sexta-feira, 8 de junho de 2012

1.404 – COM A MINHA PROFISSÃO

Autor; Erivaldo Alencar.

Letra; 29 10 2011 e música; 24 03 2012.


Todos os dias trabalho
Derramando o meu suor
Tento fazer o melhor
Sem um dia de empalho
Embora contra a vontade
Faço com dignidade
Pra poder ganhar o pão
Quem trabalha nisto diz
Eu não me sinto feliz
Com a minha profissão.

Eu trabalho o dia inteiro
Com muita coragem e fé
Negocio picolé
Pra poder ganhar dinheiro
Nas ruas feito um louco
Gritando eu fico rouco
Descalço com pés no chão
Fora da vida que eu quis
Eu não me sinto feliz
Com a minha profissão.

Vendedor de picolé
É profissão humilhante
Não descansa um instante
É um trabalho sem fé
Homem que nela trabalha
É tido como canalha
Deixa de ser cidadão
Em sempre o mesmo bis
Eu não me sinto feliz
Com a minha profissão.

Eu me sinto obrigado
Ter que trabalhar com ela
Secando minha canela
Pra ganhar algum trocado
Enfrentando o sol quente
Temperatura ardente
Suor caindo no chão
Do rosto deste infeliz
Eu não me sinto feliz
Com a minha profissão.

Todos os dias bem cedo
Eu pego o meu carrinho
Vou pelas ruas sozinho
Sem preguiça e sem medo
Com a camisa molhada
Sem querer ouço piada
Ditada com palavrão
Bem ao pé do meu nariz
Eu não me sinto feliz
Com a minha profissão.

Como não tenho saber
Outra profissão não tenho
Mesmo assim eu desempenho
O que proponho fazer
Como não tenho dinheiro
Só como picolezeiro
Eu posso ganhar o pão
No ramo que sempre fiz
Eu não me sinto feliz
Com a minha profissão.

Tenho fé em Jesus Cristo
Que mais cedo ou mais tarde
Sem fazer muito alarde
Um dia vou sair disto
Eu já me sinto cansado
E bastante adoentado
Não tenho disposição
Vou largar o que sempre fiz
Pois não me sinto feliz
Com a minha profissão.


Francisco Erivaldo Pereira Alencar.

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