domingo, 6 de agosto de 2017

2.233 - NOS DEZ DE QUEIXO CAÍDO II.

Autor: Erivaldo Alencar.

Letra: 04 -8 2017 e música;


Eu nasci no Comboeiro
Distrito de São Paulinho
Terra que tenho carinho
Neste torrão brasileiro
Eu sou o filho primeiro
De um cantador destemido
Julio Aires pai querido
Político de Acopiara
Terra de beleza rara
Nos dez de queixo caído.

Eu me criei no sertão
Morando numa choupana
Coberta com gitirana
Nas margens do estradão
Comendo feijão com pão
Fui garoto destemido
Pelas meninas querido
Criado com muito amor
Fui jovem namorador
Nos dez de queixo caído.

Com cinco anos de idade
Na roça fui trabalhar
Para meus pais ajudar
Criar minha irmandade
Muito longe da cidade
Num lugar bem escondido
Pelos meus pais protegido
Com amor fui educado
E por Deus abençoado
Nos dez de queixo caído.

Inda guardo na lembrança
Do que gozei no passado
Quando lidava com gado
No meu tempo de criança
O povo da vizinhança
Era muito divertido
No alpendre reunido
Contava história e anedotas
Ouvindo aboios e lorotas
Nos dez de queixo caído.

Eu deixei o meu sertão
Pra morar neste lugar
Até choro por lembrar
Da desbulha do feijão
A cata do algodão

Jamais sai do meu sentido
Tenho sofrido devido
Por não poder ir pra lá
Eu vou fiando por cá
Nos dez de queixo caído.


Francisco Erivaldo Pereira Alencar.

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