terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

526 – MEU PÉ DE AROEURA

Autor; Erivaldo Alencar.

Letra; 31 10 2004 e musica; 28 09 2005.


Inda guardo na lembrança
O meu pé de aroeira
Perto da Casa de Taipa
No meio da capoeira.

Árvore exuberante
A mais alta da região
Teus galhos secos no topo
Vistos em todo sertão.

Seu tronco com cicatrizes
Dois homens não abraçavam
Suas raízes espessas
Do sul-solo afloravam

Em todos meses do ano
Tava sempre enfolhada
Em seu tronco abrigava
Uma abelha enfezada

Dezenas de maribondos
Em seus ramos abrigava
Enxuí, arapuá.
Em você se encontrava.

Abelhas colhendo néctar
Para fazer o seu mel
Se ouvia de você
Lindo cantar do xexéu.

Pássaros de todos os tipos
Em ti faziam seus ninhos
Depois de longa jornada
Descansavam bem juntinhos.

Até aves de rapinas
Pousavam pra descansar
Mas do destino cruel
Tu não podes se salvar.

Pois a golpes de Machado
Pra sempre Você tombou
Destruído pelo fogo
Em cinzas se transformou.

Somente recordações
De ti no meu peito dar
De tua frondosa copa
Nem cinzas há no lugar.



Francisco Erivaldo Pereira Alencar.

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