quinta-feira, 16 de junho de 2022

2.932 - FRANCISCA AIRES DE ALENCAR.

 

Autor: Erivaldo Alencar.

 

Letra: 16 06 2022 e música:

 

 

Neste cordel vou contar

Uma história de bravura

De uma Alencar da gema

Mulher de boa cultura

Da terra do lavrador

Mulher de fibra e ternura.

 

Francisca Aires de Alencar

Conhecida por Chaguinha

Não a conheci de vista

Esta brava prima minha

Pois quando ela foi embora

Sequer eu nascido tinha.

 

Ela é filha do Tiquinco

Cidadão espetacular

Que é irmão da minha avó

Maria Pereira de Alencar

Ela é prima de Julio Aires

Repentista popular.

 

Data vinte e dois de maio

De mil vinte e três o ano

Data de seu nascimento

Eu afirmo sem engano

Aqui em Acopiara

Onde Deus traçou seu plano.

 

Nascida no Comboeiro

Lugar bom de se morar

Senhorinha Maria Leite

Joaquim Aires de Alencar

São os seus pais biológicos

Assim posso confirmar.

 

Os seus irmãos biológicos

Vou agora mensionar

Maria, José, Luiz

Antonio Aires de Alencar

Do primeiro matrimônio

Criou todos sem reclamar.

 

No segundo matrimônio

O seu pai foi se casar

Com Maria Souza Leite

Da Boa Esperança o lugar

Chaguinha teve por irmão

Moisés Aires de Alencar.

 

 

Foi uma menina linda

Pelos seus pais educada

Jovem sincera e honesta

Uma moça comportada

Pelos seus pais e irmãos

E por parentes amada.

 

A minha prima Chaguinha

Como era conhecida

Era muito inteligente

Com o dever comprometida

Só teve um mês de escola

Uma mulher destemida.

 

No parto do sexto filho

A sua mãe faleceu

Ela criou quatro irmãos

Boa educação os deu

Enquanto seu quinto irmão

Com quinze anos morreu.

 

Casou aos dezoito anos

Com o primo Pedro Cadeira

Nascido em Cariús

No sítio Canavieira

São Bartolomeu o distrito

Uma terra alviçareira.

 

Pedro Alves de Alencar

De vulgo Pedro Cadeira

Também Alencar de filbra

Desta terra brasileira

Filho da tia Mundinha

Alencarina guerreira.

 

Ela teve cinco filhos

Conforme eu vou narrar

Dois faleceram bebês

Os outros eu vou citar

Além de primo é amigo

Valderi Alves de Alencar.

 

Com Maria Aparecida Bráz

O Valderi é casado

Eles sãos pais de dois filhos

Vivem em São Paulo o estado

Sujeito de boa pinta

Poeta e aposentado.

 

Valdeci Alves de Alencar

Que no céu já foi morar

Casou-se com Severina

Maria Silva Alencar

Eles são pais de três filhas

Formam lindo familiar.

 

 

Maria Desuíte Alencar

Com Pedro Márcio Lopes casou 

No primeiro casamento

Ela matrimoniou

Com Liroaldo Domingos

Da Silva bom casal formou.

 

É avó de nove netos

Assim eu pude contar

Dois filhos de Vaderi

Vou agora mensionar

Alene Valéria de Alencar

E Elwis Braz de Alencar.

 

Três filhas de Valdeci

Tenho o prazer de citar

Alexandra Silva Alencar

Fernanda Silva Alencar

Valéria Silva Alencar

Alegra-me publicar.

 

Quatro são de Desuíte

Que assim eu faço saber

Líria Alencar da Silva

Mensiono com prazer

Lilian Alencar da Silva

Citar é o meu dever

 

Lirian Daiana Alencar

Da Silva é o nome seu

Pedro Henrique Alencar Lopes

Neto que ela conheceu

Com muito amor e carinho

Pra sua família viveu.

 

A Chaguinha é neta de

Antonio Aires de Alencar

Francisca Terezinha de Jesus

Uma família singular

Vindo lá do Quincuncá

No Comboeiro morar.

 

É bisneta paterna de

Raimunda Pereira Alencar

Com Antonio Aires Afonso

Ambos do mesmo lugar

Raimunda é tia legítima

De com quem foi se casar.

 

Também é bisneta de

Maria Pereira Alencar

Apelidada de Cota

Que com seu primo foi casar

Felisberto Alves Oliveira

Com Cota formou belo par.

 

 

Seus trisavós paternos são

Maria Gomes de Alencar

Com o jovem Antonio Fernandes

Ela formou bonito par

Eles são pais de seis filhos

Assim pude me informar.

 

Raimundo Alves de Oliveira

Por Corcundo conhecido

E a Maria Mãe Grande

Um casal de amor provido

São seus outros trisavós

Que formou casal unido.

 

Seus ilustres tetravós

Francisco Gomes de Alencar

Com Maria, a Didinha

Lá em Jucás foi morar

Ido de Exu, Pernambuco

No sítio Coité habitar.

 

Mulher simples e alegre

Guerreira e divertida

Uma serva temente a Deus

E defensora da vida

Conhecedora do dever

Teve sua missão cumprida.

 

Mesmo nas dificuldades

Ela não desvanecia

Com seus olhos complacentes

Aos obstáculos vencia

Pra esta mulher guerreira

Tristeza não existia.

 

Gostava de chá mate quente

Com tapioca acompanhado

Senhora de fala doce

Amante do seu estado

Sempre em conversações

Recordava seu passado.

 

Sairam de Acopiara

Em quarenta e três o ano

De trem foram para o Crato

E de Crato de pau-de-arara

Até Juazeiro, Bahia

Só a coragem e a cara.

 

No São Francisco rio acima

No vapor Otávio Carneiro

Com destino a Pirapora

Minas um estado brasileiro

E de trem até Rancharia

Em torrão hospitaleiro.

 

 

Quarenta dias de viagem

Deixando o seu estado

Em que seu primo Francisco

Que por seu pai foi levado

Caiu no rio São Francisco

Sendo morto afogado.

 

Por três veses a Chaguinha

Seu Ceará foi rever

De forma inesperada

Seu marido adoecer

E aos oitenta e quatro anos

O seu marido morrer.

 

Aos setenta e três anos

Um filho ela perdeu

Valdecir Alves de Alencar

De pneumonia morreu

Pela perda deste filho

Chaquinha muito sofreu.

 

Cinco anos depois

Que seu marido morreu

Nove de maio de doze

A Chaguinha faleceu

Quase que noventa anos

Aqui na terra viveu.

 

Proprietária rural

Ruralista produtora

Comerciante e costureira

Mulher empreendedora

Nunca ficava parada

Uma mulher vencedora.

 

Francisco Erivaldo Pereira Alencar

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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