Autor: Erivaldo Alencar.
Letra: 10 07 2024.
Andei por muitos lugares
Pra descobrir quem sou eu
Saber minha identidade
Fui a lugares não meu
Para saber quem eu sou
Até agora não deu.
Sequer sei o nome meu
Donde vim pra onde vou
Não sei as minhas origens
Nenhum testemunho dou
Tenho buscado em vão
Para saber quem eu sou.
Muito tempo já passou
Estou na terceira idade
Não sei minha antecedência
Vivo a obscuridade
Vivo de mentiras, más
Quero saber a verdade.
Fora da sociedade
Sem documentos reais
Eu preciso saber quem
São meus verdadeiros pais
Minha genealogia
Quem são os meus
ancestrais.
Até mesmo os animais
A sua história conhece
Eu não conheço a minha
Minha história me esquece
Por não saber quem eu sou
O meu eu é quem padece.
Com o tempo se envelhece
E se aproxima da morte
É muito triste pra gente
Conviver neste desnorte
Se viver e não viver
Não há ninguém que
suporte.
Vivo a depender da sorte
Pra puder me descobrir
Nem o povo me conhece
Isto eu posso sentir
Dizer que sei quem sou eu
É pra mim mesmo mentir.
Más jamais vou desistir
Tenho que me conhecer
Me darei ao sacrifício
Jamais vou desvanecer
Pois conhecer a mim mesmo
Eu tenho como dever.
Diz-se que querer é puder
Quero e vou conseguir
Pode demorar ou não
Jamais irei desistir
Pra obter o que quero
Eu tenho que persistir.
Que mais quero é existir
Viver na legalidade
Sou dependente dos outros
Quero minha liberdade
Eu quero me conhecer
E ter minha identidade.
Francisco Erivaldo Pereira
Alencar.
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