Autor; Erivaldo Alencar.
Letra; 01 10 2012 e música;
Ai quanta saudade tenho
Do meu tempo de criança
Das coisas boas que passei
Ainda guardo na lembrança.
Da velha casa de taipa
Nem sinais existem mais
Somente o juazeiro Ainda ouve meus ais.
E o meu pé de cajarana
Tristonho e desfolhado
São os últimos vestígios
Da minha vida no passado.
Os meus pais e os meus avós
Foram pra eternidade
Dos meus tios e padrinhos
Hoje só resta saudade.
Muitas estradas também
Estão no esquecimento
Não há mais o Cavalo Branco
A burra nem o jumento.
O prado também se foi
Cavalos não correm mais
Chiqueiros também se foram
Acabou-se os currais.
Hoje não se ouve mais
O aboio do vaqueiro
Mão tem mais vaca leiteira
E nem touro mandingueiro.
Não se brinca mais de roda
Do trisca nem do pião
Nem as mulheres de hoje
Descascam milho no pilão;
Já não há mais São Gonçalo
Nem a festa de São João
Asa Branca foi embora
Também se foi o carão.
O açude que foi nosso
Sequer posso chegar perto
O sítio que eu nasci
Hoje virou um deserto
Francisco Erivaldo Pereira Alencar.
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