sábado, 1 de julho de 2017

2.221 - ERRO MÉDICO GRAVÍSSIMO.

Autor: Erivaldo Alencar.

Letra: 01 07 2017 e música:


Vou contar neste poema
Um caso que aconteceu
Há muitos anos atrás
Comigo isto se deu
Gravíssimo erro médico
Que um doutor cometeu.

Eu morava em Suzano
E no Pari trabalhava
Numa fábrica de biscoitos
Que ali se encontrava
De trem eu ia bem cedo
A meia noite chegava.

Não lembro mais o motivo
Num certo dia atrasei
Lá na Estação do Braz
Depois da hora cheguei
Pra poder voltar pra casa
O trem das onze esperei.

Em Itaquaquecetuba
Caia uma serração
A linha foi liberada
Com um cargueiro então
Que estava na mesma linha
Na curva da estação.

Com uma mão e a cabeça
Bati num banco em frente
Parei no Pronto Socorro
Pois ali me achei doente
Vários pontos na cabeça
Que me deixou descontente.

De lá fui pro hospital
Duma vizinha cidade
Logo chegou o enfermeiro
Falou com autoridade
Vai bater o raio X
Pra ver se há gravidade.

Fui levado pra tirar
O raio X duma mão
Também do ombro esquerdo
Veja que contradição
Fui ferido na cabeça

O meu ombro estava são.

O exame de raio X
Tinha que ser afinal
Feito na minha cabeça
E não em outro local
Mas fizeram do meu ombro
Erro que não tem igual.

O raio X não deu nada
Como se era de prever
Com curativo na cabeça
Somente cego não ver
Erro médico gravíssimo
Que não pode acontecer.



Francisco Erivaldo Pereira Alencar 

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