segunda-feira, 1 de outubro de 2012

1.550 – O SÍTIO QUE EU NASCI VIROU DESERTO

Autor; Erivaldo Alencar.

Letra; 01 10 2012 e música;

Ai quanta saudade tenho
Do meu tempo de criança
Das coisas boas que passei
Ainda guardo na lembrança.

Da velha casa de taipa
Nem sinais existem mais
Somente o juazeiro                                                                                                                                                                                 Ainda ouve meus ais.  

E o meu pé de cajarana
Tristonho e desfolhado
São os últimos vestígios
Da minha vida no passado.

Os meus pais e os meus avós
Foram pra eternidade
Dos meus tios e padrinhos
Hoje só resta saudade.

Muitas estradas também
Estão no esquecimento
Não há mais o Cavalo Branco
A burra nem o jumento.

O prado também se foi
Cavalos não correm mais
Chiqueiros também se foram
Acabou-se os currais.

Hoje não se ouve mais
O aboio do vaqueiro
Mão tem mais vaca leiteira
E nem touro mandingueiro.

Não se brinca mais de roda
Do trisca nem do pião
Nem as mulheres de hoje
Descascam milho no pilão;

Já não há mais São Gonçalo
Nem a festa de São João
Asa Branca foi embora
Também se foi o carão.

O açude que foi nosso
Sequer posso chegar perto
O sítio que eu nasci
Hoje virou um deserto

Francisco Erivaldo Pereira Alencar.

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