segunda-feira, 25 de junho de 2012

1.457 – O HOMEM QUE FOI CORNO SETE VEZES

Autor; Erivaldo Alencar.

Letra; 06 05 2012 e música;


Conheci no meu lugar
Um cara muito legal
Cidadão de boa índole
De média classe social
Que na vida amorosa
Ele sempre se deu mal.

É um cidadão de bem
Prestador de caridade
Homem, de boa visão
Dono de grande amizade
Defensor da natureza
Homem da sociedade.

Eu falo de Zé Leirão
Sujeito bem educado
Um rapaz de boa pinta
Um moço bem preparado
Dono de boa fortuna
No interior do estado.

Ele ainda muito jovem
Em aventura se lançou
Uma moça da cidade
Ele a enamorou
E sem muita experiência
Rapidamente casou.

A moça era bonita
Elegante inibida
Também da sociedade
E por todos mui querida
Formada em professora
Por Joana conhecida.

De início parecia
Que tudo ia dar certo
Ela muito inteligente
Ele bastante esperto
Não imaginavam que
O cão rondava por perto.

Um certo dia o Zé
A negócios viajou
Amigas de sua esposa
Pra sair a convidou
Pra dançar em uma festa
Que prontamente aceitou.

Enquanto o seu marido
A negócios viajava
Na festa Joana D’ark
Se divertia e dançava
Sem pensar nas conseqüências
Que pro futuro plantava.

Na festa Joana D’ark
Arranjou um namorado
Foi pra cama com o cara
Totalmente embriagado
Ela traiu seu marido
Pra Deus cometeu pecado.

Quando Zé Leirão voltou
De tudo ficou sabendo
Disse; não te quero mais,
Foi aos pais dela dizendo
Tomem conta da Joana
Que eu a estou devolvendo.

O Zé Leirão sofreu muito
Por causa da traição
Pois ele não esperava
Tamanha ingratidão
A quem deu os seus carinhos
Esfacelou seu coração.

Zé Leirão não fraquejou
E numa santa novena
Seu coração balançou
Diante duma morena
No final levou pra casa
Aquela linda pequena.

Celina era seu nome
Linda jovem sensual
Dona de beleza rara
Que chegou da capital
Foi morar com Zé Leirão
Numa noite de natal.

Com dez meses de união
Um lindo filho nasceu
Após terminar resguardo
Transou com um seu
E na volta do motel
Num acidente morreu.

Ao saber do acidente
Que havia ocorrido
Zé Leirão saiu às pressas
Pra ver o acontecido
Chorou ao ver que a esposa
No mesmo tinha morrido.

Lamentando ele dizia
Eu não posso acreditar
Que ela tenha me traído
Não há como imaginar
Tudo que me resta agora
É o meu filho criar.

Zé Leirão inconformado
Sem saber o que fazer
Sem os carinhos da mãe
Vendo seu filho crescer
Só os carinhos da babá
Tinha pra oferecer.

Mas não passou muito tempo
De outra se engraçou
Para ir morar com ele
A esta jovem convidou
E ela sem perder tempo
O convite aceitou.

Ele disse pra Raquel
Preciso te prevenir
Que duas já me traíram
Não vou mais admitir
Só te quero se jurar
Que nunca vai me trair.

Raquel disse eu prometo
Nunca fazer traição
Amar-te-ei por toda vida
De todo o meu coração
Pode acreditar em mim
Meu amor minha paixão.

Em pouco tempo Raquel
Da promessa esqueceu
Num show em sua cidade
Por outro se derreteu
Foi embora com o cantor
Nunca mais apareceu.

Mais uma vez o Leirão
A sua mulher perdeu
Disse que azar é esse
Que castigo este meu
Vou buscar a rezadeira
Pra limpar o corpo meu.

Na casa da rezadeira
Em estado de loucura
Contou toda sua história
Buscando nova aventura
Rezadeira disse sou
O remédio que procura.

Ele disse então venha
Ser meu amor verdadeiro                                                                                                                                                                  Quem sabe com a senhora
Eu serei um cavalheiro
Não demorou nem três meses
Ela fugiu com o vaqueiro.

Ele disse tá danado
Por que eu não tenho sorte
Só amo mulher vadia
Ser chifrudo é meu forte
Para tentar ser feliz
Vou buscar mulher no norte.

Na capital do Pará
Na cidade de Belém
Arranjou um casamento
Pensando em se dar bem
Com uma mulher indígena
Que disse lhe querer bem.

No seu quinto casamento
Se achava otimista
Com sua índia querida
Se sentia um artista
Depois de um ano ela
Fugiu com seu motorista.

Ele disse agora vou
Procurar na redondeza
Para ser minha mulher
Eu quero uma camponesa
Com uma moça do mato
Serei feliz com certeza.

Assim fez o Zé Leirão
Buscou Maria Carola
Uma camponesa linda                                                                                                                                                                       Lotou em sua gaiola
Com três semanas fugiu
Com um jogador de bola.

Só sendo uma maldição
O que acontece comigo
Vou pela última vez
Ver se uma mulher consigo
Que seja pura e fiel
Pra me tirar do castigo

Trouxe uma maranhense
Buscando felicidade
Tudo parecia bem
Com seu amor de verdade
Maranhense lhe traiu
Com o padre da cidade.

Francisco Erivaldo Pereira Alencar

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