Autor: Erivaldo Alencar.
Nasci em Acopiara
Lá no sítio Comboeiro
Estado do Ceará
Neste torrão brasileiro
Eu sou filho de político
E cantador violeiro.
Sou poeta escritor
Poemista, cordelista,
Sou trovador, glosador,
Pesquisador, sonetista,
Biógrafo, genealogista,
Historiador e contista.
Sou líder comunitário
Folclorista, palestrante
Sou preservador da vida
Da natureza amante
Protetor dos animais
Escritor perseverante.
Para escrever poesias
Tenho meu próprio sistema
Eu tenho facilidade
Para compor um poema
Mas para publicar livros
Deparei com um problema.
Comecei a escrever
Com quase cinquenta anos
Já passei dos dezenove
Digo não cometo enganos
Ser poeta conhecido
Ainda está nos meus planos.
Sou feliz por escrever
Sempre obedecendo temas
Com este já são dois mil
Duzentos oitenta poemas
Nos trabalhos que componho
A ninguém causei
problemas.
Desejo ver meus poemas
Em livros ser publicados
Por editoras de nome
Meus livros ser editados
E por grandes livrarias
Ser comercializados.
Setenta e dois cordéis
Eu consegui publicar
Doze livros de poesias
Também consegui lançar
Impressos em gráficas
simples
Quase sem poder pagar.
Somente em dois cordéis
Com a judas pude contar
De Antonio Juraci
E Valderi Alencar
Outros artesanalmente
Por eu não poder pagar.
Busquei várias editoras
Para fazer a impressão
De livros de poesias
De minha composição
Por eu não ter o dinheiro
Tudo tem sido em vão.
De todas que procurei
Orçamento recebi
Como não pude pagar
Ainda não consegui
Mas de vê-los publicados
Ainda não desisti.
Sugeri que a editora
Custeasse a despesa
Ressarcindo com as vendas
Do produto na certeza
Mas por não obter êxito
Amargo grande tristeza.
Não posso culpar ninguém
Por ser tão pobre assim
Não realizar os sonhos
Sinceramente é ruim
Enquanto vida tiver
Vou lutar até o fim.
Pode até alguém não gostar
Mas estou sendo sincero
Pobreza me dar desgosto
E me priva do que eu quero
Estou à disposição
E por um apoio espero.
Se alguém puder me ajudar
Analise meu pedido
Quero publicar meu livro
E me tornar conhecido
Por eu ser pobre de mais
Tenho sonhado perdido.
Francisco Erivaldo Pereira Alencar
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