Autor; Erivaldo Alencar.
Letra; 31 01 2013 e
música;
O sol está muito quente
O céu límpido e azulAqui a seca castiga
A chuva inunda no sul.
A terra esturricada
O açude está secandoO mato tá desfolhado
E a água tá acabando.
Não tem mais pasto no
campo
O gado está morrendoPor falta d’água e pasto
Animais tão perecendo.
A Asa Branca foi embora
Canário desapareceu
A juriti foi pra longe
O jumento emagreceu.
Na aroeira a cauã
Seu dueto não entoaAté o profeta carão
Deixou de cantar na lagoa.
A seriema sumiu
O sabiá emudeceuAté meu Cavalo Branco
De fome e sede morreu.
Até mesmo o sertanejo
Na seca não vai suportarVer sua criação morrer
A sua terra deixou.
Ninguém pode resistir
Na seca que a tudo consomeDe ver sua criação
Morrer de sede e fome.
É triste olhar pro céu
E não ver o nevoeiroNenhuma gota de chuva
Caiu sobre o terreiro.
Já está com mais de ano
Que não cai chuva na terraNem sequer a neve fina
Vestir o topo da serra.
Em todo lugar se encontra
A carnice pelo chão
De animais que morrera
Por falta de alimentação.
O criador em desespero
Pede ao Deus em oraçãoPara mandar com urgência
Chuva pra molhar o chão.
A seca está terrível
Não dá mais pra suportarSe a chuva não vier logo
Tudo vai se acabar.
Mas não há sinal de chuva
Relâmpago nem trovãoSomente o sol escaldante
Desolando meu sertão.
Parece que a terra subiu
Ou que o rei sol desceuSinto o sol queimar a pele
Suor correr no rosto meu.,
Um vento quente ameniza
O calor forte da pesteSó com a chuva acaba
Seca que assola o nordeste.
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