quinta-feira, 7 de junho de 2012

1.395 – ZÉ AMÂNCIO

Autor; Erivaldo Alencar.

Letra; 04 10 2011 e música; 19 03 2012.


Eu vou contar a história
De um grande amigo meu
A muito tempo conheço
O procedimento seu
Pra contar sua história
Sua permissão me deu.
                                                                                                                                                                                                            Conheci na minha terra
Um cidadão valoroso
Político respeitado
Honesto e generoso
Homem de muita visão
Competente respeitoso

Um homem inteligente
Sábio e pesquisador
Defensor da causa pública
Analista lutador
Que um dia resolveu
Candidatar vereador.

Eu falo de Zé Amâncio
Amigo e companheiro
O José Alves de Lima
É seu nome verdadeiro
Sujeito de boa índole
Cabra bom hospitaleiro

Filho de Miguel Amâncio
E de Dona Carmelita
Casou-se em setenta e um
Com a jovem Eremita
E com quatro filhos forma
Uma família bonita

Usando o seu prestígio
Na campanha se lançou
Seu slogan; vai ter jeito.
A eleição disputou
Embora sendo derrotado
Não decepcionou.

Durante a vida pública
Muitas coisas sucedeu
Muitas perguntas surgiram
E a todas respondeu
Problemas dos eleitores
Muitos deles resolveu

Zé Bazer do Transual
Um dia lhe procurou
Se ele era candidato
A vereador perguntou
Ele respondeu que sim
Que queres de mim falou

Zé bazer lhe respondeu
Tu podes me ajudar
Vou botar quarenta homens
Pra minha roça tratar
Ele disse marque o dia
Que eu irei pra trabalhar

Zé Bazer franziu a testa
Não quero que vá trabalhar
Eu quero dinheiro vivo
Pros trabalhadores pagar
Se não me der o dinheiro
Meu voto não vai ganhar

O Zé Amâncio lhe disse
Isto eu não posso fazer
A Justiça não permite
E nem eu tenho com quê
Pediste-me uma ajuda
É o que poço oferecer.

Zé Bazer diz o senhor
Não vale moeda furada
É um candidato fraco
Saia desta camarada
Pois eu vou procurar outro
Pra tu aqui não tem nada

Outra vez uma mulher
Chegou lá na casa dele
Com a receita na mão
Já foi dizendo pra ele
O candidato que me
Ajudar eu voto nele

Ela trazia nos braços
Uma criança doente
Dizendo eu quero remédio
Pra curar este inocente
Já bati em muitas portas
Ninguém atendeu a gente.

Zé Amâncio respondeu
Aqui não tenho dinheiro
Tou devendo na farmácia
E também no bodegueiro
Quero ajudar, mas não poço.
Sou sincero e verdadeiro.

Ela respondeu chorando
Não sei mais o que fazer
Se não conseguir remédio
O meu filho vai morrer
A única pessoa que pode
Ajudar-me é você.

Ele disse muito bem
Verei que poço fazer
Vamos até a farmácia
Ouça que vou lhe dizer
Faça como eu lhe disser
Pra não botar a perder

Eles foram à farmácia
E diante do balcão
Ele pediu os remédios
E naquela ocasião
A moça disse seu Zé
Fiado só com o patrão

Ele pegou os remédios
Entregou para mulher
Eu vou falar com o patrão
Aonde ele estiver
Ele não vai me negar
Pode acreditar com fé.

Nisto o dono da farmácia
Já foi chegando e dizendo
Não poço vender fiado
Veja quanto tá devendo
Com os remédios na mão
A mulher saiu correndo.

Zé Amâncio respondeu
Tu vais me vender fiado
A mulher já foi embora
Com os remédios de lado
Logo te pagarei tudo
Tu não vai ser enganado.

Outro dia ele foi
Lá pra Vila Esperança
Pensando em ganhar votos
Foi com muita confiança
Levando bombons no bolso
Preparou uma lambança.

Uma senhora lhe disse
Veja que situação
Sem ter água encanada
Pra cozinhar o feijão
Bote água em minha casa
E ganhe minha votação

Zé Amâncio respondeu
Veja bem minha senhora
Não será problema algum
Vou resolver sem demora
Traz-me um galão queu vou
Encher seus potes agora.

A mulher enfurecida
Brincadeira não tolero
Não venha com gozação
Não é isto que espero
Eu só voto no senhor
Se me der tudo queu quero.

Já cansado da campanha
Zé parou pra descansar
Numa tarde muito quente
Ele se pôs a pensar
Sozinho nesta campanha
Sem grana não vou ganhar.

Mau começou a dormir
Veio alguém e lhe chamou
Sonolento e nervoso
Da cama se levantou
Brigando com a esposa
Porque que me acordou.

A sua esposa lhe disse
Tem uma mulher chamando
Ele saiu apressado
Muitas coisas imaginando
O que será desta vez
Ele foi se perguntando.

A mulher disse seu Zé
Me ajude por favor
Meu marido tá doente
Em casa tá um horror
Tou devendo e sem dinheiro
Por isto peço aos senhor

Zé buscou dois jerimuns
Lhes dou com amor fraterno
Ela pegou os dois frutos
Pode por em seu caderno
Com jerimuns o senhor vai
Ganhar voto no inferno.

Zé Amâncio não desiste
É um lutador de fé
Inda tem um desafio
Última coisa que quer
Governar Acopiara
Na parceria Zezé.


Francisco Erivaldo Pereira Alencar.

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