sábado, 28 de junho de 2025

3.373 - DESAFIOS EM PARLENDAS

 

Autor: Erivaldo Alencar

 

Letra 27 06 2025.

 

 

Tenho pena e tenho dó

Do homem que mora só

Da criança má amada

Pelos pais abandonada

Do homem trabalhador

Que não tem nenhum valor

Da pobre da professora

Profissional sofredora.

 

Vejo um urubu voando

Pelo espaço passeando

Um casal de namorado

Que se encontra separado

Rolinha Fogo-pagô

A mesma Fogo-apagô

Um cavalo machador

Galopeiro trotador.

 

O riacho está cheio

Amigo saia do meio

Dou nó em rabo de cobra

Tu tens coragem de sobra

Monto em cavalo brabo

Me seguro pelo rabo

Sou montador de jumento

Seu coice não aguento.

 

O galo canta no poleiro

E a galinha no terreiro

Estou vendo um passarinho

Adormecido no ninho.

Você está mal falado

Não me chame de veado

Você parece ser burro

Cuidado, te dou um murro.

 

O poeta escritor

Tem que ser bom rimador

O poeta repentista

Não pode sair de pista

O poeta analfabeto

É poeta incompleto

O poeta cantador

Na poesia é doutor

 

 

 

 

 

 

Sou vaqueiro campeão

No meu cavalo alazão

Sou trabalhador da roa

E moro nua palhoça

O meu cachorro trigueiro

Nunca saiu do terreiro

Eu sou um cara valente

A contrário, é doente.

 

Eu sou um cara prudente

Tolo, mas inteligente,

Sou feliz e carinhoso

Embora muito teimoso.

Eu sou o rei da leitura

Bem dotado de cultura

Saiba que sou de encomenda

Desafios em parlenda.

 

 

Francisco Erivaldo Pereira Alencar

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