Com o selo CBS
Patativa autorizou.

Mil novecentos oitenta e um
Outro disco ele gravou
“A Terra é Natura” foi o título
Que neste ano lançou
Letras de sua autoria
No mercado divulgou

Inda neste mesmo ano
Para o Rio viajou
Pra o programa Som Brasil
A Rede Globo convidou
Em trinta e um de outubro
Ele se apresentou

Mil novecentos oitenta e dois
Patativa foi diplomado
Pela Secretaria de Cultura
Do Ceará o Estado
De “Amigo da Cultura”
Justamente outorgado.

Ele também recebeu
Título de cidadão
Da cidade de Fortaleza
Outorgado em sessão
Pelos nobres vereadores
Em breve manifestação

Mil novecentos oitenta e quatro
Ele também participou
Da Campanha “diretas já”
Em Fortaleza se pronunciou
Ao lado de lideranças
Poemas ele recitou.

Na UFC participa
Dum vídeo muito legal
Patativa do Assaré
Um projeto experimental
Dos alunos do curso de
Comunicação Social.

O Megapoema em
Patativa do Asssaré
Introdução ao pensamento
Literário e com fé
De Francisco de Assis
Mostrando quem ele é

Patativa do Assaré
Um poeta do povo
De Jefferson Albuquerque
De muito bom gosto louvo
Com Rosemberg Cariri
Um filme do seu aprovo.

A letra da Seca D’água
Em oitenta e cinco fez
Para angariar recursos
Para as vítimas talvez
Das enchentes do Nordeste
Que quase acaba de vez.

O disco Patativa
Do Assaré pode lançar
Um projeto cultural
Do Banco do Ceará
Divulgando a cultura
Da terra de Alencar.

No ano oitenta e seis
Ele apoia a candidatura
Do grande Tasso Jereissati
Um cidadão de bravura
Ao governo do estado
Pra governar com lisura.

No ano oitenta e sete
Foi um ano de bênção
Do Estado ele recebe
Medalha da Abolição
Pelos serviços prestados
A terra do coração.

No ano oitenta e oito
Outro livro publicou
O “Ispinho e Fulô”
E pra Campinas viajou
La na cidade paulista
Do seu olho operou.

No ano oitenta e nove
Ele deu o seu arrogo
Foi enredo da Escola
De Samba Prova de Fogo
La da cidade do Crato
Provou que é bom de jogo.

É Doutor Honoris Causa
Da URCA no Cariri
Seminário oitenta anos
Realizado ali
Uma promoção da URCA
Mas não parou por aí.

Disco “Canto Nordestino”
Naquele ano lançou
Uma estrada com o seu nome
O Tasso inaugurou
Partindo de Assaré                                                                                                                                                                                    A Antonina ligou.

La na capital paulista
O ilustre cidadão
No Teatro das Nações
La na Avenida São João
Com o Théo de Azevedo
Fez uma apresentação

O Evento Patativa
Do Assaré oitenta anos
De vida e poesia
Participou o veterano
La no BNB Clube
Fortaleza não me engano.

La na capital paulista
Terra de gente granfina
Com o seu amigo Fagner
O evento ele domina
Deu show no Memorial
Da América Latina.

Em janeiro de noventa
Convidado especial
No Fortaleza das Violas
Apresentou-se com moral
Com Geraldo e Otacílio
BNB da capital.

Patativa do Assaré
Oitenta Anos de Luz
Disco que a Prefeitura
La de Assaré conduz
Cultura do Estado e URCA
A este disco produz.

O ano noventa e um                                                                                                                                                                               Foi um ano de grandeza
No carnaval deste ano
Ele foi visto com nobreza
Foi enredo da Escola
Acadêmicos de Fortaleza

Ainda em noventa e um
Este grande brasileiro
Com o Geraldo Gonçalves
Lançou o livro “Balceiro”
Com poetas do Assaré
Patativa foi parceiro.

No ano noventa e três
Teve participação
Da novela “Renascer”                                                                                                                                                                         Rede Globo de Televisão
Como ator ele fez
Tão boa apresentação.

No programa Jô Onze e Meia
Da TV SBT
Ele foi entrevistado
Para todo mundo ver
Falou de suas poesias
Fez o Brasil conhecer.

Editado pela Secult
Lança “Cordeis do Patativa”
Com apoio da Prefeitura
De Juazeiro lhe cativa
Na Casa Juvenal Galeno
Fortaleza lhe deu viva

O livro “Aqui Tem Coisa”
Em noventa e quatro lançou
Na Feira Brasileira do Livro
Em Fortaleza publicou
Esta obra igual às outras
A todo público agradou

O voo da Patativa
Documentário exemplar
Roteiro Oswald Barroso
Ronaldo Nunes pra rumar
Foi muito bem produzido
Pela Tv Ceará.

Grava o disco “Patativa
85 Anos de Luz e Poesia”
Centro de Cultura Patativa
Inaugura com alegria
No prédio da antiga usina
Ele esbanja simpatia.

Patativa do Assaré
85 anos de fidelidade
E amor a poesia
E a gente de sua cidade
Evento que participou
Com muita felicidade.

Se fez sócio honorário
Do Museu do Gonzagão
No dia 15 de maio
Passou por grande emoção
Com a morte de dona Belinha
Sua esposa do Coração.

Patativa e o Universo
Fascinante do Sertão
De Plácido Cidade Nuvens
Livro de grande inspiração
Lançado em noventa e cinco
Vendido em toda nação

No mesmo ano recebe
Um prêmio espetacular
Ministério da Cultura
Categoria popular
Prova de reconhecimento
Deste poeta exemplar.

No ano noventa e sete,
Um seminário aconteceu
Dos seus oitenta e oito anos
Que a URCA promoveu
Com a Cultura do Estado
Na bela Crato se deu.

Cd Patativa Oitenta
Oito anos de poesia
A Rádio Comunitária
Patativa quanta alegria
Da cidade do Assaré
Inaugurou naquele dia.

Ele também foi lembrado
Na Defesa da Dissertação
Em Mestrado em Linguística
De Maria Silvana Militão
Orientação da doutora
Maria do Socorro Aragão.

No ano noventa e oito
O “Álbum de Xilogravura
Patativa – Vida Poesia”
Em umburana figura
José Lourenço Gonzaga
Deixa a sua assinatura

Recebe a Medalha Francisco
Gonçalves de Aguiar
No dia 22 de maio
Do Governo do Ceará
Outorga da Recursos Hídricos
Para lhe homenagear.

Em uma sessão solene
Na Assembleia Legislativa
Do Estado de São Paulo
Congratulação festiva
Em homenagens aos
Noventa anos de Patativa.

Na Feira Brasileira do Livro
Em Fortaleza então
De um pingo d’água um ano
De rimas, da exposição
Em primeiro de outubro
Foi sua inauguração.

Pela Associação dos Docentes
Da UFC do estado
Com a impressão dum calendário
Ele foi homenageado
Projeto gráfico de Evandro
Por Lourenço xilogravado.

Em noventa e nove o ano
Patativa comemorou
Na festa de aniversário
Memorial inaugurou
A revista Inside Brasil
Reportagem sua publicou.

Do Sistema Verdes Mares
Em vida ele recebeu
O prêmio Sereia de Ouro
Que muito agradeceu
Com sua simplicidade
Mas que muito mereceu.

Título de honra o Mérito
Da Fundação de Cultura
E Ciências de Fortaleza
Provou que tem estrutura
No repente e na caneta
É mestre na literatura.

No ano dois mil e dois
O Ceará entristeceu
Em oito do mês de julho
Sua voz emudeceu
Aos noventa e três anos
O Patativa morreu.

Em toda a sua vida
Ele foi agricultor
Repentista violeiro
Cordelista cantador
Foi poeta escritor
Glosador e trovador.

Além dessas homenagens
Nosso Patativa é
Nome de ruas e estradas
E rádio de Assaré
De grêmios estudantis
De biblioteca até.

De Doutor “Honoris Causa”
Quatro Diplomas ele tem
De quatro Universidades
Estão guardados muito bem
Prova do que representa
Na educação também.

Muitos dos seus trabalhos fazem
Parte da discografia
Primeiro foi Luiz Gonzaga
Que gravou com alegria
A canção “Triste Partida”
Que inda toca hoje em dia.

As letras Manera Fru-Fru
E Vaca Preta e Boi Fubá
Foram gravadas por Fagner
Bom cantor do Ceará
Fizeram grandes sucessos
Na terra de Alencar.

Com o Quinteto Agreste                                                                                                                                                                          Ele fez uma parceria
Gravou “Seu Doutor me Conhece”
Em forma de cantoria
Vaca Estrela e Boi Fubá
 Quinteto lança com alegria.

Gildário gravou Saudade
Assaré querido, a tristeza.
Tenha pena de quem tem pena
Som Nordestino que beleza
Morena e Mastruz com Leite
Bom trabalho com certeza.

Saudação a Juazeiro
Gildário também gravou
Pena Branca e Xavantinho
Em o seu disco lançou
Vaca Estrela e Boi Fubá
Esta dupla regravou.

A letra “Ao Rei do Baião”
Por Baby Som foi lançada
Letra Vida Sertaneja
Por Daúde foi gravada
E “A Natureza Chora”
Por Joãozinho do Exu, cantada.

Com a voz de Alcymar Monteiro
Minha Viola foi gravada
Nordeste sim nordestinado não
Em seu disco foi lançada
Ingém de Ferro com Sofreu
Em disco foram cantadas.

A banda Mastruz com Leite
Também o prestigiou
O Boi Zebu e as Formigas
A um disco denominou
E o poema “Sem Terra”
Em outro disco gravou.

O José Fábio gravou
Vaca Preta e Boi Fubá
Lamento de um Nordestino
Menino de Rua pode gravar
Estrada de Minha Vida
Lá no seu disco está

A Simone Guimarães
Gravou Sina no seu disco
Abdoral Jamacaru
O Peixe, eu me arrisco
São poemas gravados
Admirado fico arisco.

Sérgio Reis também gravou
Vaca Preta e Boi Fubá
Renato Teixeira e Pena Branca
E Xavantinho digo sem errar
Esta canção Claudio Nucci
Pode em disco gravar.

O Cícero do Assaré
Provou ser um bom menino
Gravou com muito afeto
Lamento de um nordestino
E meu passarinho meu amor
Trabalho polido e fino.

Patativa do Assaré
Também fez várias gravações
Como em setenta e nove
Em Poemas e Canções
Pois a sua voz em disco
Desbravou nossos sertões.

Gravou a Terra Naturá
Também gravou “Seu Doutor”
Ao vivo no Som Brasil
Ele mostrou seu valor
Na gravação Seca D’Água
Se esmerou com amor.

Oitenta anos de luz
Oitenta e cinco anos de Poesia
Também o Canto Nordestino
Demonstrou muita alegria
Patativa foi o maior
No improviso da cantoria

Cresceu ouvindo histórias
De cordel e cangaceiro
No ponteio da viola
Fez-se menino violeiro
Foi o maior cantador
Do Brasil ao estrangeiro.

Músicos de todas gerações
Nele tem se inspirado
Em livros e no teatro
Tem sido representado
Em grandes universidades
Está sendo estudado.

Através do seu repente
Mundo afora cantando
Ou da poesia escrita
Fielmente divulgando
A cultura nordestina
Ou em seus versos glosando.

Descreveu todas belezas
Naturais do seu sertão
O sofrimento do homem
Cabeça chata da região
Sem sair da sua terra
Por amar o seu rincão.

Até depois de sua morte
Continua em cartaz
Através do filho Geraldo
Recebe o prêmio Unipaz
Da Universidade Holística
Internacional da Paz.

No ano 2008
A nobre Universidade
De Patativa do Assaré
Uma ONG da cidade
Festejou os noventa e nove
De nascimento com saudade.

A recuperar e preservar
O prefeito prometeu
A casa velha em Santana
Onde o poeta nasceu
Por recomendação do IPHAN
Inda não aconteceu.

Não foi possível narrar
A sua história completa
Patativa foi um gênio
Sábio, escritor, profeta,
Tenho orgulho em ser
Parente deste poeta.

Ser um cidadão de fé
Em vida ele provou
Sua querida Assaré
Ele jamais a deixou
No livro dos imortais
O seu nome ele gravou.

Francisco Erivaldo Pereira Alencar,

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