quinta-feira, 6 de setembro de 2012

1.533– SECA DESGRAÇADA.

Autor; Erivaldo Alencar.

Letra; 06 09 2012 E MÚSICA;

Aonde está a cauã
Que não chega pra cantar
Nem o carão da lagoa
Não vem mais anunciar
Quando é que o inverno
No meu sertão vai chegar.

Este ano choveu pouco
Não deu pra molhar a terra
Muitos açudes secaram
De cede o gado berra
Pois na hora da bebida
Até parece uma guerra.

O Anum-preto também
Já não faz mais enxurrada
Quando o tempo se prepara
Já se ouve a trovoada
O vento leva as nuvens
Sem deixar terra molhada.

Já não se ver mais formiga
Se mudando de lugar                                                         
Nem o cupim criar asas
Para na chuva voar
Não se ver mais tanajuras
Do formigueiro levantar.

Até mesmo os animais
Deixaram de escramunçar
Sem chuva o sabiá
Também parou de cantar
E sem água na lagoa
A garça não vai pescar.

Com os serenos que deu.
Sequer deu para plantar
Rios não botaram água
Pra nos poços armazenar
Nem a água da biqueira
Deu pro telhado lavar.

Pois a água na cidade
Tá sendo racionada
Para o sertão a água
Em carro pipa é levada.
O sol tá insuportável
Nesta seca desgraçada.

Francisco Erivaldo Pereira Alencar.

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