domingo, 9 de fevereiro de 2025

3.309 - TORNADO DE POESIAS.

 

Autor: Erivaldo Alencar.

 

Letra: 09 02 2025.

 

 

Não interessa quem sou

Nem sequer de onde vim

Nem também pra onde vou

Nem se sou bom ou ruim

Não interessa o que faço

Se causo ou não embaraço

O que que faço na vida

Ou o que deixo de fazer

Se cumpro com meu dever

Se tenho vida sofrida.

 

Não interessa meu eu

Se tenho saber ou não

Nem o dom que Deus me deu

Se sou fino ou grossão

Se sou pateta ou profeta

Nem sequer se sou poeta

Se sou mentira ou verdade

Nem sequer se sou matuto

Se sou educado ou bruto

Tenho ou não dignidade.

 

Não interessa pra os outros

Quanto a minha procedência

Se sou destes ou sou doutros

Se tenho ou não prudência

De quem eu sou descendente

Se sou ou não competente

Se eu sou ou não feliz

Nem se sou trabalhador

Preguiçoso malfeitor

Sequer vejo meu nariz.

 

Não interessa meu sofrer

Se sou santo ou pecador

Se devo ou não viver

Se tenho ou não amor

Se passo necessidade

Se tenho ou não vontade

De me tornar vencedor

Ninguém ouve meu chorar

Suplicar reivindicar

Se sou ou não perdedor.

 

Ninguém ver aonde passo

Também não ouve o que digo

Se vivo ou não o fracasso

Se ofereço ou não perigo

Pareço ser transparente

Nem sequer se sou vivente

Se estou indo ou voltando

Se estou vivo ou morto

Se sou alinhado ou torto

Se estou rindo ou chorando.

 

Não interessa o que quero

Nem o que tenho vontade

Nem o que da vida espero

Digo com sinceridade

Meus sonhos ninguém não ver

Nem o que quero fazer

Mas não me falta coragem

De levar minha mensagem

Para o mundo conhecer.

 

Não interessa se eu

Sou sadio ou sou doente

Se o que tenho é meu

Ou de outro concorrente

Não interessa meu nome

Me alimento ou passo fome

Nem se tenho alegrias

Meu consolo é escrever

Para o mundo inteiro ler

Tornado de poesias.

 

 

Francisco Erivaldo Pereira Alencar

 

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