Autor: Erivaldo Alencar.
Letra: 18 12 2016 e
música:
Eu não sou quase ninguém
Mas me leiam, por favor,
Eu nasci lá no sertão
Sou poeta escritor
Aposentado rural
De picolé vendedor.
Eu também sou eleitor
E ajudei eleger
Deputados e senadores
E a eles dar o poder
De lá no congresso nos
Representar e defender.
Contra o nosso querer
Aparecem deputados
Discursando em plenário
Contra os aposentados
Que em alta voz nos chama
Vagabundos remunerados.
Aqui em versos rimados
Não vou generalizar
Há deputados de bem
Pelo povo a legislar
Mas existem alguns
corruptos
Que querem nos acabar.
Eu vou agora lembrar
Os esquecidos deputados
Depois de anos de trabalho
Sendo maus alimentados
Por direitos adquiridos
Nós fomos aposentados.
Vagabundos remunerados
Nós não somos não senhor
Exigimos mais respeitos
Se retrate, por favor,
Não seria deputado
Se não fosse o eleitor.
Vocês não nos dão valor
Por se acharem poderosos
Somos cidadãos de bem
Honestos e valorosos
Sejam mais humanitários
Amigos e calorosos.
Bandos preconceituosos
Não lhes devemos favor
Pois só nos pagam o mínimo
De um mínimo sem valor
Viver com um salário mínimo
É viver vida de horror.
Eu lhes peço, por favor,
Vamos trocar de salários
Verás que não somos nós
Usurpadores de erários
Ganhamos uma ninharia
Inda nos fazem de otários.
Muito mais são seus
salários
Pra poder falar bobagens
Lembrem-se quando em
campanhas
Quais foram vossas
mensagens
E agora depois de eleitos
Vem com estas sacanagens.
Repito são sacanagens
Pra com quem ganha tão
pouco
Em reduzir seus salários
Alguns fingem que é mouco
Ganhar o quanto ganhamos
Nem sequer estando louco.
Vocês inda acham pouco
Que ganham de ordenados
Quanto a nós identificam
Vagabundos remunerados
Estamos sujeitos a estes
Vagabundos deputados.
Francisco Erivaldo Pereira
Alencar
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