sexta-feira, 13 de maio de 2016

2.032 - UM ESMOLÉU.

Autor: Erivaldo Alencar.

Letra: 13 05 2016 e música:


Eu sei que sou muito pobre
Tenho que reconhecer
Trabalho muito ganho pouco
Mas dar pra sobreviver
Não sou nenhum esmoléu
Como insiste em dizer.

Chama-me de esmoléu
Mas não ver o estado seu
Tu ganhas menos que eu
É pouco o dinheiro teu
O teu orgulho é podre
Tu és pobre como eu.

Sou esmoléu como diz
Mas de ti eu não preciso
Tu quem precisas de mim
Até perde o juízo
Quando lhe falta o dinheiro
E quando eu estou liso.

Na hora do aperreio
Eu quem vou lhe socorrer
Para comprar o teu fumo
Eu que tenho que correr
Pra compra tua bebida
Sofro o maior desprazer.

Quando você adoece
Levo-te pra medicar
O dinheiro pro remédio
Eu que tenho que arranjar
E quando o café acaba
O besta quem vai comprar.

Quando falta coisa em casa
É eu quem vai se virar
Quer tudo em suas mãos
As ordens você quem dar
Tua superioridade
Não dar mais pra suportar.

Quando chego do trabalho
Só me recebe com briga
E nos dias de descansos
Você já faz uma intriga
E como mulher esposa

Pra seu marido não liga.

Eu estou te avisando
O seu esmoléu morreu
Porque de agora por diante
Quem  manda em mim sou eu
Cuide lá de sua vida
Esqueça quem te esqueceu.

Você foi longe de mais
Por assim me maltratar
Fiz tudo ao meu alcance
Pra nós não nos separar
Mas não vejo outro recurso
Vou de ti me afastar.

Diz não precisar de mim
Com raiva mandou-me embora
Tudo bem te obedeço
É pra ir eu vou agora
Estou indo tarde demais
Há muito passei da hora.

Por causa do teu cinismo
Tenho sofrido demais
Vou embora, mas te peço,
Não me procure jamais
Também vou criar vergonha
Não te buscar nunca mais.

Nossa casa era um inferno
Agora vai virar céu
Não vou está aqui
De ti deixo de ser réu
Quem sabe longe de ti
Deixo de ser um esmoléu.


Francisco Erivaldo Pereira Alencar.

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