sábado, 26 de maio de 2012

1;296 – SÃO PEDRO E O COQUINHO

Autor; Erivaldo Alencar.

Letra; 28 11 2010 e música; 31 12 2010.


Segundo diz uma lenda
Que até hoje é contada
Jesus com os seus apóstolos
Cumprindo sua jornada
Ensinando o Evangelho
Lá pela terra sagrada.

Para todos os lugares
Que o Senhor Jesus ía
Apóstolos e discípulos
Iam em sua companhia
Pra ouvir sua palavra
A multidão o seguia.

Num certo dia Jesus
Foi pra evangelizar
Os povos da Palestina
Que queriam escutar
A sua santa palavra
Para a salvação ganhar.

São Pedro ía com ele
Quase sem poder andar
Disse para Jesus Cristo
Tá na hora de parar
Debaixo duma palmeira                                                                                                                                                                   Pararam pra descansar.

Todos que iam com Cristo
Com Ele também pararam
Preparam uma comida
E a fome saciaram
E na sombra das palmeiras
Uma soneca tiraram.

Depois de um bom sono
São Pedro se acordou
Curioso como sempre
Para o alto olhou
Observando os coquinhos
Algo errado achou.

Pois todo mundo conhece
O coquinho Catolé
O coqueiro cresce muito
Mas o coquinho é baé
Nem é preciso dizer
Tamanho que ele é.

Ao olhar pra frente Pedro
Viu um pé de aboboreira
E ao lado bem pertinho
Um pé de melancieira
Pensando consigo disse
Só pode ser brincadeira.

Virou-se para Jesus
Começou a reclamar
Com este erro gravíssimo
Não posso me conformar
Eu exijo que o Senhor
Venha logo me explicar.

Jesus Cristo respondeu
Deixa-me preocupado
Pedro me responda logo
O que é que estar errado
Que lhe incomoda tanto
Não gosto ser reclamado.

Pedro disse pra Jesus
Vou responder com carinho
A diferença que há
Da melancia pro coquinho
A melancia é tão grande
E o coco pequenininho.

Veja a melancieira
Sem nenhuma consistência
Com suas ramas tão frágeis
Não oferece resistência
Mas bota frutos tão grandes
Com robustez e potência.

Também veja a aboboreira
Como estar carregada
De tantas frutas enormes
Pela terra espalhada
Uma hortaliça tão frágil
Mas com uma grande florada.

São duas plantinhas frágeis
Com seus frutos colossais
Não há como comparar
Longe de serem iguais
O jerimum é tão grande
O coco pequeno de mais

Coqueiro é uma árvore
Frondosíssima palmeira
O seu coquinho pequeno
Até parece brincadeira
Não se compara o fruto
Da frágil melancieira

Jesus respondeu a Pedro
Porque fala desse jeito
Não existe nada errado
Pois tudo está perfeito
Deus não fez nada errado
Ele fez tudo direito.

Você é muito arrogante
Veja como se comporta
Você reclama de tudo
E de tudo se importa
Saiba que Deus escreve certo
Até mesmo em linha torta

Pedro disse estar bem
Nesta eu fui derrotado                                                                                                                                                                  Reclamar não adianta
É melhor ficar calado
Mas eu inda continuo
Achando tudo errado.

Nisto São Pedro saiu
E foi logo se deitar
Encostou-se no coqueiro
E começou cochilar
Foi tirar uma soneca
Pra seu corpo descansar.

Não demorou muito tempo
Simão Pedro adormeceu
Um coquinho se soltou
Em sua cabeça bateu
Ele acordou assustado
Dizendo isto doeu

Virou-se para Jesus
E lhe disse meu Senhor
Puxa que coco cruel
Caiu com tanto furor
Machucou minha cabeça
Me causando tanta dor.

Eu jamais imaginei
Que este fruto pequenino
Caindo desta altura
Quase tirou o meu tino
Por pouco eu não fui morto
Pelo coco assassino.

Jesus disse olha Pedro
Você foi muito atrevido
Por um coco tão pequeno
Acaba de ser atingido
Se fosse uma melancia
Você teria morrido

O coqueiro é robusto
De grandiosa altura
A melancieira frágil
Dar frutos com desenvoltura
Mas não machuca ninguém
Por sua baixa estrutura

Pese bem suas palavras
Não seja inconveniente
Não reclame sem conhecer
Não bata a língua no dente
Deixe de ser tão austero
Procure ser mais prudente

Peça perdão ao seu Deus
Por sua reclamação
E nunca reclame nada
Sem antes com atenção
Analisar com cuidado
Sem fazer difamação.

Pedro disse é verdade
Eu cometi um engano
Disse coisas sem sentidos
E agi como profano
Estou muito arrependido
Perdoe-me Deus soberano.


Francisco Erivaldo Pereira Alencar.

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