Autor: Erivaldo Alencar
Letra 27 06 2025.
Tenho pena e tenho dó
Do homem que mora só
Da criança má amada
Pelos pais abandonada
Do homem trabalhador
Que não tem nenhum valor
Da pobre da professora
Profissional sofredora.
Vejo um urubu voando
Pelo espaço passeando
Um casal de namorado
Que se encontra separado
Rolinha Fogo-pagô
A mesma Fogo-apagô
Um cavalo machador
Galopeiro trotador.
O riacho está cheio
Amigo saia do meio
Dou nó em rabo de cobra
Tu tens coragem de sobra
Monto em cavalo brabo
Me seguro pelo rabo
Sou montador de jumento
Seu coice não aguento.
O galo canta no poleiro
E a galinha no terreiro
Estou vendo um passarinho
Adormecido no ninho.
Você está mal falado
Não me chame de veado
Você parece ser burro
Cuidado, te dou um murro.
O poeta escritor
Tem que ser bom rimador
O poeta repentista
Não pode sair de pista
O poeta analfabeto
É poeta incompleto
O poeta cantador
Na poesia é doutor
Sou vaqueiro campeão
No meu cavalo alazão
Sou trabalhador da roa
E moro nua palhoça
O meu cachorro trigueiro
Nunca saiu do terreiro
Eu sou um cara valente
A contrário, é doente.
Eu sou um cara prudente
Tolo, mas inteligente,
Sou feliz e carinhoso
Embora muito teimoso.
Eu sou o rei da leitura
Bem dotado de cultura
Saiba que sou de encomenda
Desafios em parlenda.
Francisco Erivaldo Pereira
Alencar
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