quarta-feira, 20 de abril de 2022

2.882 - QUANDO CHEGA A MADRUGADA.

 

Autor: Erivaldo Alencar.

 

Letra: 19 04 2022 e música:

 

 

Quando chega a madrugada

Que começa o alvorecer

Canta alegre a passarada

Vendo o dia amanhecer.

 

Na mata o juriti

Anuncvia o novbo dia

Enreda o bem-te-vi

Nambu canta com alegria.

 

Os pardais no alvoredo

Cantam em rítimo acelerado

Xexéu disperta sem nedo

Mui disposto e socegado.

 

Galo canta no poleiro

Dispertando o sertanejo

Late o cachorro trigueiro

O melhor guarda que vejo.

 

O Sabiá-laranjeira

Anuncia bom inverno

Asa-branca na aroeira

Canta bonito e moderno.

 

Gorgeia o Canário-da-terra

Em fantástica serenata

Cordoniz canta e não erra

Ao luar da cor de prata.

 

O cancão insulta a cobra

Mostra ser bom caçador

O mergulhão se desdobra

Como bom mergulhador.

 

Cauãs cantam em dueto

Na copa da aroeira

O teotônio cata graveto

Numa cerca de madeira.

 

O João-de-barro amigo

Arquiteto e profeta

Patativa por castigo

Deu seu nome ao poeta.

 

Em dueto as seriemas

Canta lá no taboleiro

Tico-tico sem problemas

Canta no despenhadeiro.

 

Garrincha faz residência

Na casa do ruralista

O gavião sem clemência

Não perde a presa de vista.

 

Mãe-da-lua grita triste

Na ponta de uma estaca

A garça branca insiste

Fazer limpeza na vaca

 

Rolinhas na capoeira

Diz que o fogo apagou

Caboré na catingueira

Fala que o sol esquentou.

 

O mocego pendurado

Mora em casa abandonada

E o titico assustado

Protege sua ninhada.

 

Casaca-de-couro canta

Ao construir o seu ninho

Enquanto a curuja encanta

Ao voar sobre o caminho.

 

A curicaca também

Enaltece a natureza

Avisa-nos o Vem-vém

Quando há uma surpreza.

 

Periquito é zuadento

Faz seu ninho no cupim

Para o pancum atento

Não existe tempo ruim.

 

A codorna pelo chão

Corre tanto que dá dó

Também canta o carão

Elogiando o socó.

 

O sericora é bravo

Três pote é o seu cantar

O bigoifdeiro escravo

Que canta pra não chorar.

 

Eu amo a natureza

E a noite enluarada

Da vida tenho certeza

Quando chega a madrugada.

 

 

Francisco Erivaldo Pereira Alencar

Nenhum comentário:

Postar um comentário