Autor: Erivaldo Alencar.
Letra: 09 02 2025.
Não interessa quem sou
Nem sequer de onde vim
Nem também pra onde vou
Nem se sou bom ou ruim
Não interessa o que faço
Se causo ou não embaraço
O que que faço na vida
Ou o que deixo de fazer
Se cumpro com meu dever
Se tenho vida sofrida.
Não interessa meu eu
Se tenho saber ou não
Nem o dom que Deus me deu
Se sou fino ou grossão
Se sou pateta ou profeta
Nem sequer se sou poeta
Se sou mentira ou verdade
Nem sequer se sou matuto
Se sou educado ou bruto
Tenho ou não dignidade.
Não interessa pra os
outros
Quanto a minha procedência
Se sou destes ou sou
doutros
Se tenho ou não prudência
De quem eu sou descendente
Se sou ou não competente
Se eu sou ou não feliz
Nem se sou trabalhador
Preguiçoso malfeitor
Sequer vejo meu nariz.
Não interessa meu sofrer
Se sou santo ou pecador
Se devo ou não viver
Se tenho ou não amor
Se passo necessidade
Se tenho ou não vontade
De me tornar vencedor
Ninguém ouve meu chorar
Suplicar reivindicar
Se sou ou não perdedor.
Ninguém ver aonde passo
Também não ouve o que digo
Se vivo ou não o fracasso
Se ofereço ou não perigo
Pareço ser transparente
Nem sequer se sou vivente
Se estou indo ou voltando
Se estou vivo ou morto
Se sou alinhado ou torto
Se estou rindo ou chorando.
Não interessa o que quero
Nem o que tenho vontade
Nem o que da vida espero
Digo com sinceridade
Meus sonhos ninguém não ver
Nem o que quero fazer
Mas não me falta coragem
De levar minha mensagem
Para o mundo conhecer.
Não interessa se eu
Sou sadio ou sou doente
Se o que tenho é meu
Ou de outro concorrente
Não interessa meu nome
Me alimento ou passo fome
Nem se tenho alegrias
Meu consolo é escrever
Para o mundo inteiro ler
Tornado de poesias.
Francisco Erivaldo Pereira Alencar
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