quarta-feira, 20 de junho de 2012

1.430 – O ÉBRIO

Autor; Erivaldo Alencar.

Letra; 14 02 2012 e música; 05 04 2012.


Em versos eu vou contar
A vida de um cidadão
Que conheci na cidade
Homem de bom coração
Passou a vida sofrendo
Por causa duma paixão.

Estou falando do Ébrio
Que viveu nesta cidade
Homem de boa aparência
Da nossa sociedade
Um infeliz no amor
Vítima da falsidade.

Ainda muito mocinho
Arranjou uma namorada
Uma morena bonita
Simpática requintada
Moça da sociedade
Distinta muito educada.

Mariana o seu nome
Moça de pouca idade
Engraçou-se de Pedrinho
Inda na flor da mocidade
Filha de família rica
Da alta sociedade

O Pedrinho também era
Rapaz de boa aparência
Seus pais também eram ricos
Tinha boa convivência
Um rapaz bem estudado
E de muita inteligência.

Pedrinho foi à igreja
Na festa da padroeira
Na igreja ele viu
Uma morena fagueira
E disse consigo mesmo
Vai ser minha companheira

Depois do final da missa
Dela se aproximou
Fitando nos olhos dela
Assim pra ela falou
Teu charme brotinho lindo
Meu peito enfeitiçou.

Desde quando eu te vi
Senti grande emoção
A tua simplicidade
Mexeu com meu coração
Por você linda morena
Estou louco de paixão.

Ela disse eu também
Me apaixonei por você                                                                                                                                                                           Eu nunca fui tão feliz
É verdade pode crer
Se um dia te perder
Desvairada vou morrer.

Eles saíram abraçados
Como dois apaixonados
E quando iam pra casa
Os planos foram traçados
Os preparos do casório
Já ficaram concordados.

Pois logo chegou o dia
Do casamento marcado
Ela de véu e grinalda
Ele uniformizado
Da igreja com Mariana
Pedrinho saiu casado.

No início do casamento
Era só felicidade
Não havia divergência
Perfeita tranquilidade
Mas não durou muito tempo
Esta sincera amizade.

Em um certo dia cedo
Sem nada imaginar
Como era de costume
Pedrinho foi trabalhar
Tomar conta da empresa
Que acabara de ganhar.

Sua esposa Mariana
Se encontrando sozinha
Disse eu vou para rua
E saiu muito prontinha
Toda coberta de jóias
Parecida uma rainha.

Passando em frente um bar
Um alguém lhe alvejou
Aplicou uma cantada
Seu coração balançou
Convidada para a mesa
Mariana aceitou.

Em poucos instantes ela
Pelo Carlos foi beijada
Tomou três ou quatro drinks
Com ele foi abraçada
Para um motel que havia
Perto numa encruzilhada.

Após se satisfazer
Para casa ela voltou
No carro do seu amante
Que na porta a deixou
E muito feliz da vida
Abriu a porta e entrou.

Ela nunca imaginou
Que um amigo do Pedrinho
Tinha visto o ocorrido
E saiu bem ligeirinho
Foi contar toda verdade
Para o seu amiguinho.

Ele ouvia calado
Sem saber o que falar
Consigo mesmo dizia
Eu não posso acreditar
Ela jurou que me ama
Nunca me atraiçoar.

Pedrinho disse ao amigo
Eu te peço Alaor
Se voltar acontecer
O que diz do meu amor
Vem correndo me avisar
Faça-me este favor.

Quando foi no outro dia
Bem na hora acertada
O Carlos foi pegar ela
Que saiu bem arrumada
O Alaor foi avisar
Da maneira combinada.

Pedrinho saiu correndo
Para o lugar informado
Lá no motel encontrou
O carro estacionado
Ele invadiu o motel
Com seu amigo de lado.

Ele viu os dois pelados
Na cama fazendo amor
Disse estou vendo tudo
Estou passado de dor
Está tudo acabado
Coração cruel traidor.

Desgraçada vagabunda
Único prazo que dou
Mande pegar tuas coisas
Que para casa eu vou
Antes que eu bote fogo
No que de você restou.

Daquele dia por diante
A vida dele arruinou
Da traição da esposa
Ele não se conformou
Pra esquecer Mariana
A bebida se entregou.

Como louco apaixonado
Vivia de bar em bar
Abandonou a empresa
Ficou sem se alimentar
Quando falavam da esposa
Ele começava chorar.

Perdeu tudo quanto tinha
Pra casa dos pais voltou
Sem dinheiro pra beber
Pedrinho se sujeitou
Se submeter a barbáries
Dos que o sub-julgou.

Recebeu muitos conselhos                                                                                                                                                                 Mas nada adiantou   
Para fazer tratamento
Os pais dele o levou                                                       
Mas não parou de beber
Pra esquecer que tanto amou

Seus amigos preparavam                                                                                                                                                          Coquiteis com crueldade
Álcool, formiga e baratas.
E urina, que maldade.
Pelo fato de ser de graça
Tomava com ansiedade

Quando esta gente via
Pedrinho cambaleando
Gritavam uns para os outros
O Ébrio já vem chegando
Faça o coquetel pra ele
De sede está espumando.

Depois de muito sofrer
Por causa do amor seu
Se entregou a bebida
De cirrose adoeceu
Chorando por seu amor
Bêbado ele morreu.

Francisco Erivaldo Pereira Alencar.

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