Autor: Erivaldo Alencar.
Letra: 04 12 2016 e
música:
Também sou agricultor
E morei numa palhoça
Com cinco anos de idade
Meu pai me levou pra roça
Aprendi todas as tarefas
Na propriedade nossa.
Eu conheço bem a roça
Pois foi lá que eu nasci
A lidar com agricultura
Muito cedo aprendi
Como cultivar a terra
Eu jamais me esqueci.
Também o quanto sofri
Eu jamais vou esquecer
Tudo de bom que passei
Sempre busco reviver
Que passei de bom ou mau
A todos faço saber.
Mas o meu maior sofrer
Catar fava no sol quente
No meio do carrapicho
O bicho espinhando a gente
E algodão com besouro
No calor forte e ardente.
É muito triste minha gente
Uma seca no sertão
Mas não há coisa melhor
Quando a chuva cai no chão
Relâmpago clareia o céu
Ao barulho trovão.
Como filho do sertão
Sinto-me lisonjeado
Pisar na terra molhada
Ficar todo enlameado
Banhar-me na cachoeira
Contemplar céu estrelado.
Poder campear o gado
Nas campinas do lugar
Tirar o leite das vacas
E no curral aboiar
Lidar com as criações
Levar pra roça pastar.
É gostoso acordar
Ao cantar dos passarinhos
Os pássaros arquitetos
Na construção dos seus
ninhos
O Sabiá Laranjeira
Cantar para os
filhotinhos.
Quem ama os passarinhos
Os deixam morar na mata
Jamais prendem em gaiolas
Quem tem a vida pacata
Precisam de liberdade
Para cantar serenata.
Quem ama jamais maltrata
Preserva a natureza
Temos por obrigação
Defendê-la com a certeza
De todos os bens a vida
É a nossa maior riqueza.
Falo com toda franqueza
Outra maneira não vejo
Ver a vida preservada
É tudo que nela vejo
Preservá-la também faz
parte
Da vida do sertanejo.
Francisco Erivaldo Pereira
Alencar.
Nenhum comentário:
Postar um comentário