segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

518 – TARDE DE ESPERA

Autor; Erivaldo Alencar.

Letra; 13 10 2004 e musica; 19 10 2005.

Mais ou menos ao meio dia
Eu cheguei na rodoviária
Destino ao interior
Numa visita temporária
Peguei fila comprei passagem
Veja que tarde ordinária.

Fiquei até as cinco e meia
Pra que podesse viajar
Deixei a mulher internada
Sem saber quando operar
Voltei pra casa sem saber
Se eu terei como voltar.

Deu fome eu fui almoçar
Depois num banco eu sentava
Li poesias, me deu sono.
Maldita tarde não passava
Num entre e sai de transeuntes
E o ônibus não chegava.

Bebi água, tomei sorvete.
Mas a sede continuava
Saí fora, fui no banheiro.
Mas o ponteiro não andava
Quanto mais mudava de banco
Muito mais meu corpo cansava.

Muita gente ali presente
Conversando, rindo e lendo.
Uns cochilando, outros bem sérios,
Uns andando, outros comendo,
Outros de violão em punho
E eu a tudo isto vendo.

Uns querendo resolver tudo
Outros não tavam nem aí
Gente observando tudo
Outros não davam conta de si
Uns querendo informações
Outros esmolas a pedir.

Chegava e saia ônibus
Até tinha gente filmando
Outras que à todos instantes
Sei lá pra quem telefonando
Com tanto barulho de carros
Mouco eu estava ficando.

O Sapato me apertava
Já quase sem agüentar
Finalmente a hora chegou
Ouvi o som anunciar
Sem exitar tomei o ônibus
Finalmente vou viajar.


Francisco Erivaldo Pereira Alencar

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