Autor: Erivaldo Alencar.
Letra: 01 06 2025.
Eu vejo o tempo passando
A idade aumentando
A gente velho ficando
E a morte se aproximar
Na curta estrada da vida
Que parece ser comprida
Passa tão despercebida
Não como evitar.
Leste, oeste, sul e norte.
O tempo é o transporte
Que nos conduz para morte
Sem trégua nem compaixão
Sem ter tempo a perder
Não há onde se esconder
Matar é o seu dever
Pra ela não há perdão.
A morte é traiçoeira
Não gosta de brincadeira
E covarde e grosseira
Que faz não assume a culpa
Tanto faz rico ou pobre
Ser valentão ou ser nobre
Onde for ela descobre
Mata e dar a desculpa.
Morte é bicho nojento
Ela não tem sentimento
Sem qualquer constrangimento
Ela mata por prazer
A morte não tem pudor
E um ser vil sem amor
Eu trabalho é criar dor
Desgraça e desprazer.
A morte é imprudente
Louca e inconsequente
Perversa e delinquente
Criminosa desumana
Ela parece ser boa
Não sei se nova ou coroa
Só sei que não é atoa
Eu só sei que é tirana.
Não sou a favor dela
Não quero nada com ela
Aonde vai deixa sequela
Choro, ódio e tristeza.
A morte é invisível
Rápida, imprevisível.
Estupida, insensível.
A morte não dar moleza.
A morte não tem amiga
Da vida e inimiga
Não dar recado nem liga
Pontual e calculista
Ela não tem coração
Não tem dó nem compaixão
Nem lazer nem diversão
E onde passa deixa pista.
A morte só desacata
Ela humilha maltrata
Com sua foicinha mata
Não dar viagem perdida
É malandra e bagunceira
Intocável, justiceira.
Não estou falando esteira
A morte é o fim da vida.
Francisco Erivaldo Pereira
Alencar
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