sexta-feira, 22 de março de 2019

2.464 - SOBEJO DA MORTE.


Autor: Erivaldo Alencar.

Letra: 03 03 2019 e música:


O tempo passa e com ele
Também passa a minha idade
Já fui criança, fui jovem.
Cheguei à maioridade.

Hoje me chamam de velho
Só pra me deixar nervoso
Embora queira ou não queira
Hoje me acho idoso.

Gozei minha adolescência
Desfrutei a mocidade
Agora estou contando
Setenta anos de idade.

Vejo num velho ditado
Contra a mim, grande ameaça.
Pois quem não morre de novo
De velho ninguém não passa.

Sinto meu corpo pesado
Minhas pernas endurecidas
Meus passos ficando lentos
As minhas forças vencidas.

O meu raciocínio lento
Minha vista escurecendo
Minha língua embaraçando
E as minhas mãos tremendo.

Gozei muito no passado
Hoje só tenho tristeza
Com o aumento da idade
Eu perdi minha beleza.

Fui querido das meninas
Um cara de muita sorte
Com o avanço da idade
Sou o sobejo da morte.


Francisco Erivaldo Pereira Alencar.

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