domingo, 4 de dezembro de 2016

2.088 - A VIDA DO SERTANEJO.

Autor: Erivaldo Alencar.

Letra: 04 12 2016 e música:


Também sou agricultor
E morei numa palhoça
Com cinco anos de idade
Meu pai me levou pra roça
Aprendi todas as tarefas
Na propriedade nossa.

Eu conheço bem a roça
Pois foi lá que eu nasci
A lidar com agricultura
Muito cedo aprendi
Como cultivar a terra
Eu jamais me esqueci.

Também o quanto sofri
Eu jamais vou esquecer
Tudo de bom que passei
Sempre busco reviver
Que passei de bom ou mau
A todos faço saber.

Mas o meu maior sofrer
Catar fava no sol quente
No meio do carrapicho
O bicho espinhando a gente
E algodão com besouro
No calor forte e ardente.

É muito triste minha gente
Uma seca no sertão
Mas não há coisa melhor
Quando a chuva cai no chão
Relâmpago clareia o céu
Ao barulho trovão.

Como filho do sertão
Sinto-me lisonjeado
Pisar na terra molhada
Ficar todo enlameado
Banhar-me na cachoeira
Contemplar céu estrelado.

Poder campear o gado
Nas campinas do lugar
Tirar o leite das vacas
E no curral aboiar
Lidar com as criações

Levar pra roça pastar.

É gostoso acordar
Ao cantar dos passarinhos
Os pássaros arquitetos
Na construção dos seus ninhos
O Sabiá Laranjeira
Cantar para os filhotinhos.

Quem ama os passarinhos
Os deixam morar na mata
Jamais prendem em gaiolas
Quem tem a vida pacata
Precisam de liberdade
Para cantar serenata.

Quem ama jamais maltrata
Preserva a natureza
Temos por obrigação
Defendê-la com a certeza
De todos os bens a vida
É a nossa maior riqueza.

Falo com toda franqueza
Outra maneira não vejo
Ver a vida preservada
É tudo que nela vejo
Preservá-la também faz parte
Da vida do sertanejo.


Francisco Erivaldo Pereira Alencar.

Nenhum comentário:

Postar um comentário