Autor: Erivaldo Alencar.
Letra: 08 05 2020 e
música:
Deus não me deu o poder
Nem o dom de fazer cura
Deus me deu o dom poético
Pra versejar com lisura
Sem difamar de ninguém
E sem cometer loucura.
Poesias sem censura
É como eu sei fazer
Pois aquilo que não sei
Eu jamais vou me meter
Pra que eu tenha segurança
Antes busco conhecer.
Não peco em reconhecer
As minhas limitações
É impossível saber tudo
Diante das imperfeições
Buscando a seriedade
Supero as contradições.
No mundo das ilusões
Eu respeito à conjuntura
Busco não enganar ninguém
Tento não fazer loucura
Também não vendo semente
Com a promessa da cura.
Designo minha cultura
Com consciência concreta
Não posso profetizar
Sem o dom de ser profeta
Versejo com rima e métrica
Por ter dom de ser poeta.
Eu também não sou pateta
Pilantra nem bobalhão
Não mando por água em copo
Pra fazer enganação
Não faço lavagem em cérebro
Para afanar meu irmão.
Não prego a salvação
Distorcendo a escritura
Eu não faço julgamento
Nem condenação prematura
Pois Deus não deu o poder
Nem o dom de fazer cura.
Francisco Erivaldo Pereira
Alencar.
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